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Mês: Novembro 2010

23 de Novembro, 2010 Ricardo Alves

Liberdade de ensino?

Ouvimos muitas vezes falar em «liberdade de ensino». No sentido de que as escolas privadas devem poder ensinar o que quiserem aos seus alunos.

No Reino Unido, escolas islâmicas estão a usar livros de texto que  ensinam que «os Sionistas querem controlar o mundo», que «os judeus são macacos e porcos», que o castigo para a homossexualidade é a pena de morte e que os ladrões devem ser amputados. É tudo islamicamente correcto, claro. Ah, e pago pelo governo da Arábia Saudita (provavelmente o regime mais teocrático do planeta, e um dos mais ricos).

Deve o Estado intervir? Ou faz parte da liberdade de educação e da liberdade religiosa?

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]

23 de Novembro, 2010 Carlos Esperança

Não sabem onde se coloca

Dúvida: Evitam falar ‘nas missas do uso do preservativo’ ou ‘do uso do preservativo, nas missas’ ?

22 de Novembro, 2010 João Vasco Gama

Crédito a quem o crédito é devido

Se de facto o Papa alterou a sua posição em relação ao preservativo, mesmo que poucos milímetros, fazendo com que a posição institucional da Igreja Católica seja mais aberta a este respeito, está de parabéns.

É bem verdade que a posição da Igreja a este respeito continua a ser, a meu ver, absurda e anacrónica. Mas, a confirmarem-se estas notícias, menos absurda e anacrónica que antes, e por isso está de parabéns pela evolução no sentido positivo.

22 de Novembro, 2010 Luís Grave Rodrigues

A Responsabilidade Moral

  

A notícia caiu como uma bomba:

– O Papa Bento XVI decidiu proclamar que o uso do preservativo é “aceitável em certos casos”, nomeadamente para reduzir o risco de infecção do HIV.

E a “bomba” é tão fantástica, que temo até que venha por aí um dia destes um qualquer esclarecimento, a dizer que não foi bem isso que o Papa disse.

Mas, ainda assim, algumas coisas há a dizer sobre este assunto.

Em primeiro lugar sobre o autêntico desplante do Papa em declarar que “a partir de agora” o preservativo passa a ser “aceitável”.

Mas quem é que este gajo pensa que é, e por quem se toma?

Em que século é que este facínora pensa que vive, ao ponto de pensar que tem o “direito” de proclamar ao mundo isto ou aquilo? Pensará ele que não há mais do que os atrasados mentais que o seguem para todo o lado e o apoiam acriticamente, diga ele uma coisa ou o seu contrário?

Mas o que mais me choca é isto:

Durante décadas a Igreja Católica determinou que o uso do preservativo era proibido, porque contrariava um estúpido e anacrónico dogma bíblico (Génesis, 38).

Durante décadas, entre queimas rituais de preservativos e da persistência desta estúpida proibição, das Filipinas a toda a África sub-saariana morreram milhares de pessoas, numa pandemia que tem sido um autêntico massacre das populações, para não falar dos órfãos da SIDA, tantos deles infectados também por falta de retro-virais adequados.

E afinal tudo em vão, porque pelos vistos o dogma era mesmo estúpido e anacrónico.

A televisão fez sondagens à saída das missas e, espanto dos espantos: agora toda a gente já está de acordo que o preservativo seja “aceitável”.

Sim, “aceitável”, mas apesar de tudo não muito, porque a típica tara sexual do clero católico ainda persiste, e o preservativo passa a ser “aceitável”, mas… só “em certos casos”.

Mais vale tarde que nunca, sim.

Mas não é por isso que as mortes e o sofrimento de tantas e tantas pessoas deixarão de pesar sobre a Igreja Católica, sobre as cabeças deste Papa e dos que o precederam, e até dos católicos sobre quem pesa a responsabilidade moral de ao longo de todos estes anos terem fechado os olhos e os terem apoiado filosófica e moralmente e de, assim, serem isso mesmo: católicos.

21 de Novembro, 2010 Carlos Esperança

Nova tragédia numa mina

Nova Zelândia: Incêndio diminui esperança de resgatar mineiros

Um incêndio deflagrou, este domingo, debaixo de terra está a atrasar as operações de resgate dos 29 mineiros desaparecidos na mina de carvão Pike Clavar, desde sexta-feira, quando uma explosão devido à presença de gás tóxico provocou uma derrocada.

Nota: Desta vez o Papa não reza nem manda terços benzidos.