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Diário Ateísta – 4.º Aniversário

O Diário Ateísta é o projecto conseguido de uns ateus fartos do poder do clero romano, de Governos que se ajoelham e de pessoas habituadas a viver de rastos. Não se poderá dizer que tenhamos privilegiado algumas religiões em relação a outras. Todas são más, todas trazem o veneno da superstição e da mentira e o vírus do proselitismo.

Nestes últimos quatro anos morreram milhões de pessoas vítimas de ódios religiosos e do fanatismo dos clérigos que acicatam os instintos primários de crentes fanatizados. Ninguém foi chacinado por ateus ou agnósticos, pelo menos nessa qualidade, mas foram muitos os que morreram às mãos daqueles a quem disseram que matar infiéis agradava ao seu deus e espalhar a fé era uma obrigação.

Os protestantes evangélicos encontraram em Bush o homem que fala directamente com Deus e que se deixa enganar pelo pantomineiro. Os judeus ortodoxos continuam a enrolar as trancinhas e a sonhar com o expansionismo sionista. Os muçulmanos matam a troco de 72 virgens que julgam de burka despida à sua espera no Paraíso. Os padres romanos, dirigidos pelo capataz do Vaticano, andam em cruzadas contra o divórcio, a IVG, o uso do preservativo e a pretenderem conquistar o poder político.

Nos países onde o clero foi remetido para as sacristias não há guerras religiosas. Não se é perseguido por recitar o terço, ir à missa, rezar virado para Meca ou ser encontrado a tentar derrubar à cabeçada o Muro das Lamentações.

Nos países onde a vontade de Deus se sobrepõe à dos homens decapitam-se pessoas, lapidam-se mulheres, amputam-se membros e o medo e a violência são as armas que mantêm os regimes de terror teocrático na coutada de tal Deus.

É contra o obscurantismo religioso, o fanatismo, o embuste dos milagres e o fabrico de santos que o DA, dia após dia, ridiculariza, acusa e blasfema. É na defesa da Declaração Universal dos Direitos do Homem que se esforça por manter um espaço que é trincheira contra o fundamentalismo que ressurge pela mão dos clérigos e se espalha por contágio dos beatos que nascem como cogumelos nas noites frias e húmidas de Novembro.

Vamos continuar, para gáudio de brasileiros e portugueses que nos visitam, mais de um milhar todos os dias, em peregrinação laica a este espaço não infectado por Deus.