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Transferências do BCP para o Governo

O BCP – banco gerido pelo Dr. Jardim Gonçalves -, é conotado com o OPUS DEI.

Até hoje não foi provado o gosto de Deus por almas, mas está sobejamente demonstrado o gosto das almas do Opus Dei por dinheiro.

O empréstimo de alguns quadros ao actual Governo não nos deve passar despercebido. É nesse sentido que aqui deixo o texto que hoje publiquei no «Diário As Beiras», de Coimbra, que só remotamente tem a ver com o ateísmo, mas que pode ser pedagógico.

Eis o texto:

A contratação do novo director-geral dos Impostos pela módica quantia de 23.480 euros mensais, deixou algumas pessoas perplexas, mas, como disse a Dr.ª Manuela Ferreira Leite, por inveja. Aliás, a ministra teve o cuidado de esclarecer que é a forma de preencher lugares com gente competente.

Foi pena que o método não estivesse em vigor quando da formação do actual Governo. Os portugueses contam com isso na formação do próximo cuja remodelação se aguarda. Por enquanto é de manter o critério tradicional pois a convicção é de que a remuneração está de acordo com o mérito dos actuais governantes.

Para já, ficou a saber-se que o Dr. Paulo Macedo, que um Banco teve a bondade de emprestar à ministra das Finanças, é três vezes mais competente que ela própria, palpite que a remuneração amplamente confirmou. Por outro lado provou-se que o Dr. Bagão Félix, que o mesmo Banco igualmente teve a generosidade de emprestar ao Governo, está longe de ter competência para director-geral.

Claro que alguns espíritos mesquinhos aproveitam estes momentos para recordar os dois anos sucessivos sem aumentos na função pública, só para demolir uma excelente decisão.

Se não fosse este Governo, qualquer dia o presidente da República ultrapassava sempre o vencimento de um director-geral e um simples ministro ganharia mais do que os seus assessores.

Além do mais, pode estar em perspectiva um enorme serviço à pátria. Com toda a experiência adquirida nas privatizações, para salvar o défice, pode estar em curso uma experiência piloto para privatizar a cobrança dos Impostos. A contratação de um quadro bancário é uma tentativa subtil para arriscar uma experiência pioneira na Europa.

Depois disso já não é o Governo de Durão Barroso que vai a reboque do dos EUA para o atoleiro do Iraque, serão os EUA a exaltarem a experiência portuguesa.