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Mês: Abril 2018

4 de Abril, 2018 Carlos Esperança

Espanha

O nacionalcatolicismo está de volta

Nem o remorso da cumplicidade com o fascismo, nem o silêncio perante os assassinatos de Franco, nem a vergonha de uma conduta que colocou o catolicismo no banco dos réus da História, impedem o regresso da conivência entre a Igreja e o Estado.

A Espanha dos Reis Católicos continua viva. Apenas a evangelização terminou.

A vergonha regressa. Sem vergonha!

3 de Abril, 2018 Carlos Esperança

Opus Dei

Alckmin se iguala a Bolsonaro no fascismo, por Altamiro Borges

Um dia após sua declaração de ódio, que gerou duras críticas nas redes sociais e mal-estar até no seu próprio partido, o tucano tentou reduzir o desgaste. Alckmin e Bolsonaro se igualam no ódio fascista, mas o primeiro ainda tenta disfarçar

Por Altamiro Borges*

O governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, até tenta, mas não consegue esconder a sua origem política – quando participou de cultos da seita fascista Opus Dei no interior de São Paulo e até nos salões do Palácio dos Bandeirantes. Diante do grave atentado a balas contra a Caravana de Lula no Paraná, o “picolé de chuchu” deixou de lado a farsa da mídia de que seria o “candidato do centro” e escancarou seu ódio: “Estão colhendo o que plantaram”.

Quase com as mesmas palavras, seu rival na disputa eleitoral, o fascistoide Jair Bolsonaro, rosnou: “Lula quis transformar o Brasil em galinheiro e agora colhe os ovos”.

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D1A – Quanto às apreciações políticas, este blogue é neutro, salvo se a maldade tem origem religiosa.

1 de Abril, 2018 Carlos Esperança

Hoje é cá Páscoa

A Páscoa é quando a religião quiser. Os judeus celebram a saída do Egipto e os cristãos comemoram a ressurreição de Cristo. Com o tempo, perde-se a memória do plágio e do motivo da festa.

Hoje é dia Páscoa, dia em que JC ressuscitou dos mortos, com quem esteve a estagiar. Depois andou por aí, como alguns políticos, visitou quem quis e foi visto pelos que acreditaram ou, melhor, pelos que acreditam que houve quem o visse.

Ontem, ainda o ícone da lenda cristã fazia de morto e já os pantagruélicos festins tinham lugar para gáudio da indústria da restauração. Hoje, com a ressurreição consumada, está tudo fechado. Quero um sítio para tomar café e não encontro quem mo sirva.

Despregado do sinal mais onde se finou, JC estagiou num túmulo, como era costume, e, para animação do negócio pio a que deu origem, subiu ao Céu e sentou-se à mão direita de deus-pai, indivíduo de mau feitio cuja biografia vem, em toda a sua crueza, num livro pouco recomendável, da Idade do Bronze, e de origem duvidosa – o Antigo Testamento.

Para mim, que há muito deixei de crer em pias fantasias e elucubrações religiosas, é-me indiferente que JC se dedicasse à carpintaria, para continuar o negócio da família, ou se afeiçoasse à pregação e aos milagres, naquele tempo o mais promissor segmento do sector terciário de uma economia rudimentar.

O que me dói, independentemente dos laivos politeístas da ICAR, com um deus-pai, o deus-filho, a mãe do filho, a pomba e muitos filhos da mãe criados santos, o que me dói – dizia –, é não ter um sítio para tomar café.

Se a Páscoa da Ressurreição servisse para fazer o número de um morto que se cansa da posição, dá uns passeios e emigra para o Céu, e não fechassem os Cafés, eu não estaria aqui a maldizer a beata greve da restauração.

Faz-me mais falta um bom café do que uma ressurreição bem-feita.