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Fim do multiculturalismo: a burka na Holanda

Mulher afegã usando uma burka

Depois de proibido em algumas cidades europeias, por exemplo Como no norte de Itália, Antuérpia e Ghent na Bélgica, o uso da burka parece prestes a ser banido na Holanda, que seria assim o primeiro país europeu a legislar sobre o tema. De facto, uma proposta visando a proibição do uso da burka em público na Holanda tem o apoio da maioria dos deputados no Parlamento holandês e, como tudo indica, será formalizada em Janeiro próximo, o que tem causado uma longa controvérsia neste país.

Rita Verdonk, a dama de ferro que tem a pasta da Integração, comprometeu-se a investigar onde e quando pode a burka ser banida dos locais públicos. Considerando que a ministra tem seguido uma linha dura com os grupos muçulmanos extremistas, não contemporizando com atitudes até há pouco tempo «desculpadas» em nome do multiculturalismo, por exemplo cancelou uma reunião com líderes muçulmanos que se recusavam a cumprimentá-la por ser uma inferior mulher, parece muito provável que esta «tradição» de vestuário, em minha opinião inaceitável, tenha os dias contados na Holanda.

Na Indonésia, pelo contrário, os fundamentalistas islâmicos, especialmente na província de Aceh, usam todos os meios para obrigar as mulheres a usarem os trajes «tradicionais» que as cobrem dos pés à cabeça, criando inclusive uma polícia especial, a Wilayatul Hisbah (ou Brigada de Controle) que procura entusiasticamente mulheres que se atrevam a desviar um milímetro da Sharia para as humilhar publicamente.

Porque, como vocifera Marluddin Jalil, um juiz fundamentalista, o tsunami que fustigou a área há um ano foi castigo de Deus pelos comportamentos «imorais» das mulheres da zona: «O tsunami aconteceu por causa dos pecados das pessoas de Aceh», indicando que com pessoas se estava a referir apenas às mulheres continuando «O sagrado Corão diz que se as mulheres forem boas então o país está bem».