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Je vous salue, Bento

No passado dia 21, a Assembleia da República aprovou por maioria um voto de saudação ao novo Papa, Bento XVI, anteriormente conhecido por Ratzinger.

Na declaração de voto lê-se o seguinte: «a Assembleia da República, representando a pluralidade da expressão política do povo português, e tendo em consideração o princípio constitucional da liberdade religiosa e a Concordata celebrada entre o Estado português e a Santa Sé, saúda o novo Papa». Mais uma vez, temos a República Portuguesa a prostrar-se face à ICAR, especialmente quando se menciona a Concordata, que é manifestamente inconstitucional já que viola o princípio da laicidade.

Os deputados ainda expressaram o seu desejo de que o reinado de Bento XVI «corresponda às aspirações dos portugueses, da Europa e do Mundo, a um frutífero diálogo inter-religioso e com os não crentes», sendo esta última aspiração algo quimérica vinda de um Papa que, no passado, se manifestou contra a laicidade, a emancipação das mulheres, os direitos dos homossexuais e que escreveu a declaração «Dominus Iesus».

Temos muito que festejar.