Loading

Moral e bons costumes

Se deseja conhecer os bispos portugueses da minha infância, leia o artigo de El País sobre o arcebispo nazi de Pamplona. Mas se quiser perceber que país era Portugal viaje até ao Irão.

A Idade Média é o sonho de todos censores, o paraíso dos polícias de costumes e dos defensores da moral. A primeira vítima é a mulher que na nossa cultura foi execrada por santo Agostinho, que tantas amou e tanto ódio lhes tomou.

No Irão a polícia dos costumes zela para que nem uma só madeixa dos cabelos possa soltar-se do véu, vela para que a moral se preserve e os bons costumes se mantenham.

Maomé deixou instruções a esse respeito, ele que adquiriu fortuna e respeito graças à viúva rica com quem casou. O resto aprendeu nas deslocações entre Medina e Meca, nas conversas em que Deus que lhe ditou o Corão mas foi incapaz de o ensinar a ler e de lhe aliviar os costumes bárbaros da tribo a que pertencia.

Hoje, os crentes temem mais a polícia do que o Profeta porque a violência que o livro santo preconiza tem algozes para a aplicar.