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Violência racista

A violenta agressão de uma jovem equatoriana, no metro de Barcelona, perpetrada por um skinhead a quem a demência racista exacerbou a fúria, é um acto que não diz apenas respeito a Espanha, é um crime que põe em causa a civilização e desmente a tolerância de que a Europa se reclama.

Não basta denunciar a violência, é preciso ser firme no combate às motivações racistas e xenófobas que alimentam os nacionalismos e povoam as mentes de jovens normalmente pouco alfabetizados, primários e selvagens.

Aquela jovem que seguia tranquilamente numa carruagem de metro é o paradigma das minorias que a fúria selvagem dos biltres põe em permanente risco. O pontapé que lhe atingiu a face era o escape das frustrações e ódios acumulados por quem tinha apenas como motivo de orgulho a pertença à maioria que o energúmeno identifica como raça.

Se os que nos consideramos civilizados não formos capazes de defender a diferença que faz a riqueza das nossas sociedades não merecemos a paz que nos bateu à porta nem o bem-estar que desde 1945, apesar das queixas de novos-ricos, não parou de aumentar.

Os patifes que se comportam como o biltre do metro de Barcelona – e nós temos dessa escória entre nós -, não merecem circular no espaço público, precisam de ser polidos na enxovia.