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Mês: Setembro 2008

3 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

Dúvidas metafísicas

“Lembrei-me destas questões que gostaria de ver respondidas pela ASAE:

Se as hóstias forem feitas com trigo transgénico, o sacerdote não deveria informar os fiéis? 

O vinho da eucaristia não deveria ser armazenado em garrafas rotuladas?

A lavagem que o sacerdote faz do cálice não deveria ser feita pelo menos com um detergente, ou com água a não sei quantos graus?

A patena onde se colocam as hóstias para consagração também não deveria ser limpa?

As hóstias não deviam ser entregues em embalagens individuais?

O sacerdote não deveria usar pinças ou luvas para entregar as hóstias?

Quando se comunga de duas espécies, também se serve vinho a quem aparente possuir anomalia psíquica ou esteja embriagado?

Os menores de 16 anos também podem comungar das duas espécies, e assim beber vinho? 

No rito da adoração da cruz, o santo lenho não deveria ser esterilizado após cada ósculo? 

No Domingo de Ramos, onde é que a malta vai buscar os ramos de palmeira ou de oliveira?

As peças do Presépio não deveriam ter a marca ‘CE’?

O incenso espalhado pelos turíbulos pode ser de ópio ou cannabis?

A água da pia ou fonte baptismal não deveria desinfectada com cloro, ou coisas assim?

Os bebés não deveriam estar de touca? 

Como é que se controla a qualidade da água benta que é aspergida pelo híssope

E por fim: Os vasos dos santos óleos não deveriam ser embalado em embalagens munidas com sistema de abertura que perca a sua integridade após utilização e que não sejam passíveis de reutilização?

Nota: Estas dúvidas que afligem os crentes foram-me enviadas por um amigo (MPM). Não sei responder-lhe. Pode ser que um padre nos esclareça.

3 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

A religião gera ódio nos crentes!

As religiões são uma base de ódio! Elas educam os crentes a olhar para as outras pessoas como erradas. E criam aos seus seguidores a ilusão de estes terem a obrigação de corrigir os outros a bem ou a mal! Sem lhes dar outra alternativa!

Na religião muçulmana, o livro sagrado é o “Alcorão”. É um livro cheio de regras, como os outros livros das grandes confissões. Ensina como as pessoas se devem comportar, o que devem fazer, como pensar, o que é bom e o que é mau. O crente não precisa de raciocinar. Já lá está tudo escrito. É só cumprir. Fazer de robot!

Isto cria nas pessoas uns hábitos, costumes e tradições estranhas. Olham para uma pessoa e precisam de saber qual é a religião dela. Se coincide com a do crente, então é um grande “irmão”, uma pessoa amiga, de 5 estrelas. Se o interlocutor é de outra religião… então é um inimigo da religião, uma pessoa para desconfiar, deve ter-se cuidado com ela!

A religião muçulmana vê o Mundo a duas cores. O Mundo dos muçulmanos é branco e o resto é preto. Os muçulmanos devem viver apartados dos outros. Como o dia e a noite. Até há quem queira acabar com a “noite”. Matá-la! É o caso das mulheres muçulmanas em Londres que pedem a morte dos homossexuais e apóstatas do Islão. Aquelas mulheres sem cara, pois têm de usar um lenço, exigem a morte de outras pessoas com quem não convivem, que nem sequer conhecem! Por aqui se vê e conclui que as religiões cultivam a paranóia colectiva!

 a)  kavkaz (leitor habitual do DA)

3 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

Campeão do Mundo de boxe graças… ao Patriarca!

Nikolai Valuev é russo de St.Petersburgo, tem 2,12 m e pesa 145 kg. É o novo campeão do Mundo de boxe para profissionais, categoria de pesos-pesados. Ganhou o título este fim-de-semana em Berlim contra o americano John Ruiz, aos pontos, em 12 assaltos. Pesou mais 40 kg do que o seu adversário. Foi a 49 ª vitória, 34 por K.O., 1 derrota e um empate em 51 combates.

Agora, o enorme campeão foi agradecer… ao Patriarca da Rússia por o ter abençoado. Então foi a “mão do Patriarca” que o fez campeão? E “Deus” ficou a ver?

Não se deveria aceitar que os responsáveis religiosos resolvam um combate de boxe e ajudem a dar tareia nos adversários! Do que são capazes aquelas falinhas mansas… que violentos para com os “irmãos”!

Fonte: sedmitza.ru

 a)  kavkaz (leitor habitual do DA)

2 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

Espanha – A memória do fascismo

A cumplicidade de velhos e poderosos franquistas com a Igreja católica permitiu que, até hoje, as valas comuns onde jazem os cadáveres dos adversários jamais fossem investigadas.
A perversidade da infame ditadura franquista tem vindo a ser branqueada à medida que o tempo passa. Tal como o nazismo, também o fascismo espanhol já tem quem assevere que não foi tão cruel como se diz.
Por isso, é de saudar a ordem do juiz Baltazar Garzón para que lhe seja fornecido o número dos enterrados, durante o franquismo, no Vale dos Caídos. O conhecido juiz da Audiência Nacional, que ordenou a prisão de Pinochet, quer determinar se se considera competente para investigar tais crimes.
Segundo a Agência EFE, o referido juiz pediu ontem ao abade de Vale dos Caídos, ao Arquivo Geral da Administração, à Conferência Episcopal e ao Centro de Documentação da Memória Histórica que o informem sobre o número de desaparecidos durante a Guerra Civil e o franquismo com a finalidade de determinar se é competente para investigar esses factos.
Por seu lado, O Governo respeita a decisão do juiz Garzón e o direito das famílias a recorrer perante o juiz.
O juiz informou a Conferência Episcopal, presidida pelo inveterado franquista Rocco Varela, de que deverá permitir que a Polícia Judicial aceda a todas as paróquias de Espanha (22.827) para que lhes facilitem os livros dos defuntos de que dispõem com o fim de identificar as possíveis vítimas desaparecidas a partir daquela época.
A petição do juiz também se dirige aos autarcas de Granada, Córdova, Sevilha e Madrid, que devem informá-lo do número de pessoas enterradas em fossas comuns das suas localidades – com identificação, lugar de nascimento, residência e filiação – a partir de 17 de Julho de 1936 «como consequência directa do denominado ‘levantamento nacional’ e da situação de Guerra Civil que provocou o pós-guerra sob as ordens do novo regime em Espanha».
Concretamente, Garzón refere-se aos cemitérios de S. José (Granada), Nossa Senhora da Saúde e S. Rafael (Córdova) e S. Fernando (Sevilha) e determina que o informem sobre as circunstâncias e factos que ocorreram para estes «enterramentos maciços», assim como quando se produziram.
Nota: Este post foi elaborado a partir de um artigo, de hoje, do jornal LAVANGUARDIA.ES

1 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

Momento zen de segunda

João César das Neves é o que é. Não tem emenda.

Não tenho paciência para comentar a homilia de hoje. Quem for masoquista que a leia.

Deixo um naco de prosa:

A finalidade das leis é proteger os fracos. Mas, ao eliminar a possibilidade do divórcio culposo, a Assembleia deixa as vítimas à mercê dos violadores.

O Presidente dá-se ao trabalho de explicar em detalhe aos deputados: “Por exemplo, numa situação de violência doméstica, em que o marido agride a mulher ao longo dos anos – uma realidade que não é rara em Portugal -, é possível aquele obter o divórcio independentemente da vontade da vítima de maus tratos. Mais ainda, (…) o marido, apesar de ter praticado reiteradamente actos de violência conjugal, pode exigir do outro o pagamento de montantes financeiros” (n.º 6).

“Noutro plano, são retiradas à parte mais frágil ou alvo da violação dos deveres conjugais algumas possibilidades que actualmente detém para salvaguardar o seu “poder negocial”, designadamente a alegação da culpa do outro cônjuge ou a recusa no divórcio por mútuo consentimento” (n.º 7). Dificilmente se pode ser mais claro.

1 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

Bento 16 e a laicidade

O Papa, este papa, Ratzinger de seu nome, cuja santidade é estado civil e profissão, é um furioso adversário da laicidade.

Nos últimos tempos, talvez desesperado pela progressiva secularização dos países cuja tradição de vassalagem ao Vaticano era antiga, inventou a «cristofobia» como desculpa do asco que nota, do desprezo que merece, do ressentimento quer provoca.

As interferências na América latina, Espanha, Portugal, Polónia, Itália e outros antigos protectorados, não têm o êxito esperado no que diz respeito ao divórcio, ao aborto ou aos casamentos homossexuais. Na destabilização dos governos democráticos, na chantagem eleitoral e na diplomacia subterrânea averbou derrotas que lhe teriam feito perder a fé, se acaso a tivesse.

Claro que os interesses do Vaticano exigem uma agressividade comercial que o coloca numa situação detestável. Mas não é o álibi da cristofobia que pode disfarçar a aversão que os sectores laicos lhe devotam. Não é um cadáver com dois mil anos que provoca medo, tanto mais que, segundo a lenda, emigrou para o Paraíso e não voltou. Ele é que é malquerido no seu insuportável proselitismo, na sua intolerável ingerência política nos regimes democráticos, na obsessão de impor a sua doutrina a quem a não quer comprar.

Não há, pois, cristofobia. O cadáver de Cristo é um mero objecto de exploração pia, um corpo renascentista pregado num sinal mais, uma referência a um taumaturgo de que a ICAR se serviu para consolidar o Império Romano ou vice-versa.

O que há é aversão ao Papa, que não se afigura maior do que a que merecem aiatolas e outros dignitários religiosos. Quando é que os parasitas da fé, deixam a humanidade viver sem os mitos, os medos e os embustes com que fanatizam crianças e aterrorizam os povos?