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O Empenho Ecuménico da Igreja Católica

Longe vão os tempos em que a ICAR se revia na Nostra Aetate, que exortava «os seus filhos a que, com prudência e caridade, pelo diálogo e colaboração com os sequazes doutras religiões, dando testemunho da vida e fé cristãs, reconheçam, conservem e promovam os bens espirituais e morais e os valores sócio culturais que entre eles se encontram.» e na Dignitatis Humanae, que reconhecia o direito à liberdade de religião.

Não obstante o reconhecimento pelo actual Papa há escassos nove anos de que «Este sagrado Concílio (Vaticano II) exorta todos os fiéis a que, reconhecendo os sinais dos tempos, solicitamente participem do trabalho ecuménico» e a afirmação de que «Com o Concílio Vaticano II, a Igreja Católica empenhou-se,de modo irreversível, a percorrer o caminho da busca ecuménica, colocando-se assim à escuta do Espírito do Senhor, que ensina a ler com atenção os “sinais dos tempos”», na praxis actual do Vaticano assiste-se a um crescendo da negação do concílio Vaticano II.

A tal ponto que hoje se pode ler no Público que o Vaticano descontente com gestão de Fátima ameaça controlar santuário. E que «a Conferência Epsicopal Portuguesa recebeu já indicações para aproveitar a reforma iminente do bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva, para alterar a gestão do santuário que honra o local onde, em 1917, a Igreja Católica indica que terão ocorrido as aparições de Fátima aos três pastorinhos.

A visita do Dalai Lama e do sacerdote hindu terá, segundo fontes citadas pelo diário, levado “longe demais” o “sentido ecuménico” do santuário.»

PS: Agradeço ao Nuno, mais um leftista na blogosfera nacional, a chamada de atenção para a notícia.