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Mãe vai à justiça para salvar filho com transfusão

O menino de dois anos não sobreviveria se não recebesse logo uma transfusão de sangue. Ele estava com anemia crônica e diarreia. Mas o seu pai já tinha entregado à direção do hospital um documento que proibia os médicos de adotar esse procedimento. A mãe se rebelou contra o marido a foi a justiça para conseguir a transfusão. Agora, o bebê passa bem.

A família da mãe ficou abalada. A avó, por exemplo, não entende como alguém em nome de uma religião pode deixar o seu filho morrer. “Será que Deus quer que uma criança morra? Isso não é normal, não”, disse ela.

Lembro que no final do ano passado falei sobre o caso onde um casal foi condenado por preferir rezar a levar o filho ao hospital. Vale lembrar que os religiosos não fazem isso por maldade. Eles realmente acham que agindo de tal forma, mesmo que sacrificando um ente querido, estarão agradando a deus. Ou seja, mais vale um filho morto do que desagradar um ser invisível, inaudível, intangível. E isso tem muito mais de egoísmo (o pai quer evitar que deus se aborreça com ele) do que de virtude.

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