Diario de uns Ateus

  • Home
  • Contactar
  • AAP

A santidade dos papas não passa de profissão e estado civil. A fé é sempre violenta

19 de Abril de 2004  |  Escrito por Carlos Esperança  |  Publicado em Não categorizado  |  Comentar

A violência não é um privilégio católico, acontece com o hinduísmo, o islão, o judaísmo e várias formas de protestantismo. Acontece sempre, e aumenta quando se agrava o proselitismo, mas a ICAR tem um passado assustar ao esforçar-se por exercer a soberania religiosa sobre a humanidade.

O anti-semitismo cristão não pode justificar-se com o sionismo agressivo de Sharon, vem do primeiro século e está longe de ser erradicado. Em Roma não foi a ICAR que libertou os judeus da opressão, foram os patriotas italianos que em 1870 derrotaram o papa e subtraíram a cidade à sua soberania.

«Os judeus não reconheceram Nosso Senhor e, portanto, não podemos reconhecer o povo judeu», é a doutrina da ICAR que entende não poder defender judeus sem se converterem primeiro. Haverá maior intolerância e vocação totalitária?

Já em 1593 os jesuítas tinham um critério racista para os seus membros. Com o decreto do «sangue puro» expulsaram todos os jesuítas que tinham ascendência judaica e proibiram a admissão de todos os cristãos que estivessem maculados de sangue judeu.

O primeiro assassinato em massa de judeus pelos cristãos data de 414, quando a população da Alexandria romana recém cristianizada exterminou a comunidade judaica da cidade.

Portugal expulsou os judeus em 1497 mas o ódio das catequistas portuguesas mantinha-se na década de quarenta do século passado.

Durante a primeira cruzada, em 1096, o ardor dos cristãos a chacinar judeus atingiu o auge na França setentrional e na Alemanha, cerca de 10 mil.

Lutero considerava-os «um pesado fardo» e «uma praga no meio das nossas terras».

Pio IX apelidava de cães os judeus, e queixava-se «temos hoje, infelizmente, demasiados desses cães e ouvimo-los ladrar em todas as ruas e andando por aí a incomodar as pessoas». Recusou-se a devolver a criança judia Edgardo Mortara, raptada aos seus pais por um inquisidor da Igreja que a baptizou, numa antecipação do que hoje fazem os mormons que baptizam judeus mortos para os resgatarem para a sua fé. A Inquisição exumava cadáveres para os purificar pelo fogo, os mormons para os libertar pelo baptismo. Os crimes de Pio IX não o tornaram inapto para a intercessão junto do seu deus, que lhe fez o milagre com que JP2 o elevou aos altares.

Pacelli, antes e depois de usar o pseudónimo de Pio XII foi cúmplice objectivo dos carrascos nazis e fascistas que ensanguentaram a Europa e envergonharam o mundo. Mas sobre esse período posso voltar em próximo artigo.

 

Arquivo Histórico

Colaboradores

  • Abraão Loureiro
  • Associação Ateísta Portuguesa
  • Carlos Esperança
  • David Ferreira
  • Eduardo Costa Dias
  • Eduardo Patriota
  • Fernando Fernandes
  • João Vasco Gama
  • José Moreira
  • Ludwig Krippahl
  • Luís Grave Rodrigues
  • Onofre Varela
  • Palmira Silva
  • Raul Pereira
  • Ricardo Alves
  • Ricardo Pinho
  • Vítor Julião

Diário

Abril 2004
S T Q Q S S D
 1234
567891011
12131415161718
19202122232425
2627282930  
« Mar   Mai »

Commentadores:

Administração

  • Iniciar sessão
  • Feed de entradas
  • Feed de comentários
  • WordPress.org


©2021 Diário de uns ateus
Concebido na plataforma WordPress sobre tema desenvolvido por Graph Paper Press.