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Só a mentira ofende

Alguns créus, mais preocupados com a salvação da alma do que na busca da verdade, manifestam-se ofendidos pelas opiniões de alguns ateus, particularmente as minhas.

Quando afirmo que o estalinismo foi perverso, o que evito fazer neste espaço, manifesto a profunda convicção e é o direito à opinião que exerço. Penso o mesmo do catolicismo, particularmente da Igreja de B16, igreja da contra-reforma, uma impiedosa máquina de manipulação que esmaga a liberdade, a inteligência e a felicidade.

Quando a ICAR celebra uma concordata é um roubo que perpetra, o dinheiro público que saqueia, a situação de privilégio que busca. Denunciar a capitulação do Estado que cede à chantagem, se verga ao Papa e bajula o clero é um dever de cidadania.

Se, às vezes, é vigorosa a linguagem nunca cheguei ao ponto de chamar cães a crentes, epíteto que Pio IX usou para os judeus. Aliás, impede-me a educação e o bom senso de descer aos ataques soezes que a santa madre ICAR desfere contra os ateus.

Relativamente aos epítetos com que brindo deus e a mística fauna até serão insultuosos.

Serafins, querubins e tronos; dominações, virtudes e potestades; principados, arcanjos e anjos, citados por ordem hierárquica descendente, são grupos de delinquentes em que os crentes podem acreditar e que faz parte da moral e dos bons costumes escarnecer.

Podem dizer-me que insulto essas etéreas bestas. É verdade. Trata-se de um crime semi-público. Cabe aos ofendidos apresentar queixa.