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Bispos portugueses vão a Roma

Enquanto o Papa B16 reza pelos pontífices mortos, certamente necessitados da remição dos pecados, e denuncia as «ameaças» que atacam a instituição da família, um assunto em que o celibatário se julga especialista, os bispos portugueses vão em peregrinação a Roma, ao beija-mão do ditador vitalício e de visita à Cúria Romana.

Portugal tem 49 bispos: 21 titulares de diocese, 8 ajudantes e 20 eméritos, estes com o prazo de validade caducada. Mas, dos quase dois quarteirões de bispos, só 35 vão ao Vaticano. Não sei se os outros ficam de piquete para a confirmação que algum devoto solicite ou para o funeral de um defunto importante que se esqueça de respirar.

Bispos não faltam, apesar de não se reproduzirem, devido à idade e ao medo. De padres é que a reserva vai minguando e já começam a chegar a recibo verde alguns exemplares polacos, brasileiros e dos PALOPs.

Neste momento, por motivos diferentes, tal como sucede com os funcionários públicos, por cada dois que morrem só entra um padre. Falta de vocações, quebra nos baptismos, menos casamentos religiosos, fuga de alguns padres na flor da idade e do cio, são os dados catastróficos com que os bispos portugueses vão prestar contas ao Papa.

Os ventos não vão de feição para a ICAR. É altura de arranjarem um Deus mais humano e menos troglodita.