22 de Maio, 2004 Ricardo Alves
A luta continua, "Deus" para a rua
A primeira pedra no edifício das democracias modernas é a separação da igreja do Estado. Apenas quando os governantes deixaram de o ser “em nome de Deus” (que não sabiam como consultar) e passaram a sê-lo em nome do povo (e embora nem sempre o consultem), se criaram as condições para o advento das democracias modernas.
A actual obsessão do Vaticano e de alguns políticos conservadores com uma referência explícita, primeiro a “Deus”, e agora ao “património cristão” no Preâmbulo da Constituição Europeia parece assim uma tentativa pitoresca de regressão ao tempo da monarquia por direito divino.
Na verdade, a histeria em torno da “referência cristã” tem servido para esconder que a ICAR conseguiu uma importante vitória com a adopção do artigo I-51 da Constituição Europeia, que não apenas garante que a Constituição não afectará o estatuto das igrejas como garantido pelo direito nacional, mas também cria um mecanismo de consulta das igrejas nos processos legislativos europeus. Não por acaso, a Conferência dos Episcopados Europeus já declarou estar muito satisfeita com o actual projecto de Constituição…


Esta semana vou vos levar ao maravilhoso mundo da propaganda evangélica americana em banda desenhada: As publicações Jack Chick.

A alma1 é um daqueles conceitos de que todos crentes falam, mas de que ninguém tem uma noção ou opinião coerente. Tanto existe fisicamente, como é imaterial. É a essência de um ser e/ou a fonte da consciência. As opiniões e as teologias dividem-se, e o homem comum, ateu prático no seu dia a dia, põe nas horas de desespero, a sua esperança na sua existência. Esperanças, medo e emoções enganadoras é, o que em tudo isso se baseia.