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Primeiro-ministro turco condena defesa da laicidade

O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, que em tempos foi preso por ter declamado versos anti-laicidade, criticou o comandante-chefe das Forças Armadas, o general Hilmi Ozkok, por este ter louvado os protestos anti terrorismo islâmico que marcaram o funeral do juiz Mustafa Yucel Ozbilgin, assassinado em nome de Deus por um fundamentalista islâmico.

Erdogan, cujo partido AKP tem raízes islâmicas, afirmou que o general Gen Hilmi Ozkok foi irresponsável por ter louvado os milhares de turcos que se demonstraram contra o assassínio do juíz pelo fanático que disse tê-lo feito para punir a defesa intransigente da laicidade do juíz.

Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se na quinta-feira em apoio da laicidade, muitos pedindo a demissão de um governo que tem sido repetidamente acusado por grupos seculares de tentar forçar um estilo de vida islâmico.

O general Ozkok condenou o ataque aos juízes da segunda câmara do Supremo Tribunal Administrativo como um acto de terrorismo levado a cabo por fundamentalistas islâmicos, exortando os turcos a uma defesa constante da laicidade:

«Os protestos e a sensibilidade das pessoas é de facto uma dádiva de esperança e admirável. Mas esta reacção não deve ser limitada a um único dia, a um único acontecimento. Deve ganhar continuidade e deve ser seguida por todos sempre».