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ICAR opõe-se à nova lei da IVG

O presidente do Sindicato das Mitras, conhecido por Conferência Episcopal Portuguesa, Sr. Jorge Ortiga, declarou ontem na cidade dos embustes (Fátima) que a Igreja Católica vai fiscalizar a aplicação da Lei n.o 16/2007 de 17 de Abril.

O Sr. Jorge pode, e deve, como qualquer cidadão, zelar pelo cumprimento das leis mas não pode, em nome de um minúsculo Estado estrangeiro — o Vaticano — criar entraves às leis da República Portuguesa ou tentar limitar a sua soberania.

Agitam-se as sotainas e erguem-se os báculos contra uma lei que resultou do referendo e cujo resultado expressivo foi também uma resposta à campanha terrorista do clero e dos seus lacaios. O medo do Inferno já não obriga crianças a comerem a sopa quanto mais a genuflectir um povo ao esvoaçar das sotainas.

O Sr. Jorge Ortiga pode, e deve, proibir o aborto às freiras e devotas da Virgem Maria, só não pode impedir-lho até às dez semanas, a seu pedido. Quanto às outras mulheres não é da sua conta e nem umas nem outras precisam de autorização do confessor.

A pouco e pouco, Portugal emancipa-se do incenso e da água benta e quando o Sr. Jorge Ortiga exige «um maior reconhecimento pelo Estado do trabalho social feito pela Igreja em Portugal» já se sabe que quer mais dinheiro do erário público.

Fontes: S I C; C M