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19 de Julho, 2018 Carlos Esperança

A cumplicidade da Igreja católica com o fascismo espanhol

A IMPUNIDADE DO FRANQUISMO

O Governo andaluz aplicará la Lei de Memória se a Irmandade de Macarena não retirar voluntariamente os restos de Queipo de Llano.

Uma imagem histórica de Queipo de Llano em Sevilla

Una imagen histórica de Queipo de Llano en Sevilla.

17 de Julho, 2018 Carlos Esperança

A confissão está obsoleta

A confissão era uma arma

Na Idade Média, e ainda no século passado, a confissão era mais do que um sacramento, era a arma que a Igreja usava para estar bem informada, um instrumento da sua política secular, um manancial de informações para os seus serviços secretos.

Hoje, com os padres em vias de extinção, os pecados isentos de sanções penais e os crentes a dizerem apenas o que lhes convém, nem os padres têm paciência para substituir os psicólogos, nem os confessionários se mantêm como postos de recolha de informações.

Há que dizer depressa os pecados para evitar que a absolvição seja dada antes da confissão.

15 de Julho, 2018 Carlos Esperança

Deus é pior do que a sarna

Os homens, à força de ouvirem que Deus existe, tornam-se crentes e, à medida que o repetem a si próprios, fazem-se beatos.

Deus é uma infeliz criação, difícil de aperfeiçoar. Enquanto as máquinas se melhoram, a partir da dúvida sobre a sua perfeição, Deus só pode piorar porque os clérigos garantem que é infinitamente bom e não admitem a discussão.

Com tal mercadoria minam-se as bases da civilização, perturba-se a paz, impede-se a solidariedade humana.

Deus não é apenas uma criatura pior do que o seu criador – o Homem –, e um troglodita incapaz de se regenerar, é o princípio do mal, o acicate de todos os ódios e crueldades.

Na base do racismo e da xenofobia está Deus na despótica inexistência, no seu demente primitivismo, um ser misógino e delinquente, manejado por fios invisíveis tecidos pelas religiões, através de prestidigitadores profissionais, os clérigos.

Deus e o Diabo são irmãos gémeos, filhos do medo dos homens, explorados em favor do clero.

As peregrinações são atos de insensatez coletiva em direção a locais onde os homens inventaram marcas de Deus, centros de exploração da fé e da superstição, locais de recetação onde se esbulham os crentes, para maior glória dos parasitas de Deus.

Se Deus existisse, os crentes ficariam satisfeitos por serem os únicos com direito a uma assoalhada no Céu e para gozarem o ócio eterno na companhia da fauna celeste. Assim, vivem cheios de azedume, com vergonha da sua estultícia, ávidos de converter os outros aos seus próprios erros e fazer deles infelizes, à sua semelhança.

Um mundo sem Deus, ou com muitos, seria certamente mais pacífico, mas a loucura das religiões monoteístas quer fazer do Planeta um antro de fanáticos, de um único Deus, uma perigosa quimera que ensandece os homens, os assusta e imbeciliza.

Deus é um déspota imprevisível com lacaios que não o discutem nem o deixam discutir.

11 de Julho, 2018 Carlos Esperança

Os padres já perderam a paciência

A confissão foi uma arma ao serviço da religião. Hoje os padres dão lugar aos psiquiatras e psicólogos.

Os pecados deixaram de ser perseguidos criminalmente.

 

10 de Julho, 2018 Vítor Julião

Expliquem-me lá outra vez…

 

Alto, deixa-me perceber isso direito: os cristãos acreditam que há um ser invisível e indetectável, que é feito de nada e está em toda parte ao mesmo tempo, que criou realmente o universo inteiro a partir do nada e que pode ver e ouvir cada ser humano no planeta a cada segundo de cada dia e lembra-se do comportamento de cada um.

Eles acreditam que podem falar magicamente com este ser feito de nada, e pedir-lhe favores que o ser lhes pode conceder ou não conceder.

Eles acreditam nisso tão fortemente que muitos deles falam sobre isso várias vezes ao dia, todos os dias. Eles constroem grandes edifícios especiais para que possam se reunir e cantar para esse ser que eles acreditam que gosta de ouvir cantar, e em especial, gosta de ser adorado.

Para manter este ser apaziguado, essas pessoas (mesmo as pessoas muito pobres) muitas vezes dão uma parte substancial do seu ordenado ao longo de toda a sua vida, para aqueles que dirigem os grandes edifícios e que dizem que têm um canal de comunicação prioritário e especial para esse ser indetectável feito de nada.

E eles têm outra razão para dar seu dinheiro, tempo e devoção a este ser. Eles acreditam que quando morrerem, quando suas ondas cerebrais ficarem permanentemente na horizontal e o cérebro deixar de funcionar, quando o metabolismo e circulação parar, o corpo e o cérebro começarem a desfazer-se em compostos químicos simples, depois de tudo isso, esse ser indetetável feito de nada vai magicamente restaurá-los à vida, uma vida que nunca irá terminar, mesmo que o universo se extinga.

Por que é que eles acreditam em tudo isso? Porque há 2.500 – 3.000 anos atrás, algumas tribos hebraicas supersticiosas, escreveram um livro sobre as suas aventuras com esse ser indetetável feito de nada (aparentemente o ser era detectável então, mas não é agora). O livro é evidentemente um livro de superstição, magia, mitos, moral da Idade do Ferro e de ignorância científica, mas muitos cristãos preferem acreditar que ele é a verdade sagrada.

Agora, digam-me novamente por que é que acreditar em tudo isso não é uma doença mental?

 

Traduzido e adaptado de Bill Flavell