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Lógica racional vs lógica primitiva

Pegando numa coisa que o Bruno Resende apresentou, baseada no texto «Papa diz que a Igreja primitiva é um modelo para a sociedade» «(…) já que deus desejou tanto a salvação do Homem que não se reservou a seu único filho».

Há uma questão metodológica muito interessante neste tema.

Vamos assumir por um minuto que o deus católico existe. Ele avisou Adão que a Eva não podia comer a maçã. No entanto, ela não obedece e come-a à mesma. Daí vem o pecado original. Jesus Cristo, suposto filho de deus, desce à terra, e morre na cruz para expiar os humanos do seu pecado original. Correcto?

Há uma falha lógica evidente! Se a história de Adão e Eva não é algo para ser interpretado literalmente, como defende a Igreja Católica, então, literalmente, deus faz com que o seu filho morra na cruz por uma pecado não literal, vindo de uma história não literal, com personagens não literais. E pessoas inteligentes acreditam nestas coisas?

E não venham com teorias psicanalista Luterianas ou antropológicas de Chardin sobre o que quer dizer «pecado original» e as interpretações que se deve dar à Bíblia. Esta é a irracionalidade que orienta pessoas que querem ter poder sobre a minha vida e sobre a de outros. Convencidas que sabem ler textos da idade de bronze melhor que todos os outros, e que entendem quais as mensagens divinas que neles se encontram. Dizer que a Igreja primitiva é um modelo para o que quer que seja devia ser uma afronta para qualquer católico racional.

Lá porque quem escreveu a Bíblia era um mau argumentista, um mau biólogo e um mau astrónomo, não quer dizer que as pessoas do Sec. 21 não sejam mais sensatas e perspicazes que isso. Ou se calhar, não. Afinal, uma das funções da fé dogmática é a de anular a inteligência humana.

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