Os 4 bispos do País Basco espanhóis anunciaram que no dia 11 de julho (2009), celebrarão uma missa em memória dos 14 padres bascos fuzilados pelos franquistas entre 1936 e 1937. Em uma mensagem conjunta, os bispos de Bilbao, (auxiliar e coadjutor), San Sebastian e Vitoria, anunciam que a intenção será ‘purificar a memória, servir a verdade, pedir perdão’. “Não queremos reabrir as feridas, mas ajudar a cicatrizá-las ou aliviá-las” – explicam.
“Os 14 padres, que combateram contra as forças do ditador Francisco Franco ao lado dos republicanos, foram mortos pelos vencedores do conflito, e por isso, hoje estão relegados ao silêncio. Não tiveram direito a funeral nem viram os seus nomes inscritos em registros diocesanos e paroquiais”.
Nota: Para mostrar compaixão e arrependimento não é preciso ser adulto na altura dos crimes. Basta não ser fascista como o actual presidente da Conferência Episcopal Espanhola. A cumplicidade com Franco foi das mais vergonhosas atitudes do último Estado totalitário da Europa – o Vaticano.
Em Espanha, tal como as sondagens prenunciavam, a direita (PP) ganhou com a maior maioria de sempre enquanto o PSOE sofreu a sua maior derrota, após a ditadura. A crise internacional, a crença do eleitorado na mudança, o desemprego brutal e as medidas de austeridade de Zapatero foram o húmus onde a vitória da direita floresceu. Não foi o PP que ganhou o poder, foi o PSOE que o perdeu.
Rajoy ganhou com a mais ampla maioria o mais estreito caminho para governar. Teve o bom senso de não fazer promessas e apenas contava com a complacência dos mercados face à maioria absoluta, expectativa gorada com a subida dos juros da dívida soberana, na segunda-feira posterior à vitória, para níveis nunca atingidos.
Curiosamente, a direita espanhola ganhou, à terceira tentativa, com o mesmo líder que perdeu as duas anteriores eleições enquanto em Portugal a direita homóloga conquistou o poder ao quinto líder acabando por se resignar com o menos experiente e preparado. Mas o que vier a acontecer a Espanha é semelhante ao destino que está reservado a toda a União Europeia com os governos limitados à obediência aos mercados, com o poder político submetido à ditadura financeira e à impotência face ao empobrecimento.
Neste tempo de incerteza, com o centro de gravidade política, económica e financeira a deslocar-se para o Pacífico, as lideranças titubeantes da velha Europa não tranquilizam os Governos em exercício. A Espanha, para além do espectro das autonomias, está agora sob o ataque dos mercados que ameaçam destruir os países da União Europeia, a moeda e o mais longo período de paz, prosperidade e justiça social da sua História.
Talvez por isso foram sóbrias as manifestações de alegria dos adeptos e, sobretudo, dos dirigentes do PP. Quem entrou em euforia foi a Igreja católica, sedenta de desforra de um Governo laico que, pela primeira vez em Espanha, concedeu liberdade religiosa a todas as religiões.
O presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Rouco Varela, dá o seu «apoio espiritual» a Rajoy, apoio que é mais capaz de prejudicar a direita do que de ajudá-la. A Igreja católica recebe do Estado, em Espanha, 10 mil milhões de euros por ano. Não é fácil que o futuro Governo possa ultrapassar tão imensa generosidade.
Rouco Varela, o velho franquista que jamais se comoveu com os milhares de espanhóis fuzilados e atirados para valas comuns, rejubilou agora com os resultados eleitorais que não são mérito das homilias cúmplices mas das circunstâncias. O cardeal, que preside à Conferência Episcopal Espanhola, nunca ocultou o ódio ao governo socialista e já louvou o novo governo mas é inflexível nas exigências à direita que Rajoy, ao contrário de Aznar, não quer ver confundida com o franquismo. Rouco exige alterações à lei do aborto, a suspensão das aulas de Educação para a Cidadania e fortes subsídios para transformar a Cáritas num instrumento poderoso ao serviço da sua Igreja, enquanto reincide nos violentos ataques aos casamentos entre indivíduos do mesmo sexo.
Com tal amigo, o governo e a Espanha arriscam-se a confrontos gratuitos, agora que a ETA capitulou sob a pressão implacável do governo socialista. Rajoy não apresentou ainda programa e já é alvo de exigências da Sr.ª Merkel. Não o salvará a «humilde colaboração» e o «apoio espiritual» oferecidos por Rouco Varela.
Independentemente de todos os equívocos e erros nos 27 livros do Novo Testamento, também podemos dizer que ocorreu fraude deliberada em pelo menos 11 deles.
Uma exposição sobre a razão porquê:
O presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Rouco Varela, dá o seu «apoio espiritual» a Rajoy.
Nota: A Igreja católica recebe do Estado, em Espanha, 10 mil milhões de euros por ano. Espero que Rajoy acabe com este escândalo.
Em missa celebrada neste domingo para 50.000 fiéis reunidos no “Estádio da Amizade”, em Cotonou, capital económica de Benin, o Papa Bento XVI fez um apelo aos africanos a se transformarem “em artesãos da reconciliação” nos conflitos, no último dia da visita que faz a Benin.
“Num momento em que tantas famílias estão separadas, exiladas, enlutadas pelos conflitos sem fim, sejam os artesãos da reconciliação e da esperança”, exortou o pontífice durante a homilia.
Nota: Benin era o local onde os portugueses iam comprar escravos, com a bênção da Igreja católica, para venderem no Brasil e em outros países.
A ICAR chegou a ter dúvidas sobre a existência da alma nos escravos. Hoje pensa que até os espermatozóides já têm esse adereço.
Governo vai regularizar dívidas e devolver 15 hospitais
O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo vai, até ao final do primeiro trimestre de 2012, regularizar as dividas consideradas mais prioritárias às misericórdias e devolver os 15 hospitais públicos que pertencem a estas instituições.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.