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A Bíblia e a violência

Na faixa de Gaza exército israelita e extremistas judeus encontram-se em confronto.

Está na Bíblia que a região da Palestina foi dada por Deus ao povo escolhido, os judeus. Sharon ao optar pela via do diálogo fez tábua rasa do livro que é uma fonte inesgotável de ódios e ressentimentos, o que constitui igualmente uma derrota para os protestantes evangélicos que se esforçam por impor uma interpretação literal da Bíblia e a elevação à categoria de tratado científico.

Também por isso, a paz é o produto dos sectores laicos de Israel contra a demência sionista dos judeus ortodoxos e uma derrota para o fundamentalismo protestante que nos EUA apoiava as posições mais radicais do imperialismo sionista.

Só o maniqueísmo habitual não vê que há o mesmo desatino nos terroristas do Hamas e nos colonos hebreus que usam umas trancinhas à Dama das Camélias.

Sendo contra o imperialismo sionista, luto e lutarei, até ao limite das minhas forças, contra o anti-semitismo que grassa nas mesquitas, na Igreja católica e em vários templos protestantes e ortodoxos.

Deus é um infortúnio que uma legião de assalariados do divino se esforça por conservar vivo ou, pelo menos, não deixar arrefecer o cadáver.

É preciso libertar a humanidade dos mitos que criou e dar uma oportunidade à paz.