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O estado de saúde do senhor Rainier do Mónaco

Tal como no bacalhau, onde a qualidade que se compra depende das bolsas, também nas bênçãos papais acontece o mesmo.
Nas grandes superfícies, além do normal e do especial, é possível comprar bacalhau miúdo, corrente e crescido. Do armazém da fé católica podem chegar bênçãos colectivas ou individuais, correntes ou especiais, particulares ou gerais.

O Príncipe Rainier, virtual soberano do Mónaco, um Estado a fingir, que tem uma concordata com outro Estado a fingir mas com imenso poder – o Vaticano -, recebeu ontem uma «particular bênção apostólica» de JP2 que mais valera reservá-la para si próprio. Aliás, estas bênçãos especiais costumam prenunciar o fim do destinatário. Ainda há pouco, no dia em que recebeu a bênção de JP2, acompanhada do desejo de melhoras, finou-se a Irmã Lúcia. O senhor Rainier III, após receber uma mensagem com a bênção especial do Papa, confiada à «intercessão» da Virgem Maria (factor de risco acrescido) não pode sobreviver muito tempo a tão agressivos cuidados.

Na procissão da «Sexta-Feira Santa», uma deambulação litúrgica que faz parte dos hábitos católicos, os monegascos participantes rezaram pelo príncipe o que augura os piores prognósticos. Assim, a declaração do luto nacional* está para breve.

* Chama-se luto nacional porque os residentes no Mónaco julgam que o principado é uma nação. Os trabalhadores costumam pernoitar no estrangeiro. Dormem em França. Obs.: O Vaticano e o Mónaco são dois Paraísos… fiscais, mais santo o primeiro.