Loading

Deus é um perigo

Na sequência de dois artigos do Ricardo Alves, «Leituras Recomendadas» e «Foram os do Costume», vale a pena insistir na denúncia dos ataques terroristas de índole religiosa perpetrados na Argélia e Marrocos e a que a agenda mediática portuguesa deu pouco relevo.

A Al-qaeda, uma espécie de Opus Dei bombista do Islão, continua a espalhar o terror à escala global. O sangue é uma exigência do Profeta e o suicídio o bilhete para o Paraíso.

Se um partido político fizesse a apologia do ódio e da xenofobia, se tivesse nos seus princípios programáticos o incitamento à violência que a Bíblia e o Corão preconizam, há muito que tinham sido dissolvidos pelos Tribunais e presos os seus dirigentes.

A suposição de que a maldade alarve é a vontade de Deus, cruel e sanguinário, protege os facínoras de serviço da aplicação do Código Penal e da vigilância dos campos de pregação do ódio — os templos.

A crença é um direito mas não é uma obrigação. À semelhança do dono da loja de legumes que acha que o cliente é obrigado a comprar, depois de apalpar um melão ou pegar num repolho, também o clero exige que o cidadão obedeça à religião depois de borrifado com água benta ou besuntado com óleo do travão de um veículo litúrgico chamado crisma.

Os crentes têm direito à genuflexão e à posição de rastos, mas não podem impedir a postura vertical e a dignidade dos livres-pensadores. E, sobretudo, não lhes assiste o direito de converter à bomba ou impedir a apostasia com a decapitação.

Não podemos deixar substituir as fogueiras da Inquisição da ICAR pelas bombas do Islão .