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América menos protestante

De acordo com os resultados de uma recente pesquisa, os Estados Unidos da América deixarão de ser uma nação maioritariamente protestante.

Entre 1993 e 2002, a percentagem de americanos que se dizia protestante baixou de 63% para 52%, depois de anos de estabilidade, revelou um estudo feito pelo National Opinion Research Center at the University of Chicago.

Simultaneamente, o número de pessoas que disseram que não tinham qualquer tipo de religião aumentou de 9% para quase 14% e muitos são antigos protestantes, dizem os investigadores.

Os Estados Unidos têm sido vistos como sendo brancos e protestantes, afirmou Tom Smith, director do General Social Survey, mas isso vai deixar de acontecer.

Os inquiridos eram definidos como protestantes se respondessem que eram membros de uma denominação protestante, como Episcopal Church ou Southern Baptist Convention. A categoria incluía membros da Church of Jesus Christ of Latter-day Saints e de outras igrejas independentes.

Entre as razões do declínio encontra-se um elevado número de abandonos nas faixas etárias mais jovens, um aumento de imigrantes não-protestantes e o facto de serem cada vez menos aqueles que são educados na fé protestante.

Smith notou que os protestantes podem ter-se identificado como cristãos, opção presente no inquérito.

Quanto à população católica, esta manteve-se estável e, actualmente, constitui cerca de 25% dos habitantes do país.

Por outro lado, as pessoas que disseram pertencer a outras religiões, incluindo muçulmanos, ortodoxos ou religiões orientais, passaram de 3% para 7%. Os judeus constituem menos de 2%, sem que houvesse variações.

A maior diversidade religiosa e o aumento do número de não-crentes, até ver, não contribuiu para uma maior tolerância religiosa e para uma verdadeira laicização do Estado.