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Se o exótico dirigente repudiar a Europa, a África ganhará um respeitado régulo.



No dia 9 de Maio deste ano da Graça teve lugar o X Congresso do PSD/Madeira. O Diário de uns Ateus não ficou indiferente à efeméride, com o bailinho da Madeira a repetir-se e os papelinhos laranja a inundarem a cabeça dos congressistas pela 35.ª vez .

Há menos tempo no cargo do que Fidel de Castro, Alberto João Jardim sucedeu a si próprio e ameaçou: «Se Deus me der vida e saúde estou para continuar». Assim, se a opção estiver disponível, o vitalício Alberto João vai eternizar-se.

Entusiasmado, Dias Loureiro, presidente do Congresso Nacional do PSD, manifestou o desejo de que Portugal se transformasse numa imensa Madeira. Mas, o que poderia ter sido interpretado como um acto hostil a Portugal, não passou de uma amabilidade para com o anfitrião. Já quando afirmou que «é difícil encontrar no mundo outro lugar onde a mão de Deus e do homem tenham trabalhado em tanta sintonia», ficou a dúvida se foi para acusar Deus ou para desculpar o sátrapa da Madeira.

Um susto ficou a pairar sobre a Europa quando Alberto João Jardim declarou: «Em 2008 vamos ter de decidir se nos interessa continuar na União Europeia ou não, (…)». Apesar das nuvens negras que esta ameaça lança sobre o futuro da Europa fica-nos a consolação de saber que a Madeira, ainda que deixe de ser a região mais despótica da Europa pode transformar-se numa das mais liberais do continente africano e com o mais antigo e experiente governante.

Se o exótico dirigente repudiar a Europa, a África ganhará um respeitado régulo.