Loading

Mês: Dezembro 2014

15 de Dezembro, 2014 Carlos Esperança

A Frase

“Quando uma teoria científica contradiz uma verdade da fé católica, das duas uma: ou não é uma verdade científica, ou não é uma verdade de fé…”

(Padre Gonçalo Portocarrero de Almada, Opus Dei)

14 de Dezembro, 2014 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa – Há quem não tenha cura

From: Egídio Manuel Fialho Santos <[email protected]>
Subject: Reflexão

Message Body:
“Bom almoço. Vale mais um bom almoço do que a última ceia. Saudações ateístas.”

Foi o Sr. (?) Carlos Esperança que disse esta frase. Está bem lembrado. Talvez, quem sabe, quando tiver de comparecer perante Deus para ser julgado, tenha de vomitar o almoço que comeu no dia em que cometeu este sacrilégio. E sabe porquê?
Porque, quer queiram os ateus que Deus não existe, quer se queiram escamotear aos Seus juízos, não têm outra saída se não ter de enfrentar o Seu julgamento.

Eu ajudo almas de falecidos a entrar na paz de Deus, há vários anos – não sou espírita, sou católico – e já passaram por mim milhares de almas – diria, centenas de milhares de almas. Cito nomes de maçónicos, de ateus, de religiosos (incluindo padres e religiosos, bispos, cardeais e papas), artistas, actores, escritores, filósofos… políticos…

Cito alguns nomes: Albert Einstein, Leonardo da Vinci, Picasso, Amadeu de Souza Cardoso, Fernando Pessoa, António de Oliveira Salazar, Marechal Carmona, Américo Tomás, Rei D. Carlos e Rainha D. Amélia, …, D. Pedro e D. Inês, Rei Henrique VIII e rainha Isabel I, Princesa Diana e Doddy Al Fayed, Alexandre magno, Amália Rodrigues, Sofia de Mello Breyner Andersen, Artur Semedo, e muitos actores de cinema e de teatro, as almas das pessoas falecidas nos torres de Nova Iorque (21 crianças acompanhadas da alma do Padre Edward, no dia 7-2-2006, e ou grupo de mais de 2 mil almas acompanhadas pela alma de um Padre Paul, no dia 14-2-2006);Natália Correia e outros políticos, como Sá Carneiro e os outros companheiros falecidos no acidente de camarate,Salgado Zenha, os cantores António Variações e Carlos Paião,e milhares de religiosos de várias cogregações religiosas falecidos durante o terramoto de 1755, em Lisboa, Sebastião José de Carvalho e Mello (em Dezembro de 2005, que me falou de um grande terramoto que estará para acontecer e que virá a provocar a destruição de Lisboa ( e não só): “Ai, minha Lisboa, cidade que eu tanto amei, que vais ser destruída novamente!” E muitas almas de crianças abortadas… e um sem número de almas que não posso enumerar nem mencionar…

E vós não acreditais na vida depois da morte! É isto que vos vai acontecer, bem como a todos os que chegarem ao fim desta vida na Terra.

Não há Deus? Leiam, por exemplo, o que se refere ao recente ( de poucos anos)milagre eucarístico de Buenos Aires, leiam o que se refere à incontestável prova da realidade divina na manifestação de Nossa Senhora de Guadalupe (cuja festa litúrgica se comemora hoje, 12 de dezembro)… Quantos sinais de milagres que a ciência não pode deixar de atestar!…

Os ateistas pelo mundo parecem-se como as virgens com medo de ser desfloradas, só vêem aquilo que lhes interessa e recusam aceitar a verdade e a realidade e os direitos dos outros; acusam-nos de proselitismo e os ateistas são o quê? Defensores da liberdade, mas apenas da liberdade que lhes interessa.

Não está em causa a crítica aos privilégios da Igreja Católica, aqui ou acolá, pois todos devem ser tratados por igual, perante a lei, tanto mais que é bom não esquecer a célebre frase de Jesus: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus!”, sinal de que, para Jesus, Igreja e Estado são duas coisas diferentes.

Eu, como católico, não tenho receio das diferentes religiões nem as critico, só critico e abomino o fanatismo seja em que religião for.

Mas de uma coisa tenham a certeza: ninguém escapa ao olhar de Deus! A maior parte das pessoas esquecem que Deus é misericórdia e fogem dEle como o diabo da cruz. Os ateus não fogem: querem apenas enganar-se a si mesmos! Ninguém pode falar de Deus nem conhecê-lO a não ser pelo dom da fé. Não é pela inteligência de cada um; mas a fé é um dom superior à inteligência que até a ilumina e a engrandece.

Com os melhores cumprimentos

Egídio Santos

14 de Dezembro, 2014 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

Email dirigido à AAP

Gostaria de lhe comunicar que lamento que o sr. Presidente num estado laico, perca tempo e gaste dinheiro publico a organizar passeios a Fátima.

Fornecimento de doces tradicionais para o Passeio-Convívio Sénior a Fátima 14.670,00 € 13-08-2014 Município de Vila Nova de Famalicão RIBAPÃO – Sociedade Panificadora, Lda.
Aluguer de autocarros de passageiros para o Passeio Convívio Sénior a Fátima 119.800,00 € 12-08-2014 Município de Vila Nova de Famalicão SAFTUR – Viagens e Turismo, Lda.
Fornecimento de bonés para o Passeio Convívio Sénior a Fátima 6.840,00 € 11-08-2014 Município de Vila Nova de Famalicão Quebratema, Unipessoal, Lda.

O Sr. Presidente deveria cumprir o artigo 13 da Constituição Portuguesa:
Artigo 13.º
Princípio da igualdade

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

O facto de benefeciar os praticantes da Igreja católica, neste passeio a Fátima, coloca-o a desrespeitar a lei.
Por outro lado, acredito que no nosso país, fraco em recursos, estes 141 mil euros, poderiam ter melhor destino.
Quem quiser exercer a sua fé que o faça ás suas custas e não ás custas do contribuinte!

Cmpts,
Nelson Faria

13 de Dezembro, 2014 Ludwig Krippahl

Questões

O programa “Prós e Contras” desta semana pretendeu debater a pergunta “Deus tem futuro?” (1). No entanto, dos seis elementos do painel, quatro pertenciam ao clero, um era ateu mas defendia que os ateus não se devem preocupar com a questão de Deus existir ou não, e o cientista, Carlos Fiolhais, defendeu apenas a posição de que a ciência não tem nada a dizer sobre o assunto. Assim, o painel dedicou-se a discutir quem teria a melhor variante do monoteísmo bíblico, concordando todos no futuro de Deus e discordando apenas acerca de que Deus teria tal futuro. Haveria muito a apontar mas, neste post, vou focar apenas a posição de Carlos Fiolhais porque abordou um problema fundamental. Fiolhais alegou que a ciência foca um tipo de perguntas e não todo o tipo de perguntas. Nisto estamos de acordo. Mas depois, sem esclarecer como divide as perguntas em vários tipos nem como se avalia as respostas, simplesmente afirmou que há perguntas que são respondidas pela arte, outras pela ciência e outras pela religião, e que «a ciência não pode responder à pergunta se Deus existe ou não existe». Disto já discordo e até posso explicar porquê.

Vou categorizar as questões em três tipos em função das respostas que admitem. O tipo menos interessante é o de perguntas como “Existe blrrt?”. Estas não admitem resposta porque só são perguntas na sintaxe. Semanticamente não são nada. É o que acontece com “Existe Deus?” quando não se especifica nada desse “Deus”. Na prática, isto é raro. A menos que alguém esteja rodeado de clérigos de religiões diferentes e queira evitar o confronto a todo o custo, raramente se coloca esta questão sem afirmar algo concreto acerca desse “Deus”.

Outras questões admitem várias respostas correctas. As respostas a perguntas como “Queres jantar?”, “Tens fé em Jesus?” ou “Acreditas que há vida noutros planetas?” dependem da pessoa ou até do momento em que são colocadas. No debate, Anselmo Borges declarou que Deus é objecto de fé e não de ciência. Esta afirmação é vaga mas pode querer dizer que Deus é apenas uma ideia, na mente do crente, onde este foca a sua fé. Se assim for, então a pergunta “Existe Deus?” pode ser correctamente respondida pela afirmativa ou pela negativa conforme a pessoa a quem perguntamos foca a sua fé nessa ideia ou não.

Finalmente, há aquelas perguntas que admitem uma resposta correcta e para as quais as restantes respostas estão erradas, em maior ou menor grau. Perguntas como “Qual é a forma da Terra?”, “Existem electrões?”, “Alguém levou o corpo de Maria para o Céu?”, “O universo foi criado por um ser inteligente?” e assim por diante. São perguntas que fazem sentido e que visam obter uma resposta única que não é função de crenças, escolhas ou opiniões do inquirido. A resposta, presume-se, é algo que “já lá está” e que temos de descobrir. Este é o tipo de perguntas que a ciência aborda.

Aqui costuma surgir outra confusão. É correcto dizer que as religiões dão respostas. É esse um dos seus objectivos principais. Pergunte-se a um religioso algo acerca dos deuses, da origem do universo, do maior mistério e ele, mesmo admitindo que é um mistério, dá normalmente uma resposta. A diferença entre religiões e ciência não está nos tipos de pergunta, porque ambas dão primazia às perguntas que exigem uma, e só uma, resposta certa. A diferença é que o ponto forte da ciência não é dar uma resposta mas sim fazer a parte difícil, que é avaliar, comparativamente, as respostas possíveis. É fácil esquecer isto porque, se se perguntar a um cientista qual o número atómico do carbono ou a idade do sistema solar, ele dá uma resposta. Mas apenas porque a ciência já foi feita. Já se passou séculos a considerar alternativas, a compará-las, a descartar muita coisa até chegar a algo que, provisoriamente, parece ser a melhor resposta.

Num aspecto, Fiolhais tem razão. Se perguntarmos sobre Deus a um católico, muçulmano ou judeu, cada um dará a sua resposta acerca do que Deus é, quer, fez e exige de nós. A ciência, concordo, não faz isto. A ciência não dá respostas tiradas do chapéu, seja por fé ou fezada. Mas se a questão admite apenas uma resposta objectivamente correcta a ciência é a melhor forma de tentar respondê-la porque a ciência procura entre todas as respostas possíveis aquela que encaixa na melhor explicação para todos os dados relevantes. Muitas vezes os dados são insuficientes para que uma resposta seja claramente melhor do que as demais e, mesmo que seja, sê-lo-à apenas provisoriamente. Mas isto é o melhor que se pode fazer e qualquer afirmação ou certeza que vá além disto é mera ilusão.

Outra confusão está em julgar que a ciência decide “provando” o que é verdade. Por isso, Anselmo Borges apontou que não se pode provar que Deus não existe. Mas consideremos a hipótese evangélica de Deus ter criado o mundo em seis dias há seis mil anos atrás. Se Deus é omnipotente, não se pode provar que isto é falso. Um deus assim até poderia ter criado tudo há cinco minutos sem ter deixado qualquer indício disso. Com um deus que tudo pode fazer, até as nossas memórias de infância podem ter sido criadas já nos nossos cérebros. A ciência rejeita esta hipótese simplesmente porque há uma explicação melhor para a origem da Terra que não inclui deus nenhum. E isto aplica-se igualmente ao deus que terá ditado o Corão, ao deus que levou o corpo de Maria para o céu ou ao deus que terá feito o universo num big-bang. Tudo isso a ciência rejeita. Não por “provar” o que quer que seja mas porque a ciência é um processo contínuo de inferência à melhor explicação e, neste momento, essas coisas não fazem parte das melhores explicações que temos.

1- RTP, Prós e Contras.

Em simultâneo no Que Treta

13 de Dezembro, 2014 Carlos Esperança

O Paraíso, o Papa e os outros animais

Para um ateu, o Paraíso e o Inferno não passam de crenças que perpetuam a superstição. Foram criados para premiar ou castigar o que em cada época e cultura se definiu como o Bem e o Mal, respetivamente. O primeiro é a cenoura com que o padre alicia os crentes, para a submissão, e o segundo, o pau com que os amedronta.

O catolicismo romano conservou o Purgatório, de origem judaica, uma rentável sala de espera, género prisão preventiva, discricionariamente prorrogável, a lembrar as medidas de segurança dos Tribunais Plenários da ditadura aalazarista. É uma espécie de Colónia Penal onde decorre o processo de castigo temporário, necessário à purificação das almas que morrem na graça de Deus e na sua amizade, mas ainda imperfeitas, e que precisam de ser purificadas para entrarem no Reino dos Céus. A pena pode ser reduzida com as orações dos vivos e, sobretudo, com 30 missas que sustentaram o clero durante séculos.

O Limbo, que Agostinho de Hipona, na peugada de Paulo de Tarso, destinou a quem não era batizado ou aos justos que viveram antes da vinda de Cristo, quando ainda não havia alvará para o batismo cristão, nunca foi rentável. É um armazém para almas que carregam o pecado original, essa raiva ao método reprodutivo engendrado por Adão e Eva, e onde estacionam “à margem” da presença de Deus, como as crianças que, depois de Cristo, morrem antes do batismo.

Agora é o Papa Francisco a garantir que todas as criaturas serão recebidas no Paraíso, perante a animosidade dos devotos, o sorriso dos ateus e o sobressalto dos crentes bem intencionados, com medo de encontrarem o Paulo Portas, o Cavaco, o bando do BPN e o Ricardo Espírito Santo, além dos pides e dos biltres das diversas ditaduras.

Mas o Papa Francisco, na sua infalibilidade, disse mais. Manifestou a intenção de abrir os portões do Paraíso a todas as criaturas terrestres, «sem excluir animais, muito menos os de estimação». Se é aliciante passar a eternidade com o Lulu e com o Tareco, já não se pode dizer que fiquem calmos com a presença da cascavel, do lacrau ou da carraça.

Os ateus resignam-se a ter um fim igual ao que os católicos mais antiquados reservam para as outras criaturas – o fim da existência sobre a terra –, no cumprimento do ciclo biológico inexorável, da caminhada de Eros a Tanatos, que é a vida, única e irrepetível.

Francisco de Assis chamava irmãos aos lobos, não porque considerasse a sua Igreja uma alcateia, porque tinha uma conceção teológica que o papa Francisco retomou com risco de vida e grave prejuízo para o negócio da fé.

12 de Dezembro, 2014 Carlos Esperança

O banco que era uma lavandaria

Ex-chefe do Banco do Vaticano se diz atônito com inquérito

Investigado por causa de uma denúncia de peculato, o ex-presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR) – também conhecido como Banco do Vaticano -, Angelo Caloia (1989-2009), disse que está “atônito e profundamente abatido” com o inquérito.

“Posso assegurar-lhes a minha total estranheza aos fatos  publicados pela imprensa”, afirmou ele, em uma carta endereçada ao conselho de administração da Veneranda Fabbrica del Duomo di Milano, instituição criada há 600 anos para supervisionar a construção e a preservação do Domo de Milão.

Caloia era presidente do órgão, mas renunciou ao cargo nesta segunda-feira (8) por conta do caso. Há algumas semanas, ele é investigado pelo Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano por uma suspeita de peculato em operações imobiliárias ocorridas entre 2001 e 2008.

O inquérito ainda atinge o ex-diretor-geral do IOR Lelio Scaletti e um advogado. A denúncia foi apresentada pelo próprio banco, que também bloqueou as contas dos envolvidos.

11 de Dezembro, 2014 José Moreira

“Deus tem futuro?”

Assim, de repente, até parece uma pergunta feita por um ateu ou, na melhor das hipóteses, de um agnóstico. Na verdade, parece não caber na cabeça de um crente que Deus, o omnipotente, o eterno, o etc. seja, ou esteja, carente de futuro. Deus é eterno, ponto final. e se, como dizem, “o futuro a Deus pertence”, então estamos conversados. No entanto, a pergunta tem toda a pertinência. É tão pertinente perguntar “Deus tem futuro?”, como é pertinente perguntar “a Democracia tem futuro?”, ou “o Comunismo tem futuro?” De facto, todas as criações do Homem são passíveis de desaparecer ou, numa hipótese menos radical, de serem alvo de transformações. E Deus não é excepção.

A resposta à pergunta “Deus tem futuro?” não pode, no entanto, ser dada de ânimo leve. Até porque há, na minha perspectiva, duas respostas: não e sim.

Com  efeito, o deus omni-sapiente, o que era uma resposta para tudo, o que tudo podia e fazia, esse está moribundo. A Ciência vai-se encarregando, dia após dia, de lhe dificultar a vida ou, numa linguagem mais corriqueira, de lhe tirar o tapete.. Milhares, milhões, de coisas que Deus fazia foram, definitiva e irrevogavelmente, avocadas pela Ciência. Hoje, dificilmente se morre “porque Deus se dignou chamar à sua presença”, tantas são as maneiras de bater a bota. Ninguém, em seu perfeito juízo, acredita que a trovoada é “Deus a ralhar” e se dizem “até amanhã se Deus quiser”, o se Deus quiser não passa de uma figura de retórica, pois ninguém acredita que Deus esteja preocupado a querer isto ou aquilo.

Mas há uma outra vertente de Deus que, essa sim, tem o futuro assegurado. Refiro-me ao deus-placebo, ou deus-paliativo, ou deus-madre-teresa-de-calcutá. Pelo menos enquanto houver pobres e desvalidos “porque essa é a vontade de Deus”, essa vertente divina tem o futuro assegurado. Em último caso, até ao momento em que o Homem tome consciência de que não é Deus que o vai salvar seja do que for, porque também não foi Deus o causador da desgraça, da doença ou da fome. Mas esse momento nunca chegará, porque há sempre formas ínvias de alguém calar as vozes que pretendam lançar alguma luz..

Como se viu e ouviu.

11 de Dezembro, 2014 Carlos Esperança

Malala, o Islão, o obscurantismo e a violência

A decadência da civilização árabe trouxe o histerismo religioso e o acréscimo de crimes sectários, num crescendo de demência que contaminou os países não árabes que o Islão intoxicou, como o Irão ou a Turquia, esta como um presidente, Erdogan, que mantém o injusto e paradoxal epíteto de «muçulmano moderado», apesar das provas dadas.

Esta quarta-feira, Malala Yousafzai, recebeu o prémio Nobel da Paz. A menina baleada por um talibã, porque defendeu o direito à educação, não é apenas a heroína descoberta pela comunicação social, é a sobrevivente de milhões de meninas transacionadas aos 9 anos para casamentos que reproduzem a prática pedófila do Profeta, casado com uma de 6, e cuja consumação matrimonial, segundo a tradição islâmica, se verificou aos 9.

Se esta impressionante aberração era prática tribal, consensual no século VII, é hoje um crime horrendo que a tradição perpetua. Malala é o paradigma de milhões de meninas vítimas de uma religião misógina, herança do rude pastor de camelos. É sobrevivente da violência contra as mulheres, de uma sociedade moldada pelo Corão onde os direitos humanos não existem e a mulher pode ser vendida pela melhor oferta.

Comovidos com o olhar de sofrimento de Malala, onde brilha a esperança, nem demos conta que, no mesmo dia, jihadistas ISIS decapitaram crianças por não se converterem. O jornal britânico Mirror refere que quatro crianças foram decapitadas pelos terroristas do Estado Islâmico, no Iraque, depois de recusarem converter-se ao Islão.

Vamos esquecendo as meninas cristãs raptadas na Nigéria, e mantidas como escravas, por bandos islâmicos que aprenderam a recitar o Corão e ignoram os direitos humanos.

Não esquecemos os desvairados Cruzados, Bush, Blair, Aznar e Barroso, que arrasaram Bagdad e destruíram um país, mas não podemos tolerar que a desigualdade de género e a condenação das mulheres à pobreza e à ignorância continuem a reproduzir sociedades tribais onde não há o mais leve respeito pelos direitos humanos ou o mínimo avanço na renúncia à posse das mulheres.

O Islão é hoje a mais nociva das religiões e a mais perigosa.

2014-12-10t124309z_79641718