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  • 24 de Janeiro, 2008
  • Por Ricardo Silvestre
  • Mundo

“… e agora, desporto”.

A igreja Católica nos Estados Unidos não chega ao fanatismo e perigosidade dos Cristãos (Protestantes) nesse país. Mas como é mais forte que eles, os seus líderes não conseguem resistir a mostrarem a sua intolerância, e a necessidade de colocar todos do “seu rebanho” sob a linha doutrinária.

“Em St Louis, o arcebispo dessa cidade, disse à imprensa que ia pedir à direcção da Universidade de Saint Louis, para “tomar as medidas necessárias” em relação a comentários feitos pelo treinador da equipa de basquetebol masculino.

Rick Majerus, um dos treinadores mais bem sucedidos da história do basquetebol universitário (432 vitórias, 154 derrotas) fez um comentário, num comício em suporte de Hilllary Clinton, sobre os direitos de quem quer fazer uma interrupção voluntária da gravidez.

O arcebispo Raymond Burke disse que, “sendo o treinador parte de uma Universidade jesuíta, o treinador não deve ser apoiante de pontos de vista que sejam opostos ao dos ensinamentos da igreja”. Burke continuou dizendo que “ia ter uma reunião com o presidente da Universidade (ele próprio um reverendo), assim que regressasse a St Louis”.

Entretanto a Universidade já veio dizer que Majerus se encontrava no comício em representação pessoal, e não em representação da Universidade.

O arcebispo Burke é infamemente conhecido nos EU por ter dito que recusaria a comunhão a John Kerry, na altura o candidato Democrata às Presidências Americanas, por este ser católico, mas ao mesmo dar apoio a grupos que defendem o aborto.”

Ver notícia aqui.

Now, look. Para além do mais óbvio, que é, pode-se ser a favor ou não do que uma pessoa diz de sua opinião, não se pode é, mais uma vez, se querer reprimir a liberdade de expressão individual. Um dos argumentos apresentados pelo arcebispo é que “Majerus é um líder de jovens, e tem de ver qual o impacto que pode causar neles”. Mas isto é insanidade. A igreja católica (assim como qualquer outra) não pode almejar controlar os seus crentes até ao ponto de tentar controlar os seus pensamentos. Não o podemos permitir.

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