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Derrota de Deus em Espanha

O cardeal de Madrid, Rouco Varela, amigo de B16 e do defunto JP2, eleito presidente da Conferência Episcopal de Espanha (CEP) com a bênção do Papa, era o braço armado da Senhora de Guadalupe contra o PSOE.

Desceu às ruas de Madrid, acompanhado pelo bando de sotainas da sua diocese, a rugir contra as leis que autorizaram o carácter facultativo do catecismo nas escolas públicas, que facilitaram os divórcios, aprovaram as uniões de homossexuais e permitiram que estes adoptassem filhos.

O cardeal pediu aos crentes que rezassem muito para que Deus os ajudasse a vencer um demónio civilizado e urbano, social-democrata e ateu, presidente do Governo espanhol e cumpridor das promessas feitas ao eleitorado, promessas que fazem ranger os dentes e espumar de raiva o arcebispo de Madrid.

Ora, Deus provou que não existe. Perderam tempo e as orações os ociosos que rezaram e não puderam evitar que o cardeal Rouco Varela e o Papa B16 fossem humilhados nas urnas.

O cardeal deixou achincalhar a mitra e enferrujar o báculo. No futuro, só alguma beata mais inveterada se aproximará do anelão para lho oscular. Os próprios padres, vendo a irrelevância do seu bispo, começam a perder a fé em Deus e o medo do Inferno.

E um padre sem medo e sem fé é um homem perdido, capaz de violar os sete pecados mortais, de comprar preservativos e encomendar a pílula do dia seguinte para prevenir alguma desgraça de homem feliz que se libertou de Deus.

Até há pouco, o cardeal do Opus Dei gania homilias ferozes e ameaçava com o Inferno. Agora é um primata envergonhado com a inutilidade do seu Deus e das suas homílias. Mas ainda vai rosnar apesar da vergonha e da derrota.