Loading

Categoria: Islamismo

22 de Dezembro, 2013 Carlos Esperança

A Turquia e a laicidade traída

stoning

Recep Tayyip Erdogan, primeiro-ministro turco a quem a Europa e EUA concederam o título de muçulmano moderado, um oximoro por excelência, foi ajudado no saneamento das forças laicas – juízes e militares –, por Fethullah Gülen, um imã que lidera uma rede global de escolas e instituições de caridade com milhões de seguidores.

Foi Gülen quem apoiou Erdogan a combater a laicidade e que, por avidez pessoal, surge agora como seu adversário, depois de ter infiltrado sequazes seus nas Forças Armadas e na magistratura, quando o PM pretende tornar-se Presidente, em 2014, para se perpetuar no poder e erradicar os opositores.

Os escândalos que atingem altas figuras do regime, amigos de Erdogan e das 5 orações diárias, são um embaraço para as suas aspirações e uma oportunidade para o imã. Apegados aos cinco pilares do Islão, mas afastados por ambições pessoais, o atual PM vê na detenção de 24 pessoas, por corrupção, filhos de ministros, banqueiros e membros políticos do seu AKP (Partido da Justiça e do Desenvolvimento), uma conjura.

A teoria da conspiração que Erdogan designa por “grupos internacionais” e “alianças sombrias”, abrange o próprio embaixador dos EUA e os suspeitos do costume, oposição kemalista, Forças Armadas e poder judicial, onde prosseguem as purgas.

O maior exército da Nato, fora dos EUA, é o turco, cuja depuração de elementos laicos e golpistas (é justo referir este último adjetivo), foi levada a efeito de forma metódica e eficaz. Neste momento a luta que se trava já é entre um muçulmano que está no poder e outro muçulmano que lho disputa.

O Estado ainda é oficialmente laico mas começa a ser perigoso urinar virado para Meca, degustar presunto ou matar a sede com cerveja. Para as mulheres já começou o calvário das violações e interditos. A exibição dos cabelos, da cara ou de pernas destapadas é já uma provocação lúbrica sob o olhar atento de Maomé.

A Turquia, sobre a qual, há vários anos, venho escrevendo, é um barril de pólvora que o proselitismo evangélico municiou para o tornar uma granada com retardador, a explodir versículos e a escrever a sharia com os estilhaços que cairão sobre as cinzas de Atatürk.

A cumplicidade com o Irão é hoje motivo de preocupação para a Europa e EUA mas a islamização forçada pelo poder era apenas a piedosa intenção de um islamita moderado que agora acusa os que defenderam o monstro e os seus aliados das mesquitas.

10 de Dezembro, 2013 Carlos Esperança

Um decote onde não cabe o Corão

Decote da apresentadora do sorteio do Mundial 2014 interrompe transmissão no Irão

Decote da apresentadora do sorteio do Mundial 2014 interrompe transmissão no Irão

A transmissão do sorteio do Mundial 2014, na passada sexta-feira, foi interrompida no Irão devido ao decote e ao vestido curto da apresentadora brasileira Fernanda Lima.

9 de Dezembro, 2013 David Ferreira

Jurisprudência islâmica

O India Today, uma publicação semanal indiana, divulgou em 28 de novembro a compilação de algumas das mais puritanas fatwa islâmicas emitidas no Egipto durante a presidência do deposto líder Mohamed Morsi, uma listagem de verdadeiros atentados à dignidade humana a que a radicalização islâmica infelizmente nos vai acostumando.

Durante o curto mandato presidencial de Morsi, a Irmandade Muçulmana, uma organização fundamentalista que pretende estabelecer a sharia rejeitando o islamismo mais moderado, assim como alguns grupos igualmente violentos e fanáticos de salafistas, emitiram regularmente aguerridas fatwa contra as mulheres. Uma das que sobressai, indiscutivelmente, é a que refere que, uma vez que o género do vocábulo “mar” em árabe é masculino, se e quando a água do mar entrar em contato com a região pélvica da mulher, esta estará a cometer literalmente adultério, pelo que deverá ser punida. Nunca será demais realçar que, de acordo com a sharia, o corpo da lei religiosa islâmica, a pena padrão imposta a uma mulher por adultério é a lapidação, uma das formas de execução de condenados mais bárbara que a humanidade já concebeu.

De acordo com o relatório, as fatwa emitidas por ambos os grupos radicais referiam as mulheres como estranhas criaturas, criadas apenas para o sexo. Consideravam as vozes das mulheres, o seu aspeto e a sua presença fora de casa como ofensivas, algumas ao ponto de considerarem a própria condição de mulher como uma ofensa.

Algumas das fatwa emitidas oficialmente incluíam:

– A proibição de a mulher comer determinados vegetais ou, inclusive, de tocar em pepinos e bananas, uma vez que o seu formato fálico lhes poderia despertar inconvenientes desejos sexuais;

– A ordem para as mulheres desligarem os sistemas de ar condicionado de suas casas na ausência dos maridos, uma vez que mantê-los ligados poderia indicar a um qualquer vizinho que estas se encontrariam sozinhas em casa, pelo que qualquer um deles poderia ser acometido do desejo de cometer adultério;

– O dever de casar após atingirem a provecta idade de dez anos, como forma de prevenir o desvio do “caminho certo”;

– A anulação do matrimónio se um casal for apanhado a praticar o coito em nudez integral;

– A autorização para o uso de mulheres como escudos humanos em períodos de confrontação violenta;

– A destruição das pirâmides e da esfinge, por serem imagens pagãs;

– A sanção da execução de todos os que se manifestassem contra o então presidente Mohamed Morsi;

– A proibição de cumprimentar cristãos a qualquer cidadão muçulmano.

Recordo o discurso do presidente norte-americano Barack Obama proferido durante a 67ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde referiu que o futuro não deve pertencer aos que difamam o profeta do Islão mas que, para se ser credível, também não deverá pertencer aos que assistem à profanação das imagens da figura de Jesus cristo sem condenar igualmente tal prática. Percebe-se a diplomacia e vislumbra-se o corretivo. Mas não podemos senão lamentar que em pleno séc. XXI figuras tão proeminentes da nossa sociedade se vejam obrigadas a ter que moderar publicamente comportamentos repugnantes por parte de organizações radicais cuja mundividência está tão afastada dos mais básicos direitos humanos como a sonda Voyager 1 do planeta Terra. E tudo graças a esse potente veneno esotérico que pode ser a religião quando a alienados paladinos da fé, tenha ela a proveniência que tiver, é reconhecido o direito de eternizarem crenças de sistemas culturais primitivos que, ungidos de um cunho divino socioculturalmente aceite, impõem a obrigatoriedade moral de um respeito muitas vezes imerecido, ao mesmo tempo que repelem a crítica demasiadas vezes manietada.

O Islão fundamentalista avança, como outrora avançou o cristianismo mais escorbútico. A princípio dissimulado, impudente logo que o consiga. Nem todo o Islão é radical, dirão uns. Sabemo-lo. Mas o futuro não pode pertencer a quem cobardemente o tolera com receio de ferir um segmento das suas próprias convicções.

7 de Dezembro, 2013 Carlos Esperança

A nódoa islâmica alastra

A Assembleia Nacional da Líbia adotou a lei islâmica para o país, fazendo com que este se torne oficialmente um Estado islâmico.

A Líbia é o mais recente país a ter passado pela «Primavera Árabe» a sofrer uma viragem no sentido do islamismo, depois da Tunísia e do Egito, sendo que também aqui o processo foi chefiado pela Irmandade Islâmica.

4 de Novembro, 2013 Carlos Esperança

Fascismo islâmico

O fascismo islâmico é uma realidade e o álibi do multiculturalismo não passa da cumplicidade que o esconde.

http://www.news.va/pt/news/asiabrunei-aprovada-a-lei-islamica-no-codigo-penal

ÁSIA/BRUNEI – Aprovada a lei islâmica no código penal, a Igreja pede que seja aplicada somente…

www.news.va

Bandar Seri Begawan – O sultão do Brunei aprovou numerosas disposições da “chariá” no novo Código penal promulgado nos dias passados pelo sultão