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  • 30 de Novembro, 2011
  • Por Carlos Esperança
  • Ateísmo

Diário Ateísta – 8.º aniversário

O Diário Ateísta nasceu em 30 de Novembro de 2003 e, apesar do azedume, do ódio e ranger de dentes dos avençados do divino, tem mantido sempre a sua presença na blogosfera.

Vão longe os ataques de hackers que pretenderam salvar a alma com ataques à estrutura deste espaço sem censura, algumas vezes de crispação, e outras de diálogo.

Não é objectivo do DA, que devia merecer comentários mais contidos, atacar os crentes mas, sim, desmascarar as crenças e combater a superstição.

Estamos de acordo com os crentes que consideram todas as religiões falsas, excepto a sua e que são igualmente falsos todos os outros deuses. Nesse aspecto pensamos que todos os crentes têm razão. Nós só consideramos falsos mais um deus e uma religião do que o mais empedernido dos crentes o que, em certa medida, faz de todos nós ateus.

Não temos a pretensão de ter primado sempre pelo bom gosto e pela serenidade, mas não nos podem acusar de respeitar qualquer fé ou de nos calarmos perante a demência das religiões como detonadoras do ódio e responsáveis por guerras.

A denúncia dos crimes dos clérigos não obedece a razões pessoais mas à convicção de que descrer em deus começa quando se põe em dúvida a virtude do seu clero.

Nunca combatemos a pantera cor-de-rosa nem os deuses greco-romanos porque temos a certeza de que já ninguém obriga a prestar-lhes culto, ao contrário do cristianismo e do islamismo que não desistem de converter o mundo às suas superstições. Combatemos igualmente o hinduísmo com o seu sistema de castas e o ódio à viúva que volta a casar bem como o próprio budismo responsável pelo atraso e miséria das regiões onde está implantado. Porque amamos a paz execramos tanto o sionismo como o anti-semitismo.

As religiões e os seus deuses nada fizeram pelo progresso dos povos e pela felicidade do género humano. Foram sempre um factor de imobilismo e de repressão em luta contra o progresso e a modernidade. É por isso que os redactores do Diário Ateísta respeitam a Declaração Universal dos Direitos do Homem e desprezam os livros que acirram o ódio e fomentam guerras, apesar de haver quem os considere sagrados.

Não há bem que os crentes façam que não possa ser feito por ateus, agnósticos, cépticos, enfim, livres-pensadores, mas há males que só a crença pode motivar. O Diário Ateísta é a expressão e o instrumento de livres-pensadores que quotidianamente aqui escrevem.

Com as nossas virtudes e defeitos somos agentes do pluralismo e arautos da liberdade.