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Menos treze mil crianças na peregrinação anual a Fátima

Comentários à reportagem do Diário de Notícias

Diário de Notícias (DN) – O bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva, pediu ontem às crianças que rezem pela «paz no mundo» e «pelo pão», na sua peregrinação anual ao Santuário.

Diário de uns Ateus (DA) – Não será uma forma de exploração do trabalho infantil, para fazerem o que os padres deviam fazer? E por que Deus não prescinde das orações para fazer o que deve, caso seja capaz?

DN – Mas a cerimónia esteve, este ano, muito aquém das expectativas. Apenas 12 mil acorreram ao local, menos dez mil do que aquelas que visitaram a Cova da Iria em 2003.

DA – Com as guerras que há, a fome que grassa no mundo, as desgraças que assolam o planeta, é milagre que haja quem acredite em Deus.

DN – Com as suas orações, o bispo de Leiria-Fátima recordava que há, por todo o mundo, crianças que continuam a passar fome e a sofrer as consequências da guerra.

DA – Como se vê a influência das orações é nula. É um quadro superior da ICAR (um bispo) a reconhecê-lo.

DN – Já o reitor do santuário, Monsenhor Luciano Guerrano, incentivou-as «a rezar de um modo especial por Portugal». Mas ontem, queria também uma oração pelas famílias. «Pelas que já existem e também pelos jovens que têm medo de constituir família: rezemos para que tenham coragem de ter filhos», exortou.

DA – Como é que se rezará de modo especial por Portugal? Além do abuso de pedirem tais coisas às crianças, é altura de dizer que os filhos não se fazem com orações.

DN – (…) «Nós não estamos a ter as crianças necessárias», afirmou [Mons. Luciano Guerra], lançando mão dos dados nacionais para fundamentar a sua preocupação.

DA – Que autoridade terão os clérigos para fazerem estas afirmações se não dão o exemplo ou, se dão, procuram ocultá-lo.

DN – Reduzido foi também o número de pequenos peregrinos que ontem estiveram em Fátima. Segundo os números oficias, não passaram dos 12 mil. (…) Nada, porém, que se comparasse com as 25 mil crianças que assistiram às cerimónia do ano passado, às quais se juntaram os familiares, totalizando cerca de 150 mil pessoas.

DA – O negócio está mau para toda a gente. E não está provado que as hóstias de Fátima tenham valor nutritivo (espiritual) superior ao das outras paróquias, ou que a farinha de que são feitas seja de melhor qualidade.