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Mês: Maio 2013

22 de Maio, 2013 Carlos Esperança

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22 de Maio, 2013 Carlos Esperança

Uma condenação suspeita

Advogado condenado por ofensas ao Santuário

Para fundamentar a condenação, o tribunal considerou que as declarações do arguido foram “ofensivas”, punham em causa a e foram proferidas de “forma livre e deliberada”, e sem mostrar “qualquer arrependimento”.

Recorde-se que as declarações de Cândido Oliveira contra o Santuário de Fátima e a Igreja Católica surgiram numa contestação no âmbito de um processo movido contra a Câmara de Ourém em que o Santuário reclama a posse de uma parcela de terreno em Fátima, que o município diz ser do domínio público.

No documento, Cândido Oliveira teceu várias considerações sobre o santuário, acusando-o de “ganância desmedida, ocupando tudo de borla e deixando as pessoas na miséria”.

Diário de uns Ateus – Não se impede o direito de defesa do que a ICAR considera os seus direitos mas causa perplexidade a criminalização das ofensas à  “doutrina defendida pela igreja”. O Santo Ofício não está de regresso.

21 de Maio, 2013 Carlos Esperança

João César das Neves

Por João pedro Moura JOÃO CÉSAR DAS NEVES, O BOBO DA CORTE CELESTE

1 – João César das Neves é o mais eminente teólogo leigo da ICAR, em Portugal. Ele tem publicado inúmeros livros sobre economia, sempre numa perspetiva liberal, de Estado mínimo, e também inúmeros livros sobre o catolicismo, eivados de grande conservadorismo, e mesmo prefaciando livros ainda mais fanaticamente religiosos do que ele… Ao longo destes anos, JCN tem-se destacado por um pensamento assaz discrepante: a defesa dum liberalismo económico avançado e a defesa dum conservadorismo e reaccionarismo sociais bastante recuados. Isto encerra uma certa incongruência, pelas razões a seguir aduzidas: Os pressupostos intelectuais do JCN, na defesa do liberalismo económico, assentam em valores como, liberdade empresarial; autodeterminação dos indivíduos, que se associam conforme entenderem, para fazer e desfazer empresas; primado do mercado e, portanto, liberdade de preços como pilar básico da relação de compra e venda; intervenção mínima do Estado, encarado como factor de perturbação das relações de mercado; exclusão da intervenção estatal e dos subsídios nos processos de falência e de apoio a empresas, pois que a falência é reguladora do mercado, desaparecendo assim o fruto podre ou inviável, etc.

2- Só que esses pressupostos não são aplicados por JCN ao campo social: Como bom católico, é contra o divórcio, como um atentado à unidade da família, mas o “divórcio” entre sócios e o fim duma empresa já é normal, segundo JCN, tenha as consequências que tiver; é contra o livre exercício da sexualidade, fora do casamento, isto é, discorda da livre parceria para o prazer sexual e afectivo, sem as pessoas terem que pensar em casar-se; discrepa da união de facto; defende a despreocupação com o número de filhos, como se a procriação excessiva (em economia: a superprodução) fosse um bem e não um factor de pobreza; defende a intervenção máxima do Estado na regulação das relações sexuais e dos costumes, etc. Daí esta enorme discrepância que o sr. Neves patenteia, entre o seu liberalismo económico (Estado mínimo regulador) e o seu conservadorismo social (Estado máximo regulador).

3- Se perguntassem ao JCN por que é que defende o liberalismo económico avançado, ele diria que é a favor da liberdade criativa e do bem-estar individual e social, que essa liberdade iria provocar na sociedade. Dito doutra maneira, o sr. Neves é a favor do prazer, da satisfação da livre empresa, geradores de dinheiro e, portanto, fautores de bem-estar, na medida em que, com esse dinheiro, poderemos adquirir bens gratificantes, que nos dão satisfação, felicidade, etc. Mas então, por que é que o sr. Neves não aplica o mesmíssimo raciocínio à busca do prazer e da satisfação, em geral, dos indivíduos, no campo social/sexual???!!! Por que é que só exalta o prazer psicológico dos bens materiais, móveis e imóveis, da economia social, e reprime o prazer sexual dos bens sensoriais, que também fazem parte duma economia: a do organismo???!!! Mistérios do organismo! Mistérios do fanatismo religioso!

4- Mais: o sr. Neves aplica, ou acha que aplica, a doutrina bíblica (mas, na realidade é bastante mais eclesiástica do que bíblica), ao campo social, mas já prescinde dessa mesma doutrina bíblica, na aplicação ao seu liberalismo económico: Vejamos a maior ideia, antiliberalismo económico, que consta na Bíblia: “Jesus disse então aos discípulos: “Notem bem o que vos digo: é muito difícil um homem rico entrar no Reino dos céus. E digo-vos ainda: é mais fácil um camelo passar pelo fundo duma agulha do que um rico entrar no reino dos céus””, Mateus 19, 23-24. Isto é, os “ricos”, que são gerados pelo liberalismo económico, como se sabe, e que são os empresários, em geral, sobretudo os maiores, são impedidos, pela doutrina bíblica que o sr. Neves defende, de serem “salvos”… Que melhor tirada antiliberalismo económico da Bíblia???!!! Mas, o sr. Neves, como bom farsante que é, só cita e só segue o que lhe convém da Bíblia…

5- JCN tem a mania de identificar homossexualidade e pedofilia. A definição de ambos os vocábulos, facilmente os distingue. Mas, JCN, perito em lançar confusões e provocações, para tentar “matar 2 coelhos com uma cajadada”, finge confundir tais expressões. É claro que o sr. Neves sabe os muitos casos de homossexualidade pedófila que grassam na sua ICAR, mas não faz caso. Só acontece, para o sr. Neves, aos “debochados” secularistas… Mais, se ele tivesse lido “A Vida Sexual do Clero”, espanhol, de Pepe Rodríguez, Publicações Dom Quixote, veria que o autor, que tem muitos conhecimentos entre os padres, aponta para 30% de homossexuais entre o clero espanhol… Quem tem telhados de vidro…

6- Aliás, o sr. Neves não faz ideia, mas a ICAR já abençoou a pedofilia… 2 exemplos: a) D. Beatriz, nascida em Coimbra, em Fevereiro de 1373, filha do rei D. Fernando, também nascido em Coimbra, que reinou entre 1367 e 1383, e de Leonor Teles, celebrou casamento com D. João I, de Castela, em 2 de Abril de 1383, com 10 (dez!) anos de idade, sob a bênção da Igreja, pois que todos os casamentos, até 1910, eram realizados pela Igreja, mesmo que fossem de não–católicos. Em 1385, teve um filho, que, entretanto, morrera… b) Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Rafaela Gonzaga (a futura rainha de Portugal, D. Maria II) nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de Abril de 1819, filha do rei D. Pedro IV, e casou, por procuração, em 29 de Outubro de 1826, com o seu tio, D. Miguel, o absolutista. Ela tinha, portanto, 7 (sete!) anos e ele, 24… Ela embarcou no Rio de Janeiro, em 5 de Julho de 1828, com 9 anos de idade, a caminho de Viena de Áustria, para se juntar ao biltre do seu tio e marido, mas acabou para seguir para Inglaterra, quando o seu prometido marido deu o golpe de Estado absolutista, em Portugal, quebrando as condições do contrato com o seu irmão e pai de D. Maria, o rei D. Pedro IV. Por um triz que não consumava o casamento aos 9 anos de idade, sob a bênção da Igreja… Isto é, a pedofilia era coisa institucionalizada e normalizada, desde tempos imemoriais, até, mais ou menos, há 100 anos, pois que até à 1ª Guerra Mundial havia bordéis de “crianças” nas principais cidades europeias. Mesmo sendo prática consuetudinária, sobretudo nos tempos monárquicos e eclesiásticos de antanho, não deixa de ser absolutamente repugnante essa atitude de casar meninas impúberes, sob a bênção do “Senhor”… Uma coisa impressionante! Eis a Igreja pedófila do passado, com renovação de práticas arde-e-cora (em inglês, “hard-core”…) no presente…

7- O pensamento sexual (!…) do sr. Neves é muito parecido com o dos 2 mais eminentes teólogos medievais: Santo Agostinho e S. Tomás de Aquino. Tudo o que o sr. Neves condena, como sendo “deboche”, foi também condenado por aqueles teólogos. Só faltava o sr. Neves indicar qual é a melhor posição sexual, como indicaram aqueles teólogos…

8- O abominável César das Neves é um arcaísmo grotesco, um resquício da teologia medieval, reatualizado, mas, ainda e sempre, impróprio para consumo. O sr. Neves é um homem inçado de fantasmas medievais; de medos de doenças pestíferas; de combates ao “sexo desregrado”; de misoginia; de medos de energias sexuais, que ele só concebe à solta, tumultuosamente; de aversão medieval pela concupiscência, “inspirada pelo Maligno”; de medo da “dies irae”…

9- Outrora, havia o bobo da corte régia, que divertia o séquito monarquista… … Hoje, temos o bobo da corte celeste, João César das Neves, que também nos diverte, em variante tragicómica e patética…

10- Daqui a 20 ou 30 anos, quando o sr. Neves for um velho, de pila mole e testículos definhados e ressequidos pela inânia espiritual que a sua cabeça profusamente debita, ainda haveremos de o ver, ouvir e ler a increpar o aborto, a esbravejar contra o “deboche” e a objurgar os homossexuais e seus casamentos…

…Assim, a bater forte e fortemente, como quem chama pela ajuda do trono ou do altar… No fundo, isto significa que o sr. Neves sabe que há cada vez menos casamentos católicos, cada vez menos frequências de missas, de catequeses, de aulas de religião e moral, numa secularização imparável, esvaindo a Igreja de réditos e influências… O sr. Neves sabe… o sr. Neves pressente… por isso escreve assim…   JCN1JCN2

20 de Maio, 2013 Carlos Esperança

Momento zen de segunda_20_05_2013

João César das Neves (JCN), quiçá por ausência prolongada de pecados, andou arredado das homilias pias com que agride a inteligência dos crentes e hilaria os incréus.

Na prédica de hoje, neste ano da Graça de 2013, começa por advertir os paroquianos de como procede quem pretende destruir a sociedade: acusar vários réus «do Governo aos bancos, do euro aos corruptos», para advertir que essa forma é ineficaz.

Quando julgávamos que no bem-aventurado brilhava um módico de bom-senso, quis o predicante esclarecer-nos sobre «A verdadeira conspiração», a forma mais eficiente de «conseguir a aniquilação de Portugal». Engana-se quem pensa que a crise económica, ainda que fosse muito mais severa, ou os métodos políticos e militares eram capazes de nos destruir. É muito difícil destruir Portugal – diz JCN.

Mas… «Há uma maneira, e é simples». E está a acontecer-nos. Basta uma conceção que «degrade o conceito de casamento» a que se juntam «as brutais consequências humanas, psicológicas, educativas, culturais e sociais que nascem de famílias em desagregação». Censura a conflitualidade conjugal, explosão de divórcios, desequilíbrio emocional e precarização de relações», mas ignora que tudo acontece por vontade do seu Deus.

JCN adverte que «tudo nasce de uma ideologia lasciva que impõe o postulado de que no sexo todos os prazeres são equivalentes e devem ser excitados». E deplora «este tempo que promove divórcio, aborto, promiscuidade e depravação».

JCN espanta-se que «a população tenha apatia perante a podridão e se assuste com questões económicas, secundárias e passageiras». O que lhe dói é «a incompreensível, boçal e brutal dissolução familiar», referência indireta à lei que prevê a capacidade de co-adoção por casais ou unidos de facto do mesmo sexo, aprovada na generalidade, no Parlamento.

Sem nunca a referir expressamente é a esta lei que chama «A verdadeira conspiração».

Ateo gratias.

JCN -

20 de Maio, 2013 Carlos Esperança

Mensagem do advogado francês “Maître Collard”

Como demonstram as linhas que se seguem, fui obrigado a tomar consciência da extrema dificuldade em definir o que é um infiel.

Escolher entre Alá ou o Cristo, até porque o Islamismo é de longe a religião que progride mais depressa no nosso país. O mês passado, participava no estágio anual de atualização, necessária à renovação da minha habilitação de segurança nas prisões.

Havia nesse curso uma apresentação por quatro intervenientes representando prospectivamente as religiões Católica, Protestante, Judaica e Muçulmana, explicando os fundamentos das suas doutrinas despectivas. Foi com um grande interesse que esperei a exposição do Imã. A prestação deste ultimo foi notável, acompanhada por uma projeção vídeo.

Terminadas as intervenções, chegou-se ao tempo de perguntas e respostas, e quando chegou a minha vez, perguntei: “Agradeço que me corrija se estou enganado, mas creio ter compreendido que a maioria dos Imãs e autoridades religiosas decretaram o “Jihad” (guerra santa), contra os infiéis do mundo inteiro, e que matando um infiel (o que é uma obrigação feita a todos os muçulmanos), estes teriam assegurado o seu lugar no Paraíso. Neste caso poderá dar-me a definição do que é um infiel?”

Sem nada objetar à minha interpretação e sem a menor hesitação, o Imã respondeu: “um não muçulmano”.

Eu respondi : “Então permita de me assegurar que compreendi bem : O conjunto de adoradores de Alá devem obedecer às ordens de matar qualquer pessoa não pertencendo à vossa religião, a fim de ganhar o seu lugar no Paraíso, não é verdade ?

 

A sua cara que até agora tinha tido uma expressão cheia de segurança e autoridade transformou-se subitamente na de “um puto” apanhado em flagrante com a mão dentro do açucareiro!!!

É exato, respondeu ele num murmúrio.

Eu retorqui : “Então, eu tenho bastante dificuldade em imaginar o Papa Bento XVI dizendo a todos os católicos para massacrar todos os vossos correligionários, ou o Pastor Stanley dizendo o mesmo para garantir a todos os protestantes um lugar no Paraíso.”

O Imã ficou sem voz !

Continuei : “Tenho igualmente dificuldades em me considerar vosso amigo, pois que o senhor mesmo e os vossos confrades incitam os vossos fiéis a cortarem-me a garganta !”

Somente um outra questão : “O senhor escolheria seguir Alá que vos ordena matar-me a fim de obter o Paraíso, ou o Cristo que me incita a amar-vos a fim de que eu aceda também ao Paraíso, porque Ele quer que eu esteja na vossa companhia ?” Poder-se-ia ouvir uma mosca voar, enquanto que o Imã continuava silencioso.

Será inútil precisar que os organizadores e promotores do Seminário de Formação não apreciaram particularmente esta maneira de tratar o Ministro do culto Islâmico e de expor algumas verdades a propósito dos dogmas desta religião. No decurso dos próximos trinta anos, haverá suficientes eleitores muçulmanos no nosso país para

instalar um governo de sua escolha, com a aplicação da “Sharia” como lei.

Parece-me que todos os cidadãos deste país deveriam poder tomar conhecimento destas linhas, mas como o sistema de justiça e dos “media” liberais combinados á moda doentia do politicamente correto, não há forma nenhuma de que este texto seja publicado. É por isto que eu vos peço para enviar a todos os contactos via Internet.

Diário de uns Ateus – O presente texto, onde há um explícito proselitismo cristão, não invalida as preocupações que o Islão levanta nem absolve os crimes que o cristianismo cometeu e comete.

19 de Maio, 2013 David Ferreira

O Inverno do nosso descontentamento

O Inverno recusa a hibernação e vai ressuscitando sem convite, como se chamado a assear as bermas das estradas onde se amontoaram resquícios de sofrimento e faturas de promessas por pagar que um extenso carreiro de luzicus intermitentes transportou lastimosamente para reduzir a cinzas nas chamas de um mar de velas devotas, chorosas e ignaras.

Em Fátima, o 13 de Maio é sempre 1 de Abril, um dia de mentiras a alardear-se fora de tempo. Como este Inverno que teima.

 

Casos da semana:

I

Dom José Policarpo presidiu à bênção das pastas que decorreu no Terreiro do Paço. O cardeal patriarca fez questão de dizer aos jovens que estes são tempos difíceis e recomendou-lhes o recurso à fé e à criatividade em tempos difíceis e ensombrados pela perspetiva do desemprego.

Há que dar um desconto à senilidade provocada por demasiados anos de penitência autoinfligida e de abstinência racional. A fé encontra-se nos antípodas da criatividade e muitas vezes lhe subtrai o potencial.

 

II

O líder da República de um país laico, eleito por uma minoria mas eleito em todo o caso, sublinhou, num acesso incontinente de beato em fim de prazo, a importância do fim da sétima avaliação da ‘troika’, falando de uma “inspiração” da Nossa Senhora de Fátima, após chamada de atenção da sua Primeira-Dama, não eleita pela mesma minoria mas impingida à maioria.

Dizem que por trás de um grande homem está sempre uma grande mulher. O contrário também se pode inferir.

 

III

A reforma da Educação aprovada pelo Governo espanhol do Partido Popular prevê que a nota na disciplina de Religião no ensino secundário volte a contar para a média.

As seitas católicas que conjuram no subsolo do obscurantismo, financiadas pelo dinheiro provindo do crime organizado que o IOR se encarrega de lavar, reforçam as suas penitentes atividades e exultam com o regresso ambicionado da Santa Inquisição.