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A vitória póstuma do bispo Marcel Lefebvre

Marcel Lefebvre
Abriu ontem, no Vaticano, o 11.º sínodo dos bispos, o primeiro do pontificado de B16. O pastor alemão abriu o evento com uma missa solene na basílica de S. Pedro, tendo a coadjuvá-lo 55 cardeais, sete patriarcas, 59 arcebispos, 123 bispos e 40 presbíteros – um espectáculo colorido, com coreografia adequada e belos efeitos visuais.

B16 advertiu, durante a homilia, que quando Deus é desterrado da vida pública para a esfera privada não há tolerância, apenas hipocrisia. Vindo de quem cultiva a hipocrisia como arte e a mentira como arma, a afirmação é um uivo ululante contra a laicidade.

Nas palavras herméticas do velho inquisidor as diatribes contra a liberdade vêm sob a forma de exigência para que Deus, e não o homem, seja o «dono do mundo», posto sob controlo do bando que o representa ? o Papa e os seus sicários.

Durante três semanas o conclave vai debruçar-se sobre o declínio da fé nas paróquias da Europa e América – 75% do mercado católico -, e a forma de recuperar as vendas onde a fogueira, a excomunhão e as perseguições são armas proibidas ou de eficácia duvidosa.

Como previsto, aqui no Diário Ateísta, B16 representa a extrema direita e procura o regresso ao passado mais obscurantista da ICAR, na esperança de recuperar o prestígio, poder e maldade que fizeram do antro do Vaticano um covil de chacais.

Bento 16 prepara-se para recuperar o latim como língua sagrada do catolicismo romano, à semelhança do que o islão faz com o árabe, regressando às missas acompanhado do canto gregoriano.

Bernard Fellay, o líder actual da FSSPX, recebido fraternalmente por B16, tem motivos de júbilo e razão para crer que o bispo Marcel Lefebvre, oficialmente excomungado, se torne santo. Só lhe faltam dois milagres.