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  • 26 de Setembro, 2014
  • Por Carlos Esperança
  • Vaticano

O Vaticano e o papa Francisco

O papa Francisco, com as suas decisões, não prova a existência de Deus mas revela o seu carácter.

A prisão inédita de um núncio, um arcebispo à espera do barrete cardinalício, é um ato de extrema coragem ou uma habilidade para o subtrair ao julgamento dos países onde delinquiu. Admito que seja a primeira razão.

Depois de ter condenado a Máfia, antiga aliada do Vaticano, e de excomungar os seus membros, ainda que a excomunhão seja um placebo; depois de ter transformado o IOR num banco normal e impedido a continuação da lavandaria de dinheiro sujo, mesmo que fosse pela pressão internacional, revela um homem diferente dos seus dois antecessores, igualmente santos e infalíveis.

Francisco corre o risco de morte súbita e de ir precocemente apresentar-se ao patrão.