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Um talibã católico

O Ricardo Alves já se referiu no seu artigo «Terrorismo verbal e revisionismo histórico» ao destempero do fossilizado sacerdote que explora o estabelecimento comercial conhecido por Santuário de Fátima, essa mina de ouro da ICAR que a superstição e a ignorância alimentam.

A linguagem de monsenhor Luciano Guerra a respeito da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) é tão primária e o autor tão destituído de senso que até o bispo notou.

«Nos países mais pobres, mesmo da Europa, corpos esquartejados de bebés vão aparecer em lixeiras de toda a espécie, ao olhar horrorizado ou faminto de pessoas e de animais» afirmou o ignaro sacerdote no pasquim oficial do santuário – Voz de Fátima.

No editorial do mês de Maio , datado do dia 13, Luciano Guerra considera que a ascensão da esquerda na Europa pode levar a «abortos aos milhões e casamentos de homossexuais aos milhares», catástrofes para as quais não há Senhoras de Fátima que valham nem terços que acudam.

De acordo com o semanário «Região de Leiria», o bispo de Leiria/Fátima, Serafim Ferreira da Silva, declarou à Lusa «Não li o texto, só vi extractos com uma linguagem muito dura. O conteúdo compreendo, mas a maneira de o dizer não é o meu estilo», uma forma inteligente de desautorizar o terrorismo exibido no pasquim do Santuário.

O Diário Ateísta estará atento aos talibãs da ICAR que já começaram a jihad contra a descriminalização do aborto.