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Categoria: AAP

23 de Junho, 2009 Carlos Esperança

AAP – A ICAR e os Ateus

Resposta da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) às diatribes do virtuoso bispo emérito de Coimbra, João Alves

A ICAR e os Ateus *

Na sequência do artigo publicado no Diário de Coimbra (DC), em 14 de Junho, pelo Bispo Emérito D. João Alves, sob o título « A Igreja Católica e os Ateus: do desgosto à solicitude», vem a Associação Ateísta Portuguesa (AAP), pelas referências de que foi alvo, esclarecer o seguinte:
1 – Em Junho de 2008, sob o título «Elementos para o diálogo entre cristãos e ateus» o Sr. Bispo, a pro-pósito da criação da AAP, referiu-se no DC ao problema do ateísmo convicto de ser a sua Igreja a solução.

2 – A AAP sugeriu-lhe, em resposta, que não partisse do pressuposto de que o ateísmo é um problema nem que a religião do Sr. Bispo é a solução. Sugerimos-lhe, então, dialogar em campo neutro, aceitando que todos podemos errar em matérias de facto, admitindo o direito de cada um aos seus juízos de valor e avaliando cada posição à luz dos seus méritos e não pelo que especulamos acerca do Além, mas o repto ficou sem resposta durante um ano.

3 – No artigo ora referido «A Igreja católica e os Ateus: do desgosto à solicitude», o virtuoso bispo reincide no ataque aos ateus, dissimulado pela piedade, capaz de derreter o coração dos devotos.  Ser-viu-lhe de pretexto o almoço de confraternização realizado em Coimbra, na sede da diocese de que foi longos anos titular, almoço com que um grupo de ateus quis celebrar o primeiro aniversário da criação da Associação Ateísta Portuguesa (AAP).

4 – A alegada simpatia «para com as pessoas com dificuldades em acreditarem em Deus ou que se dizem ateus» é desmentida pela compreensão de D. João Alves pelo ayatollah Khomeini e pela fatwa contra Salman Rushdie que o condenava à morte por delito de opinião (( V/ Diário de Coimbra de 18 de Março de 2001, pág. 5). A resposta à insólita solidariedade, medieval e intolerável, mereceu nas páginas honradas do Diário de Coimbra a repulsa do signatário deste texto, há oito anos.

5 – Para apreciar a piedade que a Igreja católica dedica aos ateus não é preciso recordar a Inquisição, basta evocar a peregrinação a Fátima de 13 de Maio de 2008, «contra o ateísmo», não a favor da fé.

6 – A AAP não duvida do desgosto que o ateísmo provoca no bispo emérito de Coimbra mas tem fun-dadas dúvidas, quanto à solicitude, sabendo que os ateus foram e continuam excomungados por uma embirração papal que não é preocupante em países democráticos.

7 – O Sr. Bispo continua, como há um ano, a fazer longas citações da encíclica “Gaudium et Spes” , convicto de que a encíclica de Paulo VI é uma fonte de prova inquestionável e aconselha a AAP a «aprofundar o estudo e reflexão do problema de Deus” que é o objectivo da teologia, a única ciência sem método nem objecto e um exclusivo dos crentes.

8 – O resumo do texto conciliar feito por D. João Alves para uso da Associação Ateísta Portuguesa onde, desta vez, teve o pudor de omitir que «…o ateísmo deve ser contado entre os fenómenos mais graves do nosso tempo…»,  corre o risco de ser tão útil para os ateus quanto o resumo do livro «A Desilusão de Deus», de Richard Dawkins, feito pela AAP para uso da Conferência Episcopal.

9 – Concordamos com Sr. Bispo quando afirma que a «Igreja Católica está firme e continua a ter influência razoável na sociedade portuguesa», excessiva a nosso ver, com mais de dois milhões de cristãos que todos os fins-de-semana vão à missa, ou seja, invoca a fidelidade de 20% dos portugueses para legitimar os privilégios de que goza a sua Igreja e as exigências em que reincide.

10 – Finalmente, a AAP regista a afirmação com que termina o seu artigo e que «…mostra com clareza que a Igreja respeita e compreende os sem fé em Deus e sem religião, desde que seriamente estudem estes problemas em busca da verdade». Caso contrário, imaginamos a solicitude com que trataria os ateus se a fé fosse obrigatória.

Apresentamos a V. Ex.ª, Senhor Director, as nossas cordiais saudações.
Associação Ateísta Portuguesa – Odivelas, 18 de Junho de 2009 *

* Publicada hoje no Diário de Coimbra

20 de Junho, 2009 Raul Pereira

Manutenção do site da AAP

Vários leitores do DA e sócios têm vindo a questionar-nos sobre o estado do site oficial da Associação Ateísta Portuguesa e do Fórum. Fica aqui uma breve explicação.

Devido a uma migração de servidores, a reformulação dos sites (DA incluído) não tem corrido como esperado. Está até a ser equacionada a instalação de um novo fórum, aberto a todos os que quiserem participar, embora mantendo uma secção reservada à direcção e sócios.
Agradecemos a compreensão de todos, estamos a trabalhar para resolver esta situação o mais rapidamente possível.

13 de Junho, 2009 Carlos Esperança

Comunicado da AAP na Lusa

Ensino: Associação Ateísta considera “injusto e imoral” que professores católicos possam leccionar outras matérias
13 de Junho de 2009, 00:25

Lisboa, 12 Jun (Lusa) – A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) considera “injusto e imoral” que os professores de religião católica, que são nomeados pelos bispos sem serem sujeitos a concurso, usem os anos de serviço enquanto docentes desta disciplina para leccionarem outras matérias.

Carlos Esperança, presidente da AAP, disse à agência Lusa que “não se compreende que professores sem concursos legais para outras disciplinas as possam ensinar.”

“Há professores (de Religião e Moral) que aproveitam o tempo de serviço a leccionar essa disciplina para depois passar à frente de professores com melhor qualificação para leccionar outra disciplina”, afirmou à Lusa Carlos Esperança.

13 de Junho, 2009 Carlos Esperança

Comunicado da Associação Ateísta Portuguesa sobre ERMC

À comunicação social:

COMUNICADO

Professores de moral ameaçam Estado com tribunal

Os Bispos portugueses enviaram, no dia 8 do corrente mês, um comunicado a Sócrates dizendo que os docentes católicos são discrimi-nados pela tutela, que os limita às aulas de moral e os impede de participar na gestão escolar.

1 – A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) discorda do ensino da Moral e da Religião Católicas (EMRC), ou de qualquer outra confissão, nas escolas públicas, por ofender o princípio da laicidade a que o Estado se encontra obrigado;

2 – Discorda, de forma ainda mais veemente, que o Estado presuma terem as dioceses a idoneidade para atribuir a competência para o EMRC, em concursos especiais e à margem das normas que regem os concursos dos outros professores;

3 – O comunicado da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) ao primeiro-ministro onde afirma que os docentes das aulas de Religião estão limitados às aulas de moral e impedidos de participar na gestão escolar é inaceitável pelas seguintes razões:
a)      Não é compreensível que professores sem concursos legais para outras disciplinas as possam ensinar;
b)      É inaceitável que, com base em concursos especiais, graças ao poder discricionário dos bispos, haja professores com direitos acrescidos (ao professor que tenha habilitação dupla para grupos disciplinares distintos é vedada a possibilidade de leccionar disciplinas de ambos em simultâneo);

Assim, a Associação Ateísta Portuguesa (AAP) considera abusiva a exigência episcopal de favorecer os pregadores da fé e aproveita para denunciar os casos de professores com classificações que não lhes permitem o acesso à profissão e que, depois de alguns anos de ensino de ERMC, lhes seja contado o tempo de serviço que os coloca à frente de colegas mais qualificados.

Este expediente, injusto e imoral, não pode ser consentido pelo Estado. A AAP repudia a nomeação eclesiástica de professores das escolas públicas e que o tempo de serviço das aulas de ERMC sirva para passarem à frente dos colegas sujeitos ao rigor de um concurso público.

A AAP não discute a religião dos senhores bispos mas contesta a moralidade desta reivindicação. É incompreensível que ainda haja aulas de religião e moral católica e que o Estado permita que se evan-gelize nas escolas públicas. É inaceitável que este proselitismo seja pago pelo erário público. E é um abuso que professores nomeados pelas igrejas, contratados sem cumprir os critérios exigidos aos seus colegas, reivindiquem tantos ou mais direitos que estes só por ensinarem uma religião.
Associação Ateísta Portuguesa – Odivelas, 12 de Junho de 2009

23 de Maio, 2009 Carlos Esperança

CONVITE – 1.º Aniversário da AAP

AAP – Almoço de convívio e troca de impressões em COIMBRA

Faz 1 ano no próximo dia 30 de Maio, Sábado, que a Associação Ateísta Portuguesa se constituiu. Dezassete dias antes tinha havido a peregrinação a Fátima, contra o ateísmo, presidida pelo criador de milagres e fabricante de santos e beatos – o cardeal Saraiva Martins. Algum tempo depois o patriarca Policarpo considerava o ateísmo a maior tragédia da actualidade.

São exagerados estes publicitários. Até nos quatro bispos que soltaram ao longo deste 1.º ano para afrontarem a Associação Ateísta Portuguesa (AAP).

É boa altura para o encontro de todos os ateus, agnósticos, cépticos e livres-pensadores que queiram reunir-se nesse dia em Coimbra onde se pode aproveitar para discutir um documento a pedir um atestado de apostasia às dioceses.

Local: Restaurante «O Cantinho dos Reis» – Terreiro da Erva, N. 16 – COIMBRA (Largo entre a Rua da Sofia e a Av. Fernão de Magalhães, tudo locais muito conhecidos em Coimbra)

Ementa: Refeição completa com bebidas incluídas.

Hora: 13H00

Preço – > 10 € (Habitualmente anda pelos 7 € e a comida é boa e variada)

INSCRIÇÕES: (até segunda-feira,  dia 25) para o e-mail da AAP.

[email protected]

Caros ateus e ateias, Deus provavelmente não existe, portanto venham fruir este almoço e esqueçam a última ceia.

Bem-vindos a Coimbra. Viva o livre-pensamento.

Saudações ateístas.

18 de Maio, 2009 Carlos Esperança

C O N V I T E – 1.º Aniversário da AAP

AAP – Almoço de convívio e troca de impressões em COIMBRA


Faz 1 ano no próximo dia 30 de Maio, Sábado
, que a Associação Ateísta Portuguesa se constituiu. Dezassete dias antes tinha havido a peregrinação a Fátima, contra o ateísmo, presidida pelo criador de milagres e fabricante de santos e beatos – o cardeal Saraiva Martins. Algum tempo depois o patriarca Policarpo considerava o ateísmo a maior tragédia da actualidade.

São exagerados estes publicitários. Até nos quatro bispos que soltaram ao longo deste 1.º ano para afrontarem a Associação Ateísta Portuguesa (AAP).

É boa altura para o encontro de todos os ateus, agnósticos, cépticos e livres-pensadores que queiram reunir-se nesse dia em Coimbra onde se pode aproveitar para discutir um documento a pedir um atestado de apostasia às dioceses.

Local: Restaurante «O Cantinho dos Reis» – Terreiro da Erva, N. 16 – COIMBRA (Largo entre a Rua da Sofia e a Av. Fernão de Magalhães, tudo locais muito conhecidos em Coimbra)

Ementa: Refeição completa com bebidas incluídas.

Hora: 13H00

Preço – > 10 € (Habitualmente anda pelos 7 € e a comida é boa e variada)

INSCRIÇÕES: (durante a próxima semana, até ao dia 22) para o e-mail da AAP.

[email protected]

Caros ateus e ateias, Deus provavelmente não existe, portanto venham fruir este almoço e esqueçam a última ceia.

Bem-vindos a Coimbra. Viva o livre-pensamento.

Saudações ateístas.

17 de Maio, 2009 Carlos Esperança

Justas preocupações de um leitor

Neste momento, a RTP – a televisão paga por todos nós – está a emitir uma mensagem de obscurantismo a todos os títulos inadmissível. Li, em rodapé, que do programa do aniversário da inauguração do “cristo-rei” – pois é disso que se trata – fazia parte a “recepção a nossa senhora”.

Ora, eu não sei, ao certo, quem é essa tal “nossa senhora”; mas suponho que se trata de uma boneca a quem, contrariando a dita “lei de Deus”, se presta culto, numa imitação foleira do anacrónico politeísmo idólatra. E a RTP transmite isso!!!

Eu não sei até que ponto a Igreja tem legitimidade para, em nome de uma efeméride bacoca e medieval, inundar as ruas de Lisboa com procissões e outras manifestações de gosto mais que duvidoso; mas, como ainda acredito na boa fé dos homens, parto do princípio que foram preenchidos os eventuais requisitos legais, como se de uma manifestação pública contra a fome se tratasse. Mas não posso admitir que uma estação televisiva DO ESTADO (ou seja, nossa, paga por todos nós), dedique, através dos seus vários canais, mais de vinte e quatro horas a este espectáculo, digno dos piores espectáculos religiosos da Malásia.

Pergunto: que posição vai, a AAP, tomar?

Saudações ateístas.

a) José Moreira