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  • 22 de Março, 2009
  • Por Carlos Esperança
  • Ateísmo

O Papa e a visita a África

O Pe. Lombardi agradeceu a hospitalidade do povo angolano e referiu que o Papa está a resistir bem ao calor que se faz sentir actualmente no país.

B16 reage bem ao calor porque não lhe faltam mordomias, por mais pobres que sejam os países onde se desloca.

Podem faltar a água, o pão e as vacinas aos autóctones mas não faltam ao Papa o ar condicionado, o carro à prova de bala, as iguarias e os banhos de multidão organizados pelo exército de freiras, padres e políticos interessados na sua bênção.

Bento XVI resiste bem às condições meteorológicas mas reage mal aos meios de comunicação social. Dá-se bem com o latim, mas tem dificuldades com o preservativo; aprecia as multidões que se ajoelham, mas teme as pessoas que se erguem; adora a crença na sua bondade, mas detesta os argumentos que o condenam pela sua desumanidade.

B16 não é um troglodita que se inocente pela ignorância e estupidez, é um intelectual que deve ser julgado pela sua intransigência e maldade.

Quem sabe que a sida mata milhões de pessoas e que o preservativo é a arma para debelar o flagelo; quando conhece a violência do sofrimento dos infectados e aconselha a que não se protejam; quando tem a noção de que a sua mentira pode ser acreditada, não está a divulgar uma crença, está a cometer um crime contra a humanidade.

É este perigoso propagandista da fé, que mente em relação à sida, que anda à solta por África a destruir o trabalho das ONG’s, a fomentar o contágio do HIV entre milhões de pessoas, a prescrever a castidade numa região onde a baixíssima esperança de vida torna precoce a reprodução e a morte.

Quando um futuro Papa vier pedir perdão pelo mal que este fez, as pessoas devem lembrar-lhe as Cruzadas e a Inquisição. Foi há muito tempo? – Pois foi, mas a maldade está na natureza das funções e nas crenças de que vivem estes parasitas da fé.

Um Papa que pede para combaterem a bruxaria, amaldiçoando a ciência, só pode querer que as pessoas troquem os outros bruxos por ele.

Esta visita do Papa pode provocar mais mortes do que o paludismo.