Diario de uns Ateus

  • Home
  • Contactar
  • AAP

A Igreja católica e o fascismo

19 de Junho de 2020  |  Escrito por Carlos Esperança  |  Publicado em Não categorizado  |  Comentar

Cardeal Antonio Cañizares

É ocioso repetir a participação decisiva dos bispos cristãos, católicos e protestantes, para a ascensão do fascismo na Europa, e a cumplicidade da hierarquia católica nas ditaduras ibéricas.

O 25 de Abril obrigou os bispos portugueses à discrição que lhes impunha o vergonhoso silêncio perante a perseguição dos raros bispos democratas, António Ferreira Gomes, do Porto, e Sebastião Resende e Vieira Pinto, Beira, Moçambique.

Em Espanha, a transição ‘pacífica’ de um genocida para um discípulo real, Juan Carlos, educado na ética e na honra pelos padrões das madraças franquistas, o clero permaneceu fascista e procriou sucessores da mesma estirpe. Nem um módico de pudor evitou que o Papa João Paulo II criasse santos franquistas ao ritmo a que os aviários criam frangos e bispos e cardeais com o olho esquerdo enevoado.

Sem precisar do Opus Dei, implacável escola do fascismo espanhol, já com dois santos criados, com milagres certificados, bastam os bispos diocesanos para envergonharem a Igreja espanhola, que o Papa Francisco quis higienizar.

Rouco Varela, em Madrid, e Antonio Cañizares Llovera, em Toledo, distinguiram-se na defesa dos valores mais reacionários no período democrático. O primeiro já foi atingido pelo prazo de validade há seis anos e Cañizares está a quatro meses de perder o púlpito para debitar asneiras, mas há ainda muito a esperar do cardeal que o Papa Francisco despediu de uma Prefeitura para que Bento XVI o levara para o Vaticano.

Cañizares não é um caso de estudo da biologia, é um fóssil jurássico que fala, e pertence ao mais empedernido franquismo, na política, e ao mais tridentino obscurantismo na fé.

Que “o diabo existe em plena pandemia” é uma possibilidade, e em vez de se considerar como exemplo, perora sobre os demónios que povoam aquela mente formatada no franquismo e no seu episcopado.

Para provar que o anticlericalismo só existe porque o clericalismo carece de uma vacina tão urgente como o coronavírus, deixo uma ligação com os despautérios deste troglodita que há mais de uma década me inspira numerosos textos. E não resisto a publicar uma das melhores fotos do álbum eclesiástico do cardeal Antonio Cañizares Llovera.

Eis as declarações do Cañizares.

https://tvi24.iol.pt/internacional/antonio-canizares/covid-19-cardeal-espanhol-diz-que-vacinas-se-fabricam-com-fetos-abortados
 

Arquivo Histórico

Colaboradores

  • Abraão Loureiro
  • Associação Ateísta Portuguesa
  • Carlos Esperança
  • David Ferreira
  • Eduardo Costa Dias
  • Eduardo Patriota
  • Fernando Fernandes
  • João Vasco Gama
  • José Moreira
  • Ludwig Krippahl
  • Luís Grave Rodrigues
  • Onofre Varela
  • Palmira Silva
  • Raul Pereira
  • Ricardo Alves
  • Ricardo Pinho
  • Vítor Julião

Diário

Junho 2020
S T Q Q S S D
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930  
« Mai   Jul »

Commentadores:

Administração

  • Iniciar sessão
  • Feed de entradas
  • Feed de comentários
  • WordPress.org


©2021 Diário de uns ateus
Concebido na plataforma WordPress sobre tema desenvolvido por Graph Paper Press.