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Vaticano apela à «abjecção» de consciência

Bento 16, meio-casal assexual, vomita homofobia por todas as reentrâncias e saliências. O régulo da tribo católica apela à objecção de consciência de todos os profissionais para evitar a IVG, no cumprimento da lei, ou que casais homossexuais adoptem filhos.

Não sei se é um apelo à objecção ou à abjecção. Já o seu defunto antecessor pedira aos advogados portugueses que se abstivessem de patrocinar divórcios, num claro desafio às leis de um Estado democrático e num apelo patético à insurreição profissional, acatando ordens de uma potência estrangeira – um bairro de 44 hectares de sotainas e mitras.

Nunca os Papas incitaram à objecção de consciência dos católicos na colaboração com a ditadura salazarista, nunca denunciaram as mortes perpetradas pela polícia política, não se opuseram à guerra colonial, quando o consumo de hóstias era elevado e a influência do déspota do Vaticano era grande.

O major Silva Pais, cuja responsabilidade na morte do general Humberto Delgado foi uma evidência, nunca foi excomungado pelos seus crimes mas foi condecorado pelo Vaticano.

É abissal a diferença entre os ateus e os devotos do Sapatinhos Vermelhos. Os ateus não querem privar os católicos da hóstia, da água benta, do incenso, das indulgências e das orações, apenas não querem que os seus valores sejam impostos pela força a todos os que desprezam o seu Deus e acham ridículas as religiões.