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Moral cristã segundo os teocratas americanos

O líder republicano da Câmara dos Representantes, Tom Delay, um fervoroso cristão muito activo no caso Terri Schiavo, foi forçado a abandonar o seu cargo de liderança no Congresso dos Estados Unidos por ter sido indiciado por um Grande Júri num caso de conspiração, que envolve financiamento ilegal da campanha republicana de 2002.

Os teocratas americanos, vulgo religious right, perdem assim uma das vozes mais tonitruantes no Congresso em defesa dos «valores cristãos», um grande paladino de óvulos, espermatozóides e células estaminais, que abomina e tenta com todas as forças anular a separação estado-religião. Especialmente perdem um dos soldados de Deus na promoção de «uma perspectiva bíblica» na política norte-americana, que participou activamente no impeachment de Bill Clinton por considerar que este tinha «a perspectiva errada». O devoto republicano considera ainda que «Apenas o cristianismo permite uma forma de perceber as fronteiras morais e físicas» do «sentido da vida» e que «apenas o cristianismo fornece uma forma de viver em resposta às realidades que vivemos neste mundo». Aparentemente essa «fronteira moral» e as respostas cristãs aos estímulos exteriores seguem a máxima maquievélica de que os fins justificam os meios… e para eleger paladinos da moral e bons costumes cristãos, como Delay, todos os meios, mesmo ilegais, são moralmente (para os cristãos, claro) legítimos!