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Quem é terrorista?

O Vaticano define como terrorismo as críticas ao Papa e como defesa de princípios o terrorismo eclesiástico.

O artista Andrea Rivera criticou a Igreja Católica por ter negado enterro religioso a Piergiorgio Welby, o tetraplégico que foi objecto de eutanásia em Dezembro de 2006 e «L’Osservatore Romano», pasquim impregnado de água benta e com cheiro a incenso, ataca o autor da crítica.

É verdade que as cerimónias religiosas e as violas não fazem falta nos enterros, mas a liberdade de expressão, por muito que custe ao bando da sotaina, é um direito adquirido.

A ICAR faz terrorismo ao acirrar ódios em Espanha, fabricando milhares de santos dos mortos que apoiaram Franco contra os republicanos na guerra civil; faz terrorismo ao impedir o aborto de um feto anencéfalo a uma jovem irlandesa de 17 anos; é terrorista quando larga os bispos na via pública com mitras e báculos à frente das manifestações contra Zapatero; é terrorista quando impede o divórcio em Malta e o aborto na Irlanda.

A ICAR só não queima hereges porque lhe tiraram a lenha. Mas ainda se baba de gozo com as chagas dos supersticiosos que viajam de joelhos em Fátima ou com os pobres diabos que se crucificam nas Filipinas.

O último Estado totalitário e teocrático da Europa não tem o direito de chamar aos outros o que é da sua tradição e ambição.