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Categoria: AAP

26 de Abril, 2009 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP) na TVI

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) ficou perplexa com a canonização do Beato Nuno Álvares Pereira que tem lugar este domingo no Vaticano. O tvi24.pt falou com o presidente da AAP sobre as três razões pelas quais a canonização não deve acontecer.

Carlos Esperança afirma que «cada um entende como quiser o problema da canonização», mas a AAP considera «verdadeiramente inaceitável a intromissão por parte do Estado».

Nota: O cónego António Rego pensa o contrários por três razões diferentes.

20 de Abril, 2009 Carlos Esperança

A canonização de Nuno Álvares

Já se notam os primeiros sinais de pudor. Nem os reis católicos que sobram na Europa, habituados há gerações a ajoelharem-se perante o Papa e a obrigarem os súbditos a viver de rastos, se prestam já a serem figurantes no espectáculo das canonizações em série.

O Presidente da República compreendeu finalmente que as funções que ocupa num país laico são incompatíveis com a exibição pública das suas devoções particulares e vai mandar o chefe da Casa Militar a representá-lo.

O presidente da Assembleia da República far-se-á substituir pelo deputado Guilherme Silva.

Só falta que o CEMGFA delegue também num cabo de cavalaria a representação nas cerimónias religiosas no Vaticano.

Continua a não ser aceitável a presença, em nome do Estado, numa cerimónia religiosa, mas é menor a vergonha.

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) é, neste processo, uma referência ética do Estado laico.

18 de Abril, 2009 Carlos Esperança

Conferência sobre ateísmo

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Conferência sobre o ateísmo, realizada dia 17 de Abril,  graças ao esforço e dedicação do nosso consócio Manuel Fernandes, na Cooperativa Cultural e Popular  do Barreiro. Aqui ficam imagens, da mesa e da assistência,  sobre o acontecimento.

Nota: O Diário Ateísta agradece à AAP e a Vítor Santos as fotos e o relato do acontecimento.

18 de Abril, 2009 Carlos Esperança

Resposta ao bispo Carlos Azevedo – AAP

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) contesta o artigo do senhor bispo católico, Carlos Azevedo, no Correio da Manhã, com acusações cuja legitimidade respeita mas que francamente repudia.

Regozijamo-nos, naturalmente, com a consideração e respeito que o senhor bispo diz ter pelo ateísmo, afirmação surpreendente face à excomunhão papal, às perseguições da Igreja católica e à forma como ele próprio se refere à AAP. Recordamos-lhe, a propósito, a peregrinação a Fátima de 13 de Maio de 2008, «contra o ateísmo» e a convicção do senhor patriarca José Policarpo: «Todas as expressões de ateísmo, todas as formas existenciais de negação ou esquecimento de Deus, continuam a ser o maior drama da humanidade».

Insólita num bispo católico, registamos a referência à «debilidade de todos os sinais da presença de Deus», numa arrojada manifestação de agnosticismo mitigado.

Mas o senhor bispo percebeu mal, ou deturpou, a posição da AAP em relação à canonização de Nuno Álvares e à lamentável cobertura que o Presidente da República, o Presidente da AR, membros do Governo e deputados deram à canonização, incompatível com um Estado laico onde é legítimo exaltar as virtudes do herói mas inaceitável rubricar os milagres de um santo.

Diz o senhor bispo Carlos Azevedo que «afirmar que Nuno Álvares Pereira foi canonizado graças a um milagre, que ridicularizam, é desonesto», como se fosse a Associação Ateísta a inventar o milagre, e não a Igreja católica, e como se o milagre  não fosse condição sine qua non para a canonização. Que o senhor bispo se envergonhe do milagre obrado no olho esquerdo de D. Guilhermina, queimado com óleo fervente de fritar peixe, à custa de duas novenas e um ósculo numa imagem do Condestável, é um problema seu.
O senhor Patriarca Policarpo preferia a canonização por decreto, como afirmou publicamente, à exigência de Bento XVI que, na opinião do teólogo Hans Küng, está a devolver a Igreja à Idade Média, mas quem manda é o antigo prefeito da Sagrada Congregação da Fé (ex-Santo Ofício).

Assim, ignorando os juízos de valor e os ataques do senhor bispo Carlos Azevedo, a AAP reitera o seguinte:

– O Estado laico é a condição essencial de uma democracia e, na opinião da AAP, fica irremediavelmente comprometido com a participação dos altos dignitários do Estado, em nome de Portugal, numa cerimónia de canonização, estabelecendo uma lamentável confusão entre as funções de Estado e os actos pios do foro individual, prestando-se ao reconhecimento estatal da superstição;
– A AAP entende que o prestígio do Condestável não se dilata com o alegado milagre e que, se deus existisse, podia mais facilmente ter evitado os salpicos de óleo que queimaram o olho esquerdo de D. Guilhermina, enquanto fritava peixe,  do que ter de a curar para o beato virar santo;
– A AAP duvida da capacidade de um guerreiro morto, apesar de ilustre, para actuar como colírio e duvida de D. Guilhermina, que se lembrou de recorrer à intercessão de um herói, sem antecedentes no ramo dos milagres, em vez de procurar um oftalmologista, e
– Finalmente, a AAP repudia que a peregrinação a Roma se faça a expensas do Estado português.

Associação Ateísta Portuguesa – Odivelas, 18 de Abril de 2009

14 de Abril, 2009 Carlos Esperança

AAP na comunicação social

Lisboa, 14 Abr (Lusa) – O vice-postulador da canonização de Nun’Álvares Pereira disse hoje respeitar as críticas da Associação Ateísta Portuguesa à participação de figuras do Estado na Comissão de Honra da causa, apesar de as “estranhar”.

Fátima Missionária

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