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Biologia Reprodutiva – Uma Nova Síntese

Um post simplesmente genial que parodia as barbaridades debitadas pelos neo-criacionistas bíblicos disfarçados de IDiotas a que cheguei via o que já todos sabem ser o meu blog de ciência favorito! Uma sátira às imbecilidades criacionistas cristãs mais bem conseguida ainda que a teoria da Queda Inteligente e a deometria ou matemática para crentes. Hilariante desde a primeira linha, com uma mui apropriada escolha dos nomes do autor e instituição:

Biologia Reprodutiva – Uma Nova Síntese
por M. A. Charlatan, M.S., Ph.D., D.Phil, M. Div
(Um artigo encomendado pelo Instituto Indescrítivel)

passando pelo resumo do artigo:

Resumo
As teorias normalmente aceites em ciência não são sujeitas a uma re-avaliação radical excepto em casos raros (ver Kuhn para uma discussão mais alargada). Nós no Instituto Indescritível acreditamos que é tempo para uma dessas mudanças radicais de paradigma no campo da Biologia Reprodutiva – nomeadamente contestando a noção que a reprodução (normalmente definida como a «produção de novos indíviduos» ou a «perpetuação de uma dada espécie») ocorre via mecanismos geralmente aceites como sejam a «fertilização de um óvulo por espermatozóides» e «36-38 semanas de gestação» que são descritas sob a teoria «Reprodução Sexuada». Dados os numerosos problemas inerentes à Teoria da Reprodução Sexuada propomos que teorias alternativas, tais como a Teoria da Cegonha, a Teoria do Campo de Couves (equivalente à Teoria do Vindo de França em Portugal) e a Hipótese Encontrado Debaixo de uma Ponte, merecem uma análise mais alargada e devem ser ensinadas como parte de qualquer curriculum de Biologia representativo ao nível do ensino secundário.

e terminando em glória não só nas conclusões mas especialmente nas notas de rodapé:

Conclusão
Vivemos tempos excitantes no campo da Biologia Reprodutiva. Estamos no limiar de uma grande revolução. As bases em que assenta a Teoria da Reprodução Sexuada estão a desmoronar. Daqui a 10 anos, a nossa perspectiva da reprodução humana pode ser radicalmente diferente. No entretanto não podemos deixar de admirar a magnificência do espírito humano – a grandeza das nossas mentes curiosas. Está na nossa natureza desafiar ideias ultrapassadas, ver o mundo com uma nova visão, despertarmos para a glória do Universo.

Footnotes:
1) O autor não tem algo a declarar. De momento não tem financiamento, mas tem três projectos pendentes, um no NIH (National Institutes of Health), outro no NSF (Nacional Science Foundation) e outro no Toys R Us. Perguntas sobre emprego, bolsas de postdoutoramento, etc. devem ser dirigidas ao Instituto Indescrítivel.
2) Este artigo foi encomendado pelo Instituto Indescrítivel (página em construção). Entretanto, por favor visitem a instituição análoga – o Discovery Institute cuja missão é similar à nossa mas no campo da Biologia Evolucionista (não Biologia Reprodutiva). No entanto, devemos avisar os nossos leitores que enquanto nós propomos três teorias alternativas falseáveis à Reprodução Sexuada, o Discovery Institute ainda não produziu uma sequer [na realidade já produziu uma, a Teoria dos Anjos e outras tretas].

O artigo é demasiado extenso para traduzir na sua totalidade mas há detalhes deliciosos que parodiam o que ululam os IDiotas em nome de um mito, mais especificamente que há um lobby «evolucionista» que impede não só que os «muitos problemas» com o evolucionismo sejam reconhecidos como é a razão de os seus delírios religiosos não serem publicados em revistas científicas, isto é, carpem supostas teorias da conspiração urdidas pelos «satânicos» darwinistas para impedir o progresso científico(?) da «teoria».

O Case Study de John Pellembell – professor associado de Biologia na Euphoric State University (Universidade do Estado Eufórico) correntemente a lítio – é absolutamente… divinal!