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5 de Agosto, 2020 Carlos Esperança

O Antigo Testamento e os 3 monoteísmos

O AT é um livro escrito na Idade do Bronze, certamente de natureza hebraica, com um deus violento, misógino, vingativo, xenófobo e cruel, essencialmente tribal e patriarcal.
Para um ateu é um truísmo aceitar que o deus é uma criação humana, e não o contrário, mas não podemos nem devemos ignorar os sentimentos e convicções de quem se tornou crente desde o nascimento e interiorizou a crença sem a submeter ao escrutínio da razão.

O primeiro monoteísmo é o judaísmo, convencido de que Deus era o protetor das doze tribos e que na Conservatória do Registo Predial celeste lhe outorgou a escritura que lhe doou a Palestina. Dessa crença nasceu a tragédia do sionismo que envenena as relações entre judeus e muçulmanos e são um fator de permanente ódio e crispação.

A cisão de Paulo de Tarso com o judaísmo deu origem ao cristianismo que a urgência de Constantino em aglutinar o Império Romano, passou de seita a religião oficial.

Entre 610 e 632, Maomé, pastor iletrado, enriquecido com o património de uma viúva rica, teve tempo para decorar o Corão, ditado pelo anjo Gabriel, o mesmo que tinha dito à Virgem Maria que estava grávida, coisa de que dificilmente se apercebe uma mulher. Demorou 20 anos a decorar a cópia grosseira do cristianismo, entre Medina e Meca, e, para desgraça da humanidade, Maomé foi o último profeta, Deus falou pela última vez e a guerra passou a ser o argumento de quem não se resigna a ser detentor da verdade sem a querer impor aos outros.

O cristianismo e o islamismo têm em comum o proselitismo, tara que é responsável por imensos crimes do primeiro, no passado, e pela continuação, no presente, pelo último. A evangelização, com a fanatização de crianças de tenra idade, é a arma de que não abdica o fascismo islâmico e que o cristianismo só depôs após a paz de Vestefália, graças à repressão política sobre o seu clero.

O Antigo Testamento, visto como obra literária e documento sobre os usos e costumes da Idade do Bronze, é um documento interessante. Considerado como sendo a palavra de Deus, deixa de ser o manual de maus costumes, referido por Saramago, para ser, mais exatamente, um conjunto de fascículos terroristas onde a decadência da civilização árabe e o ódio pregado nas mesquitas e madraças encontram o seu suporte.

Não se julgue, contudo, que a Igreja católica abdicou da pouco recomendável literatura para se basear apenas no Novo Testamento, um avanço ético notável, onde caiu a nódoa do antissemitismo, compreensível em trânsfugas do judaísmo.

O Pentateuco, em especial o Deuteronómio e o Levítico, descrevem o mundo medonho da época a que se referem. Vejamos alguns exemplos da moral bíblica: Qual é o castigo para quem invoque o nome de Deus em vão?.- a morte (Levítico 24:16). E por trabalhar ao 7.º dia? – a morte, claro (Êxodo 31:15). E o castigo para o adultério? – Naturalmente, a morte (Levítico 20:10). E para a homossexualidade? (Levítico 18:22). E por comer moluscos? (Levítico 11:10). Mas é permitido vender uma filha como escrava: (Êxodo 21:7) e possuir escravos, tanto homens como mulheres, desde que comprados em nações vizinhas (Levíticos 25:44).


Os exegetas cristãos, contrariamente aos mullahs, esforçam-se por dizer que o que está escrito não quer dizer o que diz, enquanto o Islão prega a maldade que o Corão bebeu na tradição judaico-cristã. No entanto, o catecismo da Igreja católica, elaborado pelo Prefeito da Sagrada Congregação da Fé (ex-Santo Ofício) – o então cardeal Ratzinger –, afirma o que deixo à consideração dos meus leitores:

Não pode, pois, dizer-se que o Antigo Testamento é uma obra meramente literária, como dizem, envergonhados, alguns crentes. Não é o que pensa o Vaticano.


Eis dois parágrafos do «Catecismo da Igreja Católica» que deixo à consideração dos leitores:

«§121 – O Antigo Testamento é uma parte indispensável das Sagradas Escrituras. Os seus livros são divinamente inspirados e conservam um valor permanente, pois a Antiga Aliança nunca foi revogada».

«§123 – Os cristãos veneram o Antigo Testamento como a verdadeira Palavra de Deus. A Igreja sempre rechaçou vigorosamente a ideia de rejeitar o Antigo Testamento sob o pretexto de que o Novo Testamento o teria feito caducar».

4 de Agosto, 2020 João Monteiro

Carta ao Provedor da RTP contra crítica evangélica

Exmo. Sr. Provedor da RTP, Jorge Wemans,

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP), que representa ateus, agnósticos, livres-pensadores e humanistas, recebeu este fim-de-semana dezenas de queixas e reclamações sobre um segmento televisivo do programa “A Fé dos Homens” que passou na RTP2, a 31 de Julho de 2020. O segmento televisivo mencionado surgiu em “A Luz das Nações”, da responsabilidade da Aliança Evangélica Portuguesa, em que a apresentadora Sara Narciso anunciava as “super histórias da Bíblia”. O referido episódio pode ser visionado aqui: https://www.rtp.pt/play/p50/e486504/a-fe-dos-homens?

As queixas de desagrado que recebemos, e que agora partilhamos com o senhor Provedor da RTP para análise, dizem respeito aos primeiros minutos do programa em que a Sara Narciso diz, e cito:

“A pergunta que hoje tenho para vos fazer, para começar, hum, é a seguinte… vocês conhecem alguém, muito chato, que se porte assim muito mal, rebelde e que não queira saber nada, nada, nada, de Deus? Há pessoas assim, meias tortas, não é?”

Os nossos associados e os espectadores do programa que representamos sentiram-se incomodados, desagradados e até insultados com as sugestões e as implicações do excerto acima reproduzido. O que a declaração sugere é que aqueles que não querem saber nada de Deus são muito chatos, portam-se mal, são rebeldes e são pessoas “meias tortas” que só se poderão “endireitar” com a ajuda de Jesus. Consideramos este retrato uma caricatura falsa e infeliz do que é alguém que não quer saber nada de Deus. No argumento presentes duas falácias: a falácia do espantalho, em que se cria uma caricatura com a qual é fácil de antagonizar para depois atacar e apresentar uma solução (a salvação cristã), e a falácia da generalização em que pretende retratar as pessoas que não acreditam com base num mesmo estereótipo. Na realidade, as pessoas que não querem saber de Deus são pessoas normais com feitios muito distintos entre si.

As implicações da mensagem passada na televisão pública é a polarização da sociedade, criando uma narrativa “nós contra eles”, ou seja, cristãos evangélicos bons contra os descrentes mal-comportados e rebeldes, que precisam de uma correção superior (de um Jesus que os ajudaria a endireitar). Esta visão enganadora e paternalista assume que os descrentes são uns coitadinhos, perdidos, sem autonomia até vir o auxílio evangélico. Nada mais errado e que refutamos acerrimamente. Além disso, a mensagem promove um comportamento de intolerância para com aqueles que não seguem a opção evangélica, o que é particularmente mais grave quando nos lembramos que o público-alvo são as crianças, que assimilam estas ideias e mais tarde poderão desenvolver comportamentos análogos. Por tudo o que foi exposto, esta mensagem merece total repúdio por parte da nossa Associação.

A Associação Ateísta Portuguesa gostaria de ver passada a mensagem de um mundo tolerante e igualitário em que todos, independentemente da sua etnia, género, condição social ou crença, sejam vistos e tratados como igual. É para isso que trabalhamos.

Com os melhores cumprimentos,

João Monteiro, pela Associação Ateísta Portuguesa

Imagem do programa em questão
3 de Agosto, 2020 João Monteiro

A ira divina contra as redes sociais

Sou da opinião que a ciência e religião são dois magistérios que não se devem sobrepor pois tratam de assuntos diferentes. Enquanto o primeiro se dedica aos factos e ao mundo natural, o segundo dedica-se à crença e ao mundo espiritual. Contudo, Stella Immanuel, uma pediatra e ministra religiosa norte-americana, parece ter uma opinião diferente. O problema não está na opinião em si, mas nas consequências para a saúde da população que advêm das suas opiniões.

Stella Immanuel tem promovido um vídeo, em que aparece, onde partilha desinformação e teorias da conspiração relacionadas com a COVID-19. Nesse vídeo defendia o recurso à hidroxicloroquina para o combate à doença e desincentivava o uso de máscara (apesar da evidência científica apontar em sentido contrário). O mesmo vídeo foi partilhado por meios conservadores e pelo próprio presidente dos EUA.

A disseminação de desinformação levou a que as redes sociais Facebook e Twitter atuassem, eliminando os vídeos. Isto levou a que Stella ameaçasse as redes sociais com a ira divina, e cito: “Olá Facebook coloquem novamente disponíveis a minha página de perfil e vídeos ou os vossos computadores irão crashar até o fazerem. Vocês não são maiores do que Deus. Eu prometo-vos. Se a minha página não ficar ativa o facebook ficará em baixo em nome de Jesus”.

Mas se o leitor acha piada a isto, fique a saber que as alegações anti-científicas que não ficam por aqui. No passado, Stella Immanuel já alegara que problemas ginecológicos como cistos ou endometriose são causados por relações sexuais durante o sono com bruxas e demónios; que o ADN extraterrestre é usado em tratamentos médicos; que se está a preparar uma vacina que faça com que as pessoas deixem de ser religiosas; que o governo é gerido por reptilianos; ou que a homossexualidade conduz ao inferno.

Esta situação deixa de ter piada quando nos consciencializamos que esta senhora tem milhares de seguidores, presenciais e digitais, que acreditam nas suas afirmações. Pessoas que apesar do absurdo das alegações ainda a defendem e apoiam.

Por isso defendo que a ciência e a religião devem estar separadas.

Fontes: Daily Mail e Friendly Atheist

3 de Agosto, 2020 Carlos Esperança

Barrigas de aluguer (2)

Por

ONOFRE VARELA

Vimos no último artigo que Agar, criada egípcia de Abraão e Sara, aceitou servir de barriga de aluguer para gerar um filho de Abraão. O que as estórias bíblicas nos dizem é que, a partir daí, Agar passou a olhar desdenhosamente para a patroa, dando-lhe a perceber a sua inutilidade como mulher. Sara não gostou daquele olhar e pediu ao marido que expulsasse a criada. Esta, apercebendo-se do perigo que corria mantendo-se naquela casa, esperou o nascimento do filho, Ismael, e fugiu durante a noite levando a criança, com a intenção de abandonar o filho à morte.

Mais uma vez Deus actuou durante o sono, incentivando Agar a salvar o bebé, pois ele, Deus, tinha projectos destinados ao rapaz. E assim se fez. Entretanto, Sara conseguiu engravidar de Abraão, cumprindo-se a vontade de Deus, e nasceu Isaac. Na Mitologia grega também há uma estória de barriga de aluguer. Zeus, lá do seu trono celeste, deixou cair o seu divino olhar sobre Alcmena, enamorando-se dela. Os deuses gregos eram guerreiros e sexualmente activos… as paixões platónicas ainda as não havia inventado Platão (reeditadas pelo filósofo florentino Mirsílio Ficino no Séc XV), e só viriam a servir para serem usadas pelo Cristianismo sofredor! Por isso Zeus passou a alimentar a ideia de uma relação carnal com aquela bela mulher, a ter lugar rapidamente.

Porém, Alcmena era mulher de Anfitrião, general dos tebanos, e o militar vigiava-a não a deixando sozinha um minuto sequer… o que era um empecilho para os intentos do deus dos deuses. Mas um deus que se preza, nunca se atrapalha… e Zeus traçou um plano. Encarregou o seu filho Hermes – Deus do comércio, dos ladrões e mensageiro dos deuses – de pôr em prática o plano que arquitectara para conseguir encontrar-se com a mulher dos seus divinos sonhos.

Aproveitando a saída de Anfitrião para a guerra de Tebas, Hermes tomou a forma de Sósia, escudeiro de Anfitrião e amante de Calipsandra, que era criada de Alcmena, para guardar os aposentos desta, não fosse o general chegar antes do tempo. Zeus tomou a forma de Anfitrião e entrou no quarto de Alcmena. Não desconfiando que aquele homem não era o seu marido, a mulher entregou-se a ele naquela noite em que o achou especialmente fogoso. Dessa relação nasceu Hércules, o homem-deus… e deste mito da segunda barriga de aluguer das estórias religiosas, sobram-nos termos como sósia, para referir pessoa muito parecida com outra, e anfitrião, aquele que recebe em sua casa (mas que no mito grego e na exacerbada expressão latina se coaduna mais com “corno-manso”).

A Mitologia Cristã dá-nos a terceira barriga de aluguer das estórias mitológicas: Maria, que engravidou por obra e graça do Espírito Santo que tomou a forma de uma pomba, e fez com Maria, de um modo casto e sem cenas erótico-pornográficas, exactamente o que Zeus fizera com Alcmena de um modo muito mais próximo à realidade dos homens, numa relação infiel e criminosa.

Com Maria aquilo esteve mais próximo de uma inseminação artificial em laboratório, com o bico de uma casta pomba a servir de agulha hipodérmica.

(O autor não obedece ao último Acordo Ortográfico)

OV

1 de Agosto, 2020 João Monteiro

Os indivíduos rebeldes e tortos

Texto da autoria de Vítor Oliveira.

“A pergunta que hoje tenho para vos fazer, para começar, hum, é a seguinte… vocês conhecem alguém, muito chato, que se porte assim muito mal, rebelde e que não queira saber nada nada nada de Deus? Há pessoas assim, meias tortas, não é?”

Assim abria o programa “A fé dos Homens”, num segmento de responsabilidade por parte da Aliança Evangélica Portuguesa, passado dia 31 de julho.

Sendo a RTP2 um espaço de informação e entretenimento do Estado, entendo a necessidade da existência de espaços informativos na transmissão que sirvam parte da população que possui fé religiosa, seja ela qual for. É serviço público, a população tem o direito de ver representada a sua fé neste programa a si dedicado. No entanto o direito à liberdade religiosa, afirmado tanto na Declaração Universal dos Direitos Humanos (artigo 18), assim como na Constituição da República Portuguesa (Artigo 41.º), traz consigo também deveres que considero terem sido violados no infeliz conteúdo produzido.

Quem viu o programa e não tomou ofensa no que foi dito, possivelmente não está a entender a profundidade do problema que aqui se criou. O programa é direcionado a um público infantil e as crianças são suscetíveis a repetir, através do exemplo, aquilo que aprendem com os adultos. Neste caso, que outra coisa estarão elas a aprender se não a intolerância face aos outros que não seguem a mesma religião? As palavras estão lá, são claras. Quem não quer saber do deus (cristão) é apontado como sendo um indivíduo chato, que se porta mal, rebelde e “torto”. Inclui ateus, judeus, muçulmanos, seguidores de religiões de matriz africana, hindus, budistas… e sendo que quem criou o conteúdo pertence a uma vertente religiosa protestante, até os católicos são incluídos no pacote. Essa ideia é uma semente, lançada na cabeça da criança, que pode germinar, crescer e ganhar raízes que podem afetar a mesma na idade adulta, e tornar a mesma intolerante face a outros que não possuam a mesma fé que a sua. Compreendo que estou a dramatizar, mas o potencial existe. Se é isto que nos chega através do canal televisivo, imagine-se o que se poderá passar dentro de portas no culto, assim como em casa.

O que foi ensinado às crianças, neste programa, foi que quem não é protestante é, potencialmente, um mau exemplo para a sociedade. Um preconceito fundamentado por ideologia religiosa foi disseminado, usando para isso um serviço do Estado, pago por todos nós. Que isto não seja precedente para muitos outros maus exemplos no futuro. O Estado é laico e assim deve permanecer, pela liberdade de expressão e liberdade religiosa, razão pela qual não pode deixar de intervir quando as liberdades ignoram os deveres e atropelam, assim, os direitos de outros.

Aguardamos, atentos, para ver se este erro não se repete.

30 de Julho, 2020 Carlos Esperança

Naquele tempo… (crónica ímpia)

Naquele tempo, Deus não era ainda o mito. Era apenas mitómano, a gabar-se de ter feito o Mundo em 6 dias, quatro mil e quatro anos antes da era vulgar, nem mais, nem menos, e descansado ao sétimo.

Era um celibatário inveterado que inadvertidamente criara Adão e Eva no Paraíso, onde matava o ócio na olaria. Fez o homem à sua imagem e semelhança e a mulher a partir de uma costela do homem.

Mandou que se afastassem da árvore do conhecimento, ordem que Eva logo desprezou, tentada por um demónio que por lá andava. O senhor Deus logo os expulsou do Paraíso, recriminando a malvada e condoído do tonto que se deixou tentar, enquanto o Demónio, igualmente expulso, foi viver num condomínio privativo – o Inferno.

Entretanto, na Terra, local de exílio, o primeiro e único casal logo descobriu um novo e divertido método de reprodução que amofinou o Senhor e multiplicou a espécie.Deus era bastante sedentário, mas as queixas que lhe chegaram pelos anjos, um exército de alcoviteiros hierarquizados, decidiram-no a deslocar-se ao Monte Sinai onde ditou a Moisés as suas vontades. Ensandecido pelo isolamento e pela castidade veio ameaçar os homens e exigir-lhes obediência e submissão.

Algum tempo depois, vieram profetas – vagabundos que prediziam o futuro –, lançando o boato de que o velho, tolhido do reumático, enviaria o filho para salvar o Mundo. Foi tal a ansiedade nas tribos de Israel que alguns logo vislumbraram, no filho da mulher de um carpinteiro de Nazaré, o Messias anunciado.Com falta de empregos, algum pó e líquidos capitosos à mistura, criaram a inverosímil história do nascimento do pregador com jeito para milagres e parábolas. Puseram a correr que Maria fora avisada pelo Arcanjo Gabriel – o alcoviteiro de Deus –, de que, na permanente castidade, ficara prenhe de uma pomba chamada Espírito Santo.

Nascido o menino que nunca mijou, usou fraldas, fez birras ou fornicou, foi discreto na adolescência e dedicou-se cedo aos milagres e à pregação. Falava no pai e na obrigação espalharem todos as coisas que dizia. Acabou crucificado e culparam os judeus, desde então os suspeitos do costume. Claro que JC era judeu, mas isso foi e é irrelevante.Admite-se que foi circuncidado e era exímio em aramaico, língua em que discutiu com Pôncio Pilatos, que apenas sabia latim, sem necessidade de intérprete.

Depois de crucificado, demorou-se três dias, provisoriamente morto, antes de ascender ao Céu com o prepúcio recuperado, o que desencadearia muitas discussões teológicas.

Os judeus ainda hoje são odiados porque o mataram, mas há exegetas que admitem que foi calúnia dos que criaram a nova religião e quiseram eliminar a antiga. Ódio de trânsfugas!

29 de Julho, 2020 Carlos Esperança

Há 7 anos

O papa Francisco defendeu a “laicidade do Estado”. O papa Francisco surpreendeu claramente ao defender o Estado secular: “a coexistência pacífica entre as diferentes religiões fica beneficiada pelo estado secular, que, sem assumir como própria, nenhuma posição confessional, respeita e valoriza a presença do fator religioso na sociedade “.Como se conciliam tais palavras, que admito sinceras, com o que se passa em Portugal:

– Isenções de impostos de que beneficia a Igreja católica Apostólica Romana (ICAR);

– Pagamento pelo Estado dos capelães militares, hospitalares e prisionais;- Existência de uma disciplina de EMRC;

– Contratação de professores da EMRC, livremente nomeados e exonerados por bispos;- Presença de cavalos, músicos e militares nas procissões e em outros espetáculos pios;

– Profusão da iconografia católica nas paredes dos edifícios públicos;- Presença de sotainas em cerimónias do Estado;

– Designação pia de hospitais quando não há uma só Igreja com nome de políticos;

– Com dificuldades orçamentais, uma embaixada exclusiva para o bairro do Vaticano, havendo outra em Roma;

– Etc., etc., etc..