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Um novo ano

Men whose historical superiority
Is always greatest at a miracle.
But Saint Augustine has the great priority,
Who bids all men believe the impossible,
Because ‘t is so. Who nibble, scribble, quibble, he
Quiets at once with «quia impossibile.»

And therefore, mortals, cavil not at all;
Believe: — if ‘t is improbable you must,
And if it is impossible, you shall:

Don Juan, Canto XVI, Lord Byron (1788-1824)

Na altura em que simbolicamente encerramos 2005 e enunciamos os nossos propósitos para 2006, o nosso, neste cantinho virtual dos ateístas nacionais, é contrariar o conselho supracitado: não acreditar no improvável nem no impossível porque sim, mas continuar a promover «um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza». Mas certamente seguiremos a asserção de Byron que «Fools are my theme, let satire be my song»!

E já que Lord Byron foi o inspirador do post, recomendo para o início de 2006 a leitura do manifesto do seu par numa das mais firmes amizades na história da literatura, Percy Bysshe Shelley (1792-1822), «The Necessity of Atheism».