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Rua Irmã Lúcia (Vidente de Fátima)

Hoje, às 11H15 foi inaugurada a «Rua Irmã Lúcia (Vidente de Fátima)» na Urbanização da Casa Branca, na freguesia de Santo António dos Olivais.

O vereador da Cultura, Mário Nunes, disse que a autarquia de Coimbra considera a Irmã Lúcia uma «personalidade marcante de Coimbra» e «uma figura marcante do séc. XX».

Mário Nunes foi designado para a Cultura graças ao precedente aberto por Alípio Severo Abranhos, conde d?Abranhos, que foi ministro da Marinha, apesar de enjoar. É natural que transite para o pelouro do culto, mais de acordo com a sua aptidão.

A Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado (Jesus, pela parte da mãe, e do Coração Imaculado, pela parte do pai) foi a prisioneira mais antiga de Portugal e do Mundo. Apenas a deixaram sair em dias de eleições e de visita papal, para evitar mais visões.

Em vida encerraram-na numa cela, defunta, dão-lhe uma rua; atrás das grades punham-na a escrever cartas a Marcelo Caetano a pedir-lhe para proibir a mini-saia, no túmulo encomendam-lhe milagres para obrar na Argentina; antes mandavam-na dizer que Salazar era enviado da providência enquanto o povo julgava que era castigo, agora dizem que é benta; em vida abandonavam-na, depois de morta mandaram-lhe o Paulo Portas à missa de corpo presente.

Eu acho bem que lhe dêem o nome a uma rua, uma forma de compensação a quem tudo tiraram em vida. Aliás é um nome mais substancial do que «Rua da Mãozinha» que já havia na paróquia.

Não se sabe quem concedeu à Câmara o alvará para declarar vidente uma munícipe, se a competência é do presidente ou foi competência delegada no vereador da cultura e se, no futuro, a profissão de vidente pode ser atribuída a outro munícipe.