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Irão – A fé à beira da loucura nuclear

Bastavam ao mundo a loucura prosélita dos beatos e a incontinência verbal de alguns líderes para o planeta se tornar um lugar de horror. O preço do petróleo e a míngua de alimentos contribuem para adensar as nuvens que ameaçam a sobrevivência colectiva.

É neste estado de pessimismo e desânimo que o Irão lançou com êxito, a partir de local ignorado do deserto, nove mísseis com um raio de acção de 2.000 km, capaz de atingir numerosas cidades da região, nomeadamente Tel Aviv.

Sabe-se como são piedosos os guardas revolucionários de Teerão e como tem sido loquaz o presidente Ahmadinejad a reiterar o desejo obsessivo de erradicar do mapa o Estado de Israel. Já não é a questão palestina, em que os árabes têm razão, que está em causa, é o destino colectivo da humanidade e a paz internacional que estão ameaçadas pela hecatombe nuclear.

Com a Europa bloqueada pelo Não irlandês e pelas suas próprias divergências internas, com o pior presidente dos EUA das últimas décadas em fim de mandato, com o pavor das economias com a alta dos combustíveis, com a Rússia a responder ás provocações da NATO, o Irão encontrou o momento ideal para a demonstração de força.

Hoje, pela vez primeira, o Irão pôs-me do lado de Israel e do seu direito de se defender. Nos períodos de crise, por maiores que sejam as contradições que nos dilaceram, não podemos hesitar na trincheira que escolhemos. ISRAEL tem o direito à sua existência. Sem «MAS».

Carlos Esperança