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Categoria: Humor

12 de Setembro, 2013 José Moreira

“Era um biquini, pequenino…”

Decididamente, as opções religiosas são para respeitar.E para impor, acrescento. Assim, por exemplo, se um cristão decide residir num qualquer país islâmico, tem todo o direito a exigir costeletas de porco, no talho. E caso o talho não tenha costeletas de porco, o cristão tem todo o direito a dirimir, em tribunal, o seu suíno direito. Perdão: o direito ao suíno. E estou convicto de que o tribunal, por mais islâmico-fascista que seja, não deixará de fazer a vontade ao simpático cristão, já que as suas opções religiosas não o proíbem de saborear o suíno artiodáctilo do qual a única parte inaproveitável é o grunhido.

Por isso, e por uma questão de reciprocidade, os islâmicos que residam em países ditos de cultura cristianizada, têm todo o direito a fazer as suas exigências. Foi o caso desta jovem,  que, não suficientemente contente por o tribunal a autorizar a ir às aulas de natação em “burquini”, provavelmente vai exigir que todas/os as/os colegas passem a envergar a atraente indumentária, já que o Alcorão proíbe as mulheres não só de exibirem qualquer pedaço de pele que vá além da cara, das mãos e dos pés, como também as proíbe de ver. Ora, a pudibunda jovem recata-se, como manda Maomé, mas a verdade é que vive em pecado, ao visualizar os seus colegas masculinos que, naquela idade, transpiram hormonas por tudo quanto é poro. E a apudorada rapariga, que até passou os oito anos de idade sem ter sido obrigada a casar-se, não pode ser constrangida a ver as insinuadas pendurezas masculinas. Não que, provavelmente, lhe falte vontade; mas o Maomé…

Parece que o tribunal não deu razão à jovem. Lá que se vista de “burquini” para ir nadar, ainda vá que não vá; mas se não quer ver os outros em roupas reduzidas… que feche os olhos.  Por seu lado, a jovem já terá uma justificação para, sem deixar de cumprir o islão, conviver alegremente com os púberes companheiros masculinos.

Ele sempre há coisas que nos ajudam a limpar a consciência. E vale a pena contar um caso que se passou comigo, há uns anos. Num congresso internacional, chegou a hora da refeição. Como o dinheiro não abundava, o cardápio consistia em corriqueira costeleta de porco frita com batata e arroz. À minha frente, na mesa corrida, um paquistanês, quando viu o prato aterrar na sua frente, perguntou-me o que era “aquilo”. Porco, respondi. No seu inglês macarrónico, fez-me saber que a sua religião o proibia de comer aquele petisco. Fiz sinal ao empregado que, perante a minha tradução, solicitamente se prontificou a trocar o prato. Regressou, passados poucos minutos, com o que parecia ser outro prato. O paquistanês repetiu a pergunta anteriormente feita, ao que eu respondi: “Vitela”.

Eis, pois, como um simpático islamista comeu uma saborosa e proibida costeleta de porco, sem sombra de pecado.

Moral da história: todo o burro come palha, é preciso é sabê-la dar. Não se poderia aplicar o ditado à rapariguinha?

 

13 de Agosto, 2013 Carlos Esperança

O TEMOR DE UM SIMPLES MORTAL ! . . .

Terça-feira, 13 de agosto de 2013

A RTP 1 transmite em direto as cerimónias de Fátima.

A SIC transmite em direto as cerimónias de Fátima.

A TVI transmite em direto as cerimónias de Fátima.

A RTP África transmite em direto as cerimónias de Fátima.

A TSF transmite em direto as cerimónias de Fátima.

A Rádio Renascença transmite em direto as cerimónias de Fátima.

Tenho medo de ligar a torradeira!..

28 de Julho, 2013 Carlos Esperança

Auto da Barca do HM

AUTO DA BARCA DO HM*

Por

João Pedro Moura

 

– Ó da barca, para onde me levas?

– Para meu novo porto, mas de Senhor velho, viajante! Eu, H.M., ao leme… o porto é só meu!

– E que me ofereces nesta tua barca velha?

– Ora… isso mesmo… um vinho único e bom e bom petisco, de celeste aprisco!

– …

– …

– Chamas bom a este vinho, de sabor a pinho?! E petisco a este cisco?! De arisco e diabólico aprisco!…

– É tudo da minha capela, viajante! E só eu é que enfuno a vela!…

–  H.M., que porto é aquele de que afinal me afastas?! Não lá pastas?!…

– Por ora derivo, viajante! Não tenho divo, que me oriente!…

– Mas não governas capela???!!! Não és tu que enfunas vela???!! ! Que testas no teu porto novo???!!!

– Ora, nem novo nem velho testamento!… Mingua-me o tento! Já não aguento!…

 

*H.M. – Heteronimista Metastático:  apodo da mascote viscosa, deste Diário, em processo (abortivo…) de renascimento crédulo…

5 de Julho, 2013 Carlos Esperança

Humor

joelhos

11 de Maio, 2013 Carlos Esperança

Contradições da fé

No Ceará, cabaré processa Igreja Universal

Em Aquiraz, no Ceará, dona Tarcília Bezerra construiu uma expansão de seu cabaré, cujas atividades estavam em constante crescimento após a criação de seguro desemprego para pescadores e vários outros tipos de bolsas.
Em resposta, a Igreja Universal local iniciou uma forte campanha para bloquear a expansão, com sessões de oração em sua igreja, de manhã, à tarde e à noite.

O trabalho de ampliação e reforma progredia célere até uma semana antes da reinauguração, quando um raio atingiu o cabaré queimando as instalações elétricas e provocando um incêndio que destruiu o telhado e grande parte da construção.

Após a destruição do cabaré, o pastor e os crentes da igreja passaram a se gabar “do grande poder da oração”.

Então, Tarcília processou a igreja, o pastor e toda a congregação, com o fundamento de que eles “foram os responsáveis pelo fim de seu prédio e de seu negócio” utilizando-se da intervenção divina, direta ou indireta e das ações ou meios.”
Na sua resposta à ação judicial, a igreja, veementemente, negou toda e qualquer responsabilidade ou qualquer ligação com o fim do edifício.

O juiz a quem o processo foi submetido leu a reclamação da autora e a resposta dos réus e, na audiência de abertura, comentou:

“- Eu não sei como vou decidir neste caso, mas uma coisa está patente nos autos: temos aqui uma proprietária de um cabaré que firmemente acredita no poder das orações e uma igreja inteira declarando que as orações não valem nada!”.

2 de Abril, 2013 José Moreira

Turismo em Portugal

Acabo de ouver, neologismo televisivo-cinematográfico que consiste na aglutinação de ouvir e ver, , dizia eu que acabo de ouver, na televisão, que o Governo de Portugal está empenhado, como se nós não soubéssemos, em promover o turismo, e esta parte é que eu não sabia. Alavancar, como se diz hodiernamente. Para isso, vai tomar medidas para desenvolver o turismo de saúde e, pasme-se! o turismo religioso.

Ora, eu acho que o turismo religioso é, na verdade, uma fonte praticamente inesgotável de receitas, e a iCAR que o diga, mas a ICAR deve ficar com a parte de leão. O que está correcto, se considerarmos que é a ICAR a única produtora, isto é, detém o monopólio das duas vertentes religiosas que mais atraem os turistas daquele ramo: os milagres e as aparições. Mas parece-me que será chegada a altura de os governantes começarem a pensar seriamente na hipótese de promover uma alteração nos acordos bi-laterais, de modo a que a ICAR passe a contribuir num pouco mais para o esforço anti-crise. Um pouco mais, é como quem diz: contribuir, tout-court. O que não se me afigura difícil, mas se o for certamente que o ministro Álvaro não deixará de deprecar os bons ofícios do católico presidente da República. Sim, que isto de país laico é muito lindo, mas é como a saúde tendencialmente gratuita: fica muito bem na Constituição, e dá um ar de democracia. Só.

Vamos ao que interessa. Em primeiro lugar, para que o turismo religioso, porque é este que interessa abordar neste local, seja, efectivamente, alavancado, há que modernizar toda a estrutura, de modo a que os turistas religiosos sejam efectivamente atraídos por algo mais que as patéticas passeatas do mamarracho pelo terreiro de Fátima.  Alvitro, assim, que sejam criadas novas aparições, de preferência no Algarve, de modo a que os turistas possam juntar o útil ao agradável. Nada mais prático do que assistir a uma procissão enquanto se passa o bronzeador pelo toutiço, ou debitar uma ave-maria entre dois mergulhos nas águas cálidas. As velinhas acesas podiam ser, facilmente, substituídas por telemóveis com retro-iluminação nos “displays”, ou por modernas lanternas de raios-laser. Pelo menos, não se corria o risco de apanhar com pingos de cera na roupa, que aquela porcaria dá uma trabalheira do caraças a tirar.

Depois, os milagres. Os milagres atraem sempre gente. Mas nada de milagres fatelas, tipo olho-esquerdo-de-D. Guilhermina, nada disso! Milagres a sério, do género serrar uma mulher, pode ser um homem, ao meio e o tipo, ou a tipa, aparecer vivo da costa e com as partes coladas, aquela multidão toda a berrar “milagre! milagre!”. Até podiam convidar o Luís de Matos ou, até, um outro ilusionista no desemprego… Sim, porque aquele truque da ressurreição já está mais que visto, anda a humanidade católica a gramar isso há quase dois mil anos, já cansa, é sempre a mesma trata, aleluia, ele morreu para nos salvar, etc.

Por falar nisso: qual a razão para ainda se manter o anacrónico hábito de andar o “compasso” de porta em porta? Em pleno século XXI, com a tecnologia a tornar a palavra “impossível” cada vez mais sem sentido, não se poderia resolver o problema por e-mail? Ou com o acesso a um “site” apropriado?

À atenção de quem de direito.