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O Inferno e o Paraíso

O Inferno e o Paraíso são a ameaça e a promessa, o horror e as delícias com que os impostores da fé assustam e entusiasmam. Um é o chicote e a cenoura o outro. Com ambos engodam os padres os timoratos e os cobiçosos.

Os milhões de parasitas que as religiões alimentam não precisam de crer nas patranhas que impingem, basta que os incautos acreditem e o poder do Estado proteja o negócio.

A aliança entre a religião e o Estado facilita o charlatanismo religioso, corrói o tecido moral de um país e aduba a superstição e a ignorância com o vírus da fé.

Perseguir a religião, qualquer religião ou corrente filosófica, é um acto de tirania, mas favorecer os trampolineiros da fé, alcoviteiros do dogma e propagandistas dos milagres, é uma cobardia de oportunistas à espera de favores da Igreja.

Deixemos que os beatos se empanturrem em hóstias, se demolhem em água benta e se defumem em incenso. Não lhes causam azia as hóstias nem a água benta lhes desarranja os intestinos. Só o incenso é curto para cobrir os odores que o banho diário elimina.

O ateísmo é uma vacina contra a idolatria, a trapaça e o fanatismo.