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Carlos Esperança

22 de Junho, 2005 Carlos Esperança

Vaticano em busca de milagres

O Vaticano pede aos fiéis que lhe comuniquem as graças recebidas por intercessão do defunto Papa JP2 que, já em vida, tinha experiência no ramo.

Não se tinham apagado ainda os ecos do tumor cerebral curado a um crente que estendia a língua para a rodela de pão ázimo benzida, que JP2 lhe ministrou, e já outros milagres nasciam como cogumelos nas terras férteis da ICAR.

Agora que o bem-aventurado se finou, depois da mórbida exploração a que foi sujeita a sua longa agonia, o Vaticano pede que lhe sejam comunicados pela Internet os milagres que o cadáver de João Paulo II anda a fazer por esse mundo de Cristo.

Já não faltam milagres para que B16 o canonize, mas entusiasmar as hostes de fanáticos e supersticiosas é um truque que beneficia o proselitismo e rende benefícios à seita.

Enquanto as multidões rezam, não pensam e, quanto menos pensam, mais acreditam.

22 de Junho, 2005 Carlos Esperança

Correio dos leitores – Um milagre


É frequente ouvirmos relatos de pessoas que dizem que foram agraciadas com milagres e atribuírem essas graças a intervenção de Deus, Jesus Cristo, Virgem Maria ou qualquer outro Santo dos milhares que povoam os Céus, a quem essas pessoas recorreram, pedindo ajuda, em momentos de aflição.
É de um desses milagres que quero aqui dar testemunho. Porém, não foi qualquer Divindade ou Santidade que operou esse milagre, mas sim uma cadelinha, a minha Kika, que eu venero como a uma Santa, mas que não a quero no Céu (pelo menos por enquanto).

Eis o milagre:
A minha Kika estava doente: Ela que sempre “dava sinal”, ladrava, mal sentisse alguém próximo da porta; Desatava em grandes correrias, e latidos, quando ouvia o tropear de algum cavalo; Que comia a ração dela e queria, ainda, comer a ração da Pantufa (a gata que, tal como ela, foi adoptada pelo mesmo dono e, com quem andava sempre na brincadeira, desarrumando toda a casa);
A Kika, então: Não comia, não ladrava, não corria ao ouvir o tropear dos cavalos, nem brincava com a Pantufa.
Foi ao médico (médica veterinária) que diagnosticou intoxicação alimentar, talvez devida a algum alimento mais condimentado que o dono (eu) lhe tivesse dado a comer.
Foi-lhe aplicado, nas veias, soro biológico, sujeita a medicação, dieta alimentar e recomendado algum repouso. A Kika começou a melhorar e, ao fim de alguns dias, ao sentir o ruído da carroça dos ciganos e dos cascos do burro, que a puxava, “desatou” a correr e a ladrar com um nervosismo tal que, devido ao estado ainda débil em que se encontrava, caiu “morta”!..
Eu, transtornado, peguei-a nos braços numa aflição indescritível e, chorando convulsivamente, supliquei-lhe:
KIKA!.. Não morras!.. Não morras!.. KIKA!..
Decorridos alguns momentos, que para mim foi uma eternidade, deu-se o milagre!…
A minha Kika começou a dar sinais de vida; As pupilas, que se tinham dilatado, começaram a reagir e aqueles olhinhos tão meigos e tristes começaram a fixar-se nos meus que, embaciados, pelas lágrimas que deles derramavam, me deixavam na dúvida se eu estaria ver bem, mas, para confirmar o “milagre” a minha Kika começou a lamber-me a cara como que para enxugar o fluído lacrimal que me escorria pelas faces.
Nessa altura, emocionado, como nunca, nos 63 anos da minha vida, balbuciei:
Obrigado!… KIKA!… Obrigado!…

Podem crer que este milagre não foi obra de qualquer Divindade ou Santidade. Não foi, mas podia ter sido. Garanto-vos que, naqueles momentos de aflição:
Se eu fosse devoto da Nossa Senhora de Fátima, as minhas súplicas teriam sido dirigidas à Virgem Maria e, no dia 13 de Maio, seria mais um peregrino na Cova da Iria, talvez a oferecer uma cadelinha de cera – comprada lá – e uma oferta, em euros, bem generosa á Nossa Senhora, para engrossar as receitas do Santuário.
Se eu fosse um dos fieis da Igreja Universal do Reino de Deus, teria suplicado a intervenção do Espirito Santo, em nome de Jesus Cristo, e na próxima sessão de culto, lá estaria eu no “Centro de Ajuda Espiritual” a dar o meu testemunho aos “irmãos” na fé, e a oferecer a “Deus” (Edir Macedo) uma oferta exemplar, a pagar 100 euros por um frasquinho do “Santo Óleo” – “vindo especialmente de jerusalém, do monte das oliveiras” (azeite que os fieis compram em garrafas de litro e entregam aos “obreiros”) e, talvez um dia destes aparecesse frente ás câmaras da TV Recorde Internacional, a dizer que Jesus entrou na minha vida e salvou a minha Kika.
(Não sei é que resposta eu encontraria, se me perguntassem porque Jesus salvou a minha cadelinha e não salvou, tantos milhares de crianças que pereceram, na Ásia, vitimas do Tsunami.)

Nota final: Análises posteriores ao sangue da Kika, concluíram que a minha “menina” padecia de uma terrível anemia que lhe provocava desmaios ao menor esforço.
Está assim explicado o milagre, que em principio foi obra da própria Kika, porque venceu o desmaio e posteriormente, para ela sobreviver, foi o milagre da Ciência Humana que desenvolveu o conhecimento da medicina, que inventou equipamentos, e técnicas, que permitem realizar as análises e o milagre da Natureza que cria a matéria prima para a industria Farmacêutica desenvolver os medicamentos que combatem as enfermidades.
GRAÇAS A ELES!… LOUVADOS SEJAM!….

A Kika e a Pantufa
Autor: atento

20 de Junho, 2005 Carlos Esperança

Propaganda da morte

A morte ao serviço do fanatismo e da manipulação das emoções é um fenómeno recorrente na política e explorado de forma obscena pelas religiões.

As monarquias, sempre ligadas a uma Igreja, fazem da morte de um príncipe ou de um rei um espectáculo popular, com cenas de histerismo colectivo e mórbida comoção de multidões. A comunicação social ajuda, como se viu na morte da princesa Diana.

Em Portugal lembro-me da encenação da morte de Salazar como tentativa de oxigenar um regime que não demoraria a segui-lo num funeral que provocou alívio e explosões de alegria. Em Espanha o cadáver de Franco ainda serviu para reunir multidões fascistas e dignitários eclesiásticos na esperança de que o regime se eternizasse e os seus crimes ficassem impunes.

Já em democracia, a morte de Sá Carneiro foi instrumentalizada para alterar o sentido de voto nas eleições presidenciais que decorriam em Portugal.

Nada disto é novo. A morte é uma arma carregada de emoção. No quadrante oposto Engels apelou à luta junto ao túmulo de Marx, Lenine junto ao de Lafarge e Staline, com experiência de ex-seminarista, procedeu a uma colossal manipulação de massas no enterro de Lenine. Em França o PC fez da morte de Maurice Thorez uma gigantesca manifestação. O mesmo aconteceu em Itália com Palmiro Togliatti, na China com Mao ou, recentemente, em Portugal, com Álvaro Cunhal.

São muitos os exemplos, mas ninguém bate as religiões. O funeral do ayatola khomeini reuniu multidões de fanáticos que choraram copiosamente o sinistro dignitário islâmico. A morte de Maomé é celebrada com peregrinações gigantescas e fanatismo demente.

No cristianismo a morte do fundador é festejada todos os anos, apesar de ser incerta a data e ignorado o destino do cadáver. A ICAR, na desvairada tendência para a idolatria papal, faz da morte de cada Papa um espectáculo mórbido e uma propaganda imensa.

A agonia de JP2 foi vendida às televisões, minuto a minuto, até à apoteose da morte. A exploração do sofrimento fez lembrar os mendigos que alugam deficientes para ampliar a piedade e o óbolo dos transeuntes que dobram as esquinas de uma cidade do terceiro mundo.

O Vaticano falhou a morte em directo, o cadáver a sair do avião, o estertor perante as câmaras, mas não renunciou às multidões em Roma nem ao espectáculo montado para garantir a emoção e a propaganda para telespectadores de todo o mundo. JP2 foi o primeiro cadáver exibido e explorado, à escala planetária, como gadget promocional.

A ICAR ganhou a batalha da globalização vendendo o seu produto – a morte. B16, menos supersticioso e narcisista, mais tenebroso e calculista, dirige sub-repticiamente uma campanha de proselitismo através dos bispos, padres e idiotas úteis cujo fanatismo se assemelha ao dos talibãs.

O laicismo está em perigo. A liberdade religiosa corre perigo. A hóstia pode tornar-se de consumo obrigatório, como era o óleo de fígado de bacalhau nas escolas de há meio século. Deus morreu mas a santa mafia, incapaz de arranjar um produto novo, tudo fará para o impor, não olhando a meios.

É preciso estar atento.

20 de Junho, 2005 Carlos Esperança

A ICAR e a moral

Tenho para mim que a «moral» é a ciência dos costumes e que a humanidade, no seu progresso constante, se tem tornado mais exigente e justa à medida que a diversidade se afirma, a instrução se democratiza e as religiões recuam.

A Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR), frequentemente referida no Diário Ateísta, está longe de ser a pior. Há pior, infelizmente. Apenas conseguiu ser a pior de Portugal durante oito séculos e meio por não ter deixado medrar outras.

Até se compreende que a ICAR, como fenómeno empresarial de sucesso, perdidas as armas repressivas, desabituada da tortura e esquecidos os autos de fé, procure a via legal, ganhando na secretaria, com o Estado, o que perdeu com a deserção dos créus.

Em Portugal, o ultraje à liberdade e à igualdade de todas as crenças tem origem na Concordata negociada nas alfurjas do poder por prelados sonsos e governantes pios. Sempre que se concedem privilégios alguém ganha e alguém perde e a Concordata é a capitulação do Estado, dito laico, perante a última teocracia europeia – o Vaticano.

A ICAR gosta de apresentar-se como defensora da moral e dos bons costumes, apesar da sordidez do seu passado e das misérias do presente. Nos últimos tempos o divórcio, o aborto, a eutanásia e os casamentos homossexuais fazem parte da sanha persecutória da última ditadura europeia.

O Vaticano esqueceu a facilidade com que no passado anulou casamentos em que único obstáculo era o custo da decisão, só ao alcance dos muito ricos.

Mas há um episódio interessante da nossa História que convém lembrar. A Igreja que se baseia na Bíblia, onde o incesto e outros crimes aparecem com natural condescendência é a mesma igreja que abençoa o adultério e incensa os adúlteros.

Quem passar por Alcobaça vá ver os magníficos túmulos de D. Pedro e D. Inês, junto ao altar-mor, para mais facilmente os amantes se encontrarem face a face, no dia de juízo final, quando no Vaje de Josafat, entre Jerusalém e o Monte das Oliveiras, o criador do Céu e da Terra vier julgar os vivos e os mortos.

D. Pedro preferiu a bela Inês à rainha D. Constança, teve quatro filhos da adúltera, e a Santa Madre Igreja sepultou os amantes juntos, para gozarem as delícias da eternidade junto ao altar-mor do convento de Alcobaça, perante a indiferença de Deus e a cumplicidade dos padres.

Boa gente.

18 de Junho, 2005 Carlos Esperança

Exorcismo que correu mal

Um sacerdote ortodoxo crucificou uma freira romena, com a ajuda de outras três freiras, por estar possuída pelo demónio.

Durante o exorcismo, terapêutica corrente para tal moléstia em várias religiões cristãs, a crucificada Maricica Cornici, do mosteiro de Tanacu, no nordeste da Roménia, não resistiu ao tratamento.

A religiosa, antes de entregar a alma, foi amarrada a uma cruz, privada de água e comida durante três dias e amordaçada.

O pio sacerdote declarou à polícia que, sob o ponto de vista religioso, tinha procedido correctamente. Até missas rezou para salvá-la.

Desconhece-se se o demo abandonou a freira com tão vigoroso exorcismo ou se sobreviveu às pias intenções que puseram termo à vida da jovem de 23 anos.

A polícia, pouco dada à cultura bíblica, acusa o padre e as freiras de crime, enquanto o Patriarcado romeno se mantém em silêncio até conhecer melhor o facto.

Coisas do demo.

17 de Junho, 2005 Carlos Esperança

Manifestação em Espanha

Uma manifestação organizada sob os auspícios do Partido Popular e ds bispos espanhóis vai ter lugar amanhã em Madrid, da Praça Cibeles à Porta do Sol, sob o slogan «pelo direito a uma mãe e um pai».

É uma luta que tem o apoio do Papa e de numerosas sucursais do Vaticano entre as quais a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas e o Fórum da Família de Portugal.

É uma manifestação contra as medidas legais em relação ao divórcio e à legalização dos casamentos homossexuais.

É surpreendente que uma Igreja, que nunca fez manifestações contra os assassinatos perpetrados por Francisco Franco, apareça agora na rua contra os homossexuais, uma igreja onde os bispos e os padres ainda se vestem como os travestis.

Talvez seja o ódio ao divórcio que leva o Papa B16, à semelhança dos antecessores, a opor-se ao casamento das freiras e dos padres.

Quem não casa jamais se divorcia.

Fico perplexo com esta sanha à homossexualidade e este radicalismo por um determinado modelo de família, alheio ao fundador da religião cristã, filho de uma virgem e de uma pomba, com um pai desinteressado do sexo que, em muitos anos de casado, manteve virgem a mulher. Abençoada pomba.

16 de Junho, 2005 Carlos Esperança

Exposição ao M .A. I.

Sr. Ministro de Estado e da Administração Interna
Dr. António Costa — Lisboa

Excelência:

Carlos Esperança, residente na Freguesia de Santo António dos Olivais, em Coimbra, eleitor n.º 1675, vem expor e solicitar o seguinte:

1 – Grassa na cidade de Coimbra uma onda de tal santidade que levou o presidente da Câmara, Carlos Encarnação, a baptizar a Ponte Europa com o nome de Rainha Santa Isabel;

2 – Uma procissão católica recente (creio que do Corpo de Deus) contou com a presença e terminou com uma homilia do dito autarca, temendo eu que, de futuro, em vez da gestão do Concelho, que lhe cabe, passe o pio edil a dedicar-se a tarefas religiosas e à salvação da alma;

3 – Nada tenho contra a presença particular nos actos litúrgicos mas vejo a laicidade do Estado ameaçada quando o autarca participa na qualidade das funções que exerce;

4 – Agora, a Junta de Freguesia passou a exibir um imenso painel na ampla parede que dá para a via pública com uma enorme imagem de Santo António e encimada com os seguintes dizeres: «António, cidadão de Coimbra». Ao fundo destacam-se as letras garrafais de «Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais».

Em face do exposto, venho solicitar a V. Excelência, senhor ministro António Costa, o seguinte:

a) Que peça à diocese de Coimbra para colocar numa das paredes da Igreja de Santo António, sita no lado oposto do largo que a separa da Junta de Freguesia, um painel de dimensões equivalentes onde se leia: «Afonso Costa, Lente da Universidade de Coimbra», com a foto de igual tamanho à do santo.

b) Na impossibilidade de se prestar homenagem ao antigo primeiro-ministro nas paredes da Igreja, que seja mandado retirar o painel do Santo, da Junta de Freguesia, para evitar a promiscuidade entre a autarquia e a sacristia.

Certo de que o País não deve menos ao estadista do que ao Santo, confio no ministério da Administração Interna para exigir o respeito pela laicidade do Estado e preservar o pudor republicano.

Apresento-lhe respeitosos cumprimentos e saudações laicas e republicanas.

16 de Junho, 2005 Carlos Esperança

O funeral de um ateu

O criador e produtor do Licor Beirão faleceu ontem na Lousã aos 89 anos.

Segundo informa o «Diário as Beiras», de hoje, na secção «Notas do Dia», o industrial José Carranca Redondo era « republicano, ateu e anti-clerical», virtudes que não o livraram da afronta de se encontrar na Capela Mortuária da Igreja Matriz da Lousã, até às 17h00 de hoje, onde os vivos lhe desrespeitaram a memória com uma missa de corpo presente.

A ICAR, sempre que arranja pretexto para celebrar uma missa, é como um proxeneta a explorar uma prostituta. Não tem piedade.

Em 1951, perante a aldrabice do Diário de Notícias que, na primeira página, noticiava a presença de mais de um milhão de pessoas em Fátima, para assinalar o ano santo, Carranca Redondo escreveu ao DN uma carta que nunca seria publicada.

Vale a pena recordar, a argumentação do saudoso ateu:

«Eram precisos por exemplo 50 mil automóveis para transportar 200 mil pessoas e não havia esse número de veículos em Portugal. Para transportar as mesmas 200 mil pessoas eram necessários cinco mil camionetas de 40 lugares cada uma para os transportar, e não havia esse número em Portugal. O mesmo acontecendo com os comboios, por exemplo.

Se o recinto do santuário tem 250 metros de largura por 400 metros de cumprimento não podem concentrar-se mais de 200 mil pessoas em movimento».

Fonte: Diário as Beiras

15 de Junho, 2005 Carlos Esperança

Notas piedosas

Pinochet O pio ditador a quem JP2 apontou, juntamente com a amantíssima esposa, como um casal cristão exemplar, além da tortura de crianças e numerosos assassinatos que instigou, tem uma fortuna não explicada que ascende a 17 milhões de dólares (13,8 milhões de euros), uma soma detectada em operações em várias contas bancárias no exterior.

Londres – Os responsáveis da Abadia de Westminster, em Londres, proibiram as filmagens da adaptação do romance «O Código da Vinci» ao cinema nas instalações, por considerarem que o livro de Dan Brown é contrário à doutrina cristã. Também a doutrina cristã é contrária à liberdade de expressão e nenhum país civilizado a proíbe.

Opus Dei – Segundo o sociólogo Alberto Moncada crescem os suicídios dentro da seita que Monsenhor Escrivá de Balaguer criou como veículo para a sua canonização e instrumento económico, financeiro e ideológico para o domínio do mundo pelos sectores mais impiedosos e reaccionários da ICAR.

Fátima – As receitas do Santuário subiram, em 2004, para 19 milhões de euros, mais 1,3 do que em 2003. A fé e os lucros da ICAR aumentam na razão directa da crise social e económica. No entanto os lucros baixaram por causa do investimento na construção do novo estabelecimento – a Igreja da Santíssima Trindade -, obra orçada em 45 milhões de euros.
Os negócios divinos estão a deslocar-se para o imobiliário que goza de privilégios fiscais. Os homens não têm o direito de tributar Deus nem de lhe exigir número fiscal.